Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
InconstĂąncia
Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi Ă Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarĂŁo nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!
Passei a vida a amar e a esquecer...
AtrĂĄs do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...
E este amor que assim me vai fugindo
Ă igual a outro amor que vai surgindo,
Que hå-de partir também... nem eu sei quando...
Não peço riquezas nem esperanças, nem amor, nem um amigo que me compreenda. Tudo o que eu peço é um céu sobre mim e um caminho a meus pés.
O amor por um sĂł Ă© uma barbaridade: porque se exerce Ă custa de todos os outros. O mesmo quanto ao amor por Deus.
Os polĂticos nĂŁo conhecem nem o Ăłdio, nem o amor. SĂŁo conduzidos pelo interesse e nĂŁo pelo sentimento.
O amor Ă© um modo de viver e de sentir. Ă um ponto de vista um pouco mais elevado, um pouco mais largo; nele descobrimos o infinito e horizontes sem limites.
O beijo fulmina-nos como o relùmpago, o amor passa como um temporal, depois a vida, novamente, acalma-se como o céu, e tudo volta a ser como dantes. Quem se lembra de uma nuvem?