Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
O que falei sobre salvar as pessoas nĂŁo Ă© verdade. VocĂȘ pode achar que quer salva por outra pessoa, ou que quer muito salvar alguĂ©m. Mas ninguĂ©m pode salvar ninguĂ©m, nĂŁo de verdade. NĂŁo de si. VocĂȘ pega no sono no pĂ© da montanha, e o lobo desce. E vocĂȘ espera ser acordada por alguĂ©m. Ou espera que alguĂ©m o espante. Ou atire nele. Mas, quando vocĂȘ se dĂĄ conta de que o lobo estĂĄ dentro de vocĂȘ, Ă© quando entende. NĂŁo pode fugir dele. E ninguĂ©m que ama vocĂȘ consegue matar o lobo, porque ele faz parte de vocĂȘ. As pessoas veem seu rosto nele. E nĂŁo vĂŁo atirar.
Ăs vezes agimos porque estamos sentindo tantas coisas dentro de nĂłs e nĂŁo percebemos como isso afeta os outros.
Mas não somos transparentes. Se quisermos que alguém nos conheça, precisamos nos revelar a essa pessoa.
Salgueiro chorĂŁo com lĂĄgrimas escorrendo;
Porque vocĂȘ chora e fica gemendo; SerĂĄ porque ele lhe deixou um dia; SerĂĄ porque ficar aqui, nĂŁo mais podia; Em seus galhos ele se balança; E ainda espera a alegria que aquele balançar lhe dava; Em sua sombra abrigo ele encontrou; Imagina que seu sorriso jamais se acabou; Salgueiro chorĂŁo pare de chorar; HĂĄ algo que poderĂĄ lhe consolar; Acha que a morte para sempre os separou; Mas em seu coração para sempre ficou.
Descobri que, Ă s vezes, momentos marcam nosso corpo. Eles estĂŁo ali, alojados sobre a pele como sementes pintadas de surpresa, tristeza ou medo. E se vocĂȘ virar para um lado ou cair, uma delas pode se soltar, pode se dissolver no sangue ou fizer surgir uma ĂĄrvore inteira. Ăs vezes, quando uma se solta, todas começam a se soltar.
â Ă assim quando vocĂȘ se apaixona. Parece que vocĂȘ se torna a pessoa mais especial do mundo. Parece surreal. Seu coração fica disparado.
Se vocĂȘ quiser, e mesmo se nĂŁo quiser, as coisas vĂŁo acontecer. Os terrĂĄqueos chamam isso de destino.
SĂł quando vocĂȘ se olhar no espelho e disser âAmo vocĂȘâ, de todo o coração, Ă© que estarĂĄ pronto para amar alguĂ©m.
Nosso corpo devia mostrar mais as coisas que nos machucam, as histĂłrias que mantemos escondidas dentro de nĂłs.
De repente entendi que estar vivo Ă© isto. Nossas prĂłprias placas invisĂveis se movendo em nosso corpo, e se alinhando Ă pessoa que vamos nos tornar.
"Eu nĂŁo te devo nada. E vocĂȘ nĂŁo Ă© nada para mim.
Obrigado por me curar da minha ridĂcula obsessĂŁo pelo amor."
âMas ai vocĂȘ se foi, e eu acabei ficando e acabei descobrindo que nĂŁo existe coisa pior do que eu ficar sem vocĂȘ.â