Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
O verdadeiro caminho da sabedoria pode se identificar por apenas trĂȘs coisas: precisa ter amor, deve ser prĂĄtico e pode ser trilhado por qualquer um.
Sou feita de choros sem ter razão, pessoas no coração, atos por impulsão.
Eu sou amor e carinho constante, distraĂda atĂ© o bastante, nĂŁo paro por instante.
JĂĄ tive noites maldormidas, perdi pessoas muito queridas, cumpri coisas nĂŁo prometidas.
Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar. Pensei em fugir, para nĂŁo enfrentar, sorri para nĂŁo chorar.
Tenho saudades de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo,
amigos que acabei perdendo. Mas continuo vivendo e aprendendo...
Ela perguntou onde dorme o amor: lençol, cobertor que aquece o colchão.
Mas faltou dizer que, se preciso for, o amor deita no chĂŁo.
AMOR
Amor Ă© chama
que incendeia
os motivos,
Ă© agasalho
que sustenta
o calor,
Ă© clamor
que se reclama
a todo instante,
Ă© loucura
consciente,
quase constante,
que te liberta
de qualquer temor.
As pessoas fazem um grande estardalhaço sobre o amor pessoal. Não precisa se uma coisa tão grande. Igual a viver - as pessoas fazem um grande estardalhaço sobre isso também.
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor nĂŁo fosse um sentimento, mas uma equação matemĂĄtica: eu linda + vocĂȘ inteligente = dois apaixonados. NĂŁo funciona assim. Amar nĂŁo requer conhecimento prĂ©vio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinĂvel. Honestos existem aos milhares, generosos tem Ă s pencas, bons motoristas e bons pais de famĂlia, tĂĄ assim, Ăł! Mas ninguĂ©m consegue ser do jeito do amor da sua vida.
E quando notou que aceitava em pleno o amor, sua alegria foi tão grande que o coração lhe batia por todo o corpo, parecia-lhe que mil coraçÔes batiam-lhe nas profundezas de sua pessoa.
Amor Ă© quando vocĂȘ sabe tintim por tintim as razĂ”es que impedem o seu relacionamento de dar certo,
Ă© quando vocĂȘ tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, Ă© quando vocĂȘ nĂŁo tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda nĂŁo impede de fazĂȘ-lo chorar escondido quando ouve uma mĂșsica careta que lembra os seus 14 anos, quando vocĂȘ acreditava em milagres. Tudo isso pode parecer uma grande dor, mas Ă© uma grande dĂĄdiva, porque a existĂȘncia do amor estĂĄ toda hora sendo lembrada. Dor Ă© quando a gente estĂĄ numa relação tĂŁo fĂĄcil, tĂŁo automĂĄtica, tĂŁo prĂĄtica e funcional que a gente atĂ© esquece que tambĂ©m Ă© amor.
EntĂŁo, seguro dĂȘsse amor, deixou de se constranger e, insensivelmente, suas maneiras mudaram. NĂŁo tinha mais, como antes, aquelas palavras tĂŁo doces que a faziam chorar, nem aquelas carĂcias ardentes que a tornavam doida; de modo que o seu grande amor, em que ela vivia imersa, pareceu diminiur sob ela, como a ĂĄgua de um rio, absorvida pelo seu leito.
Ele: Meu amor, se eu morrer, vocĂȘ vai ficar muito triste?
Ela: Claro, meu anjo! Nem penso nisso. Eu nĂŁo conseguiria mais viver... Mas por que vocĂȘ perguntou isso?!
Ele: Por que se Ă© assim, ainda que aconteça algo terrĂvel, que eu entre atĂ© em coma profundo, eu te prometo que vou lutar com todas as forças para nĂŁo morrer primeiro que vocĂȘ...
E como nĂŁo me embriagar de ti? Como evitar que teu amor me consuma e me enlouqueça? Estou lhe implorando pelas respostas. As procuro em cada esquina, em cada beco esquecido. JĂĄ as procurei em garrafas, jĂĄ as encontrei no fundo de um copo. Busco pelo conforto, pela calmaria e atĂ© pelo esquecimento. Corro ao encontro do meu amor prĂłprio. Desvio das promessas, das juras de amor, dos planos e atĂ© dos sentimentos. Esbarro no seu olhar que volta a me invadir trazendo sua devastação. Aperto os olhos e lhe empurro para longe rezando para que tu nĂŁo voltes. Permita-me a felicidade. Largue-me. Reviva-me se for possĂvel e saia de perto para que o efeito dure.
Bella: Algo de que eu tinha certeza [...] Era que o amor pode dar Ă s pessoas o poder de despedaçar vocĂȘ.
Numa dessas vocĂȘ esbarrou com o amor da sua vida sem querer, na fila da padaria, atravessando a rua ou atĂ© mesmo no intervalo da escola.
E o amor, o amor, cara. O que eu faço com isso? â VocĂȘ esquece, sei lĂĄ. NĂŁo tem tanta importĂąncia assim.
O amor começa aqui
no contrĂĄrio que hĂĄ em mim,
pois a sombra sĂł existe
quando brilha alguma luz.
Ah, entĂŁo era por isso que eu sempre havia tido uma espĂ©cie de amor pelo tĂ©dio. E um contĂnuo Ăłdio dele. Porque o tĂ©dio Ă© insosso e se parece com a coisa mesmo. E eu nĂŁo fora grande bastante: sĂł os grandes amam a monotonia. (...)
Mas o tĂ©dio â o tĂ©dio fora a Ășnica forma como eu pudera sentir o atonal. E eu sĂł nĂŁo soubera que gostava do tĂ©dio porque sofria dele. Mas em matĂ©ria de viver, o sofrimento nĂŁo Ă© medida de vida: o sofrimento Ă© subproduto fatal e, por mais agudo, Ă© negligenciĂĄvel.