Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.
Eu aprendi que sou mais forte do que imaginava. Que posso ir mais longe depois de pensar que nĂŁo podia mais. Que a vida realmente tem valor e eu tenho valor diante da vida!
Nota: Trecho adaptado e adulterado de poema de Veronica Shoffstall.
Canção de ninar meu bem
Hoje a lua despiu seu véu
E flutua a dormir no céu
Na canção que de mim nasceu
Meu amado adormeceu
Meu amado adormeceu
Dorme, meu amor
Como no céu a lua
Tu serĂĄs sempre meu
E eu sĂł tua
Dorme, amigo, que a poesia
à um mistério que não tem fim
Dorme em calma
Que assim, um dia
DormirĂĄs para sempre em mim
DormirĂĄs para sempre em mim
Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis.
Quando tuas mĂŁos saem,
amada, para as minhas,
o que me trazem voando?
Por que se detiveram
em minha boca, sĂșbitas,
e por que as reconheço
como se outrora entĂŁo
as tivesse tocado,
como se antes de ser
houvessem percorrido
minha fronte e a cintura?
Sua maciez chegava
voando por sobre o tempo,
sobre o mar, sobre o fumo,
e sobre a primavera ,
e quando colocaste
tuas mĂŁos em meu peito,
reconheci essas asas
de paloma dourada,
reconheci essa argila
e a cor suave do trigo.
A minha vida toda
eu andei procurando-as.
Subi muitas escadas,
cruzei os recifes,
os trens me transportaram,
as ĂĄguas me trouxeram,
e na pele das uvas
achei que te tocava.
De repente a madeira
me trouxe o teu contacto,
a amĂȘndoa me anunciava
suavidades secretas,
até que as tuas mãos
envolveram meu peito
e ali como duas asas
repousaram da viagem.
Quanto mais envelhecia, quanto mais insĂpidas me pareciam as pequenas satisfaçÔes que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado nĂŁo Ă© nada, enquanto amar Ă© tudo (...).
O dinheiro nĂŁo era nada, o poder nĂŁo era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.
A beleza nĂŁo era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.
TambĂ©m a saĂșde nĂŁo contava tanto assim. Cada um tem a saĂșde que sente.
Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.
A felicidade Ă© amor, sĂł isto.
Feliz Ă© quem sabe amar. Feliz Ă© quem pode amar muito.
Mas amar e desejar nĂŁo Ă© a mesma coisa.
O amor Ă© o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor nĂŁo quer possuir.
O amor quer somente amar.
Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu pensar em vocĂȘ
Isso me acalma
Me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver
Hoje contei pra as paredes
Coisas do meu coração
Passei no tempo
Caminhei nas horas
Mais do que passo a paixĂŁo
Ă um espelho sem razĂŁo
Quer amor fique aqui
Meu peito agora dispara
Vivo em constante alegria
Ă o amor quem estĂĄ aqui
Amor I love you
Amor I love you
Amor I love you
Amor I love you
Eu te amo porque te amo,
NĂŁo precisas ser amante,
e nem sempre sabes sĂȘ-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor nĂŁo se paga.
Nota: Trecho adaptado de poema pertencente ao livro "Amar se aprende amando", de Carlos Drummond de Andrade.
...MaisObjeto
de meu mais desesperado desejo
nĂŁo seja aquilo
por quem ardo e nĂŁo vejo
seja estrela que me beija
oriente que me reja
azul amor beleza
faça qualquer coisa
mas pelo amor de deus
ou de nĂłs dois
SEJA
PARA LER DE MANHĂ E Ă NOITE
Aquele que amo
Disse-me
Que precisa de mim.
Por isso
Cuido de mim
Olho meu caminho
E receio ser morta
Por uma sĂł gota de chuva.
Pra que dividir sem raciocinar
Na vida Ă© sempre bom multiplicar
E por A mais B
Eu quero demonstrar
Que gosto imensamente de vocĂȘ
Por uma fração infinitesimal,
VocĂȘ criou um caso de cĂĄlculo integral
E para resolver este problema
Eu tenho um teorema banal
Quando dois meios se encontram desaparece a fração
E se achamos a unidade
EstĂĄ resolvida a questĂŁo
Pra finalizar, vamos recordar
Que menos por menos dĂĄ mais amor
Se vĂŁo as paralelas
Ao infinito se encontrar
Por que demoram tanto os coraçÔes a se integrar?
Se infinitamente, incomensuravelmente,
Eu estou perdidamente apaixonado por vocĂȘ.
O Tempo Passa? NĂŁo Passa
O tempo passa? NĂŁo passa
no abismo do coração.
Lå dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um sĂł verso e uma rima
de mĂŁos e olhos, na luz.
NĂŁo hĂĄ tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo Ă© todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não hå nada,
amar Ă© o sumo da vida.
SĂŁo mitos de calendĂĄrio
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversĂĄrio
Ă© um nascer toda a hora.
E nosso amor, que brotou
do tempo, nĂŁo tem idade,
pois sĂł quem ama
escutou o apelo da eternidade.
Balada do CĂĄrcere de Reading
(...)
Eu soube, então, a idéia lacerante
que o atormenta, e o faz correr,
e o faz olhar, tristonho, o céu radiante,
radiante, e alheio ao seu sofrer:
de matou aquela que adorava,
- por causa disso vai morrer.
No entanto (ouvi) cada um mata o que adora:
o seu amor, o seu ideal.
Alguns com uma palavra de lisonja,
outros com um duro olhar brutal,
O covarde assassina dando um beijo,
o bravo, mata com um punhal.
Uns matam o Amor, velhos; outros, jovens;
(quando o amor finda, ou o amor começa);
matam-no alguns com a mĂŁo do Ouro, e alguns
com a mĂŁo da Carne â a mĂŁo possessa!
E os mais bondosos, esses apunhalam,
- que a morte, assim, vem mais depressa.
Hå coraçÔes vendidos, e hå comprados;
uns amam, pouco, outros demais;
hĂĄ quem mate a chorar, vertendo lĂĄgrimas,
ou a sorrir, sem dor, sem ais.
Todo homem mata o Amor; porém, nem sempre,
nem sempre as sortes sĂŁo iguais."
(...)
Aqueles que se amam e sĂŁo separados podem viver sua dor, mas isso nĂŁo Ă© desespero: eles sabem que o amor existe.
Sentir-se amado Ă© ver que ela lembra de coisas que vocĂȘ contou dois anos atrĂĄs, Ă© vĂȘ-la tentar reconciliar vocĂȘ com seu pai, Ă© ver como ela fica triste quando vocĂȘ estĂĄ triste e como sorri com delicadeza quando diz que vocĂȘ estĂĄ fazendo uma tempestade em copo dâĂĄgua. "Lembra que quando eu passei por isso vocĂȘ disse que eu estava dramatizando?" EntĂŁo, chegou sua vez de simplificar as coisas. "Vem aqui, tira esse sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mågoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo nĂŁo diz tudo.
Nota: Trecho adaptado de um texto publicado por Martha Medeiros. Muitas vezes Ă© atribuĂdo erroneamente a Arnaldo Jabor.
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