Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

É próprio do amor (...) ser obrigado a aumentar, sob pena de enfraquecer.

Sem a alegria, a humanidade não compreende a simpatia nem o amor.

O amor e a amizade são como o eco: dão tanto quanto recebem.

Sem o amor o homem é apenas um cadáver em férias.

Antes que amor, que dinheiro, que fama, conceda-me a verdade.

O amor é vida quando não é morte; é berço e também sepultura.

No amor, a autoridade é por direito daquele que ama menos.

O amor vive do pormenor e procede microscopicamente.

Nada é mais potente contra o amor do que a impotência.

O nosso amor-próprio exalta-se mais na solidão: a sociedade reprime-o pelas contradições que lhe opõe.

O homem dá a vida pelo amor, e julga não ter dado nada.

Até mesmo o Olimpo é um deserto se não existir amor.

O encanto que supomos encontrar nos outros só em nós existe; e é apenas o amor que tanto embeleza o objeto amado.

O amor-próprio dos tolos desculpa o das pessoas inteligentes, mas não o justifica.

A ociosidade faz nascer o amor e, uma vez desperto, conserva-o. É a causa e o alimento deste mal delicioso.

O amor é como o sarampo: quanto mais tarde chega na vida, mais perigoso é.

O mal nunca está no amor.

O tempo, tudo o consome e apenas o amor o aproveita.

Beber sem ter sede e fazer amor a qualquer hora, senhora, são as únicas coisas que nos distinguem dos outros animais.

O amor nascente é tão melindroso, pueril e tímido, que receia desagradar até com o pensamento ao ídolo da sua concentrada adoração.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Cenas da Foz, 1857