Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.

Nelson Mandela
Livro "Long Walk to Freedom", 1995

Eu aprendi que sou mais forte do que imaginava. Que posso ir mais longe depois de pensar que nĂŁo podia mais. Que a vida realmente tem valor e eu tenho valor diante da vida!

Veronica Shoffstall

Nota: Trecho adaptado e adulterado de poema de Veronica Shoffstall.

Canção de ninar meu bem

Hoje a lua despiu seu véu
E flutua a dormir no céu
Na canção que de mim nasceu
Meu amado adormeceu
Meu amado adormeceu

Dorme, meu amor
Como no céu a lua
Tu serĂĄs sempre meu
E eu sĂł tua

Dorme, amigo, que a poesia
É um mistĂ©rio que nĂŁo tem fim

Dorme em calma
Que assim, um dia
DormirĂĄs para sempre em mim
DormirĂĄs para sempre em mim

Vinicius de Moraes
Livro de Letras

Nota: MĂșsica composta por Vinicius de Moraes com Baden Powell.

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Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis.

Machado de Assis
MemĂłrias PĂłstumas de BrĂĄs Cubas. Rio de Janeiro: Typografia Nacional, 1881.

Quando tuas mĂŁos saem,
amada, para as minhas,
o que me trazem voando?
Por que se detiveram
em minha boca, sĂșbitas,
e por que as reconheço
como se outrora entĂŁo
as tivesse tocado,
como se antes de ser
houvessem percorrido
minha fronte e a cintura?

Sua maciez chegava
voando por sobre o tempo,
sobre o mar, sobre o fumo,
e sobre a primavera ,
e quando colocaste
tuas mĂŁos em meu peito,
reconheci essas asas
de paloma dourada,
reconheci essa argila
e a cor suave do trigo.

A minha vida toda
eu andei procurando-as.
Subi muitas escadas,
cruzei os recifes,
os trens me transportaram,
as ĂĄguas me trouxeram,
e na pele das uvas
achei que te tocava.
De repente a madeira
me trouxe o teu contacto,
a amĂȘndoa me anunciava
suavidades secretas,
até que as tuas mãos
envolveram meu peito
e ali como duas asas
repousaram da viagem.

Pablo Neruda
Os versos do CapitĂŁo

- Desejo passar o resto da minha vida com vocĂȘ.
- NĂŁo, uma vida com vocĂȘ nunca serĂĄ resto.

A saudade nĂŁo deseja ir para a frente. Ela deseja voltar.

Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfaçÔes que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (...).

O dinheiro nĂŁo era nada, o poder nĂŁo era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.

A beleza nĂŁo era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.

TambĂ©m a saĂșde nĂŁo contava tanto assim. Cada um tem a saĂșde que sente.

Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.

A felicidade Ă© amor, sĂł isto.
Feliz Ă© quem sabe amar. Feliz Ă© quem pode amar muito.
Mas amar e desejar nĂŁo Ă© a mesma coisa.
O amor Ă© o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor nĂŁo quer possuir.
O amor quer somente amar.

A maior felicidade Ă© a certeza de sermos amados apesar de ser como somos.

Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu pensar em vocĂȘ
Isso me acalma
Me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver

Hoje contei pra as paredes
Coisas do meu coração
Passei no tempo
Caminhei nas horas
Mais do que passo a paixĂŁo
É um espelho sem razão
Quer amor fique aqui

Meu peito agora dispara
Vivo em constante alegria
É o amor quem está aqui

Amor I love you
Amor I love you
Amor I love you
Amor I love you

Eu te amo porque te amo,
NĂŁo precisas ser amante,
e nem sempre sabes sĂȘ-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor nĂŁo se paga.

Carlos Drummond de Andrade

Nota: Trecho adaptado de poema pertencente ao livro "Amar se aprende amando", de Carlos Drummond de Andrade.

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Objeto
de meu mais desesperado desejo
nĂŁo seja aquilo
por quem ardo e nĂŁo vejo

seja estrela que me beija
oriente que me reja
azul amor beleza

faça qualquer coisa
mas pelo amor de deus
ou de nĂłs dois

SEJA

PARA LER DE MANHÃ E À NOITE

Aquele que amo
Disse-me
Que precisa de mim.
Por isso
Cuido de mim
Olho meu caminho
E receio ser morta
Por uma sĂł gota de chuva.

Pra que dividir sem raciocinar
Na vida Ă© sempre bom multiplicar
E por A mais B
Eu quero demonstrar
Que gosto imensamente de vocĂȘ

Por uma fração infinitesimal,
VocĂȘ criou um caso de cĂĄlculo integral
E para resolver este problema
Eu tenho um teorema banal

Quando dois meios se encontram desaparece a fração
E se achamos a unidade
EstĂĄ resolvida a questĂŁo

Pra finalizar, vamos recordar
Que menos por menos dĂĄ mais amor
Se vĂŁo as paralelas
Ao infinito se encontrar
Por que demoram tanto os coraçÔes a se integrar?
Se infinitamente, incomensuravelmente,
Eu estou perdidamente apaixonado por vocĂȘ.

Tom Jobim

Nota: Letra da mĂșsica "Aula de MatemĂĄtica"

A M O R = (A) Amizade (M) Maturidade (O) Organização (R) Respeito.

O Tempo Passa? NĂŁo Passa

O tempo passa? NĂŁo passa
no abismo do coração.
Lå dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um sĂł verso e uma rima
de mĂŁos e olhos, na luz.

NĂŁo hĂĄ tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo Ă© todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não hå nada,
amar Ă© o sumo da vida.

SĂŁo mitos de calendĂĄrio
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversĂĄrio
Ă© um nascer toda a hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, nĂŁo tem idade,
pois sĂł quem ama
escutou o apelo da eternidade.

Carlos Drummond de Andrade
Amar se Aprende Amando, 2001

Balada do CĂĄrcere de Reading
(...)
Eu soube, então, a idéia lacerante
que o atormenta, e o faz correr,
e o faz olhar, tristonho, o céu radiante,
radiante, e alheio ao seu sofrer:
de matou aquela que adorava,
- por causa disso vai morrer.

No entanto (ouvi) cada um mata o que adora:
o seu amor, o seu ideal.
Alguns com uma palavra de lisonja,
outros com um duro olhar brutal,
O covarde assassina dando um beijo,
o bravo, mata com um punhal.

Uns matam o Amor, velhos; outros, jovens;
(quando o amor finda, ou o amor começa);
matam-no alguns com a mĂŁo do Ouro, e alguns
com a mão da Carne — a mão possessa!
E os mais bondosos, esses apunhalam,
- que a morte, assim, vem mais depressa.

Hå coraçÔes vendidos, e hå comprados;
uns amam, pouco, outros demais;
hĂĄ quem mate a chorar, vertendo lĂĄgrimas,
ou a sorrir, sem dor, sem ais.
Todo homem mata o Amor; porém, nem sempre,
nem sempre as sortes sĂŁo iguais."
(...)

Aqueles que se amam e sĂŁo separados podem viver sua dor, mas isso nĂŁo Ă© desespero: eles sabem que o amor existe.

Palavras sĂŁo incapazes de expressar todo sentimento que tenho por vocĂȘ. Te amo muito.

Sentir-se amado Ă© ver que ela lembra de coisas que vocĂȘ contou dois anos atrĂĄs, Ă© vĂȘ-la tentar reconciliar vocĂȘ com seu pai, Ă© ver como ela fica triste quando vocĂȘ estĂĄ triste e como sorri com delicadeza quando diz que vocĂȘ estĂĄ fazendo uma tempestade em copo d’água. "Lembra que quando eu passei por isso vocĂȘ disse que eu estava dramatizando?" EntĂŁo, chegou sua vez de simplificar as coisas. "Vem aqui, tira esse sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mågoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo nĂŁo diz tudo.

Martha Medeiros

Nota: Trecho adaptado de um texto publicado por Martha Medeiros. Muitas vezes Ă© atribuĂ­do erroneamente a Arnaldo Jabor.

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