Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Ela perguntou onde dorme o amor: lençol, cobertor que aquece o colchão.
Mas faltou dizer que, se preciso for, o amor deita no chĂŁo.
Ele: Meu amor, se eu morrer, vocĂȘ vai ficar muito triste?
Ela: Claro, meu anjo! Nem penso nisso. Eu nĂŁo conseguiria mais viver... Mas por que vocĂȘ perguntou isso?!
Ele: Por que se Ă© assim, ainda que aconteça algo terrĂvel, que eu entre atĂ© em coma profundo, eu te prometo que vou lutar com todas as forças para nĂŁo morrer primeiro que vocĂȘ...
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuĂdo pelas coisas pĂ©rfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
O verdadeiro caminho da sabedoria pode se identificar por apenas trĂȘs coisas: precisa ter amor, deve ser prĂĄtico e pode ser trilhado por qualquer um.
Amor Ă© quando vocĂȘ sabe tintim por tintim as razĂ”es que impedem o seu relacionamento de dar certo,
Ă© quando vocĂȘ tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, Ă© quando vocĂȘ nĂŁo tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda nĂŁo impede de fazĂȘ-lo chorar escondido quando ouve uma mĂșsica careta que lembra os seus 14 anos, quando vocĂȘ acreditava em milagres. Tudo isso pode parecer uma grande dor, mas Ă© uma grande dĂĄdiva, porque a existĂȘncia do amor estĂĄ toda hora sendo lembrada. Dor Ă© quando a gente estĂĄ numa relação tĂŁo fĂĄcil, tĂŁo automĂĄtica, tĂŁo prĂĄtica e funcional que a gente atĂ© esquece que tambĂ©m Ă© amor.
Geralmente, as pessoas que mais tĂȘm dificuldade de se entregar ao amor sĂŁo aquelas que mais tĂȘm necessidade de serem amadas!
E como nĂŁo me embriagar de ti? Como evitar que teu amor me consuma e me enlouqueça? Estou lhe implorando pelas respostas. As procuro em cada esquina, em cada beco esquecido. JĂĄ as procurei em garrafas, jĂĄ as encontrei no fundo de um copo. Busco pelo conforto, pela calmaria e atĂ© pelo esquecimento. Corro ao encontro do meu amor prĂłprio. Desvio das promessas, das juras de amor, dos planos e atĂ© dos sentimentos. Esbarro no seu olhar que volta a me invadir trazendo sua devastação. Aperto os olhos e lhe empurro para longe rezando para que tu nĂŁo voltes. Permita-me a felicidade. Largue-me. Reviva-me se for possĂvel e saia de perto para que o efeito dure.
EntĂŁo, seguro dĂȘsse amor, deixou de se constranger e, insensivelmente, suas maneiras mudaram. NĂŁo tinha mais, como antes, aquelas palavras tĂŁo doces que a faziam chorar, nem aquelas carĂcias ardentes que a tornavam doida; de modo que o seu grande amor, em que ela vivia imersa, pareceu diminiur sob ela, como a ĂĄgua de um rio, absorvida pelo seu leito.
Bella: Algo de que eu tinha certeza [...] Era que o amor pode dar Ă s pessoas o poder de despedaçar vocĂȘ.
E o amor, o amor, cara. O que eu faço com isso? â VocĂȘ esquece, sei lĂĄ. NĂŁo tem tanta importĂąncia assim.
Numa dessas vocĂȘ esbarrou com o amor da sua vida sem querer, na fila da padaria, atravessando a rua ou atĂ© mesmo no intervalo da escola.
Ah, entĂŁo era por isso que eu sempre havia tido uma espĂ©cie de amor pelo tĂ©dio. E um contĂnuo Ăłdio dele. Porque o tĂ©dio Ă© insosso e se parece com a coisa mesmo. E eu nĂŁo fora grande bastante: sĂł os grandes amam a monotonia. (...)
Mas o tĂ©dio â o tĂ©dio fora a Ășnica forma como eu pudera sentir o atonal. E eu sĂł nĂŁo soubera que gostava do tĂ©dio porque sofria dele. Mas em matĂ©ria de viver, o sofrimento nĂŁo Ă© medida de vida: o sofrimento Ă© subproduto fatal e, por mais agudo, Ă© negligenciĂĄvel.
Sou cheio de muito amor e Ă© isso o que certamente me dĂĄ uma grandeza.