Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Hoje, neste tempo que Ă© seu, o futuro estĂĄ sendo plantado. As escolhas que vocĂȘ procura, os amigos que vocĂȘ cultiva, as leituras que vocĂȘ faz, os valores que vocĂȘ abraça, os amores que vocĂȘ ama, tudo serĂĄ determinante para a colheita futura.

Por vezes a minha dor é esmagadora, e embora compreenda que nunca mais nos voltaremos a ver, hå uma parte de mim que quer agarrar-se a ti para sempre. Seria mais fåcil para mim fazer isso porque amar outra pessoa pode diminuir as recordaçÔes que tenho de ti. No entanto, este é o paradoxo: Embora sinta muitíssimo a tua falta, é por tua causa que não temo o futuro. Porque foste capaz de te apaixonar por mim, deste-me esperança, meu querido. Ensinaste-me que é possível seguir em frente com as nossas vidas, por mais terrível que tenha sido a nossa dor. E à tua maneira, fizeste-me acreditar que o verdadeiro amor não pode ser negado.

Nicholas Sparks
SPARKS, N. As Palavras que Nunca Te Direi. Lisboa: Editorial Presença, 2004.

Flores sĂŁo flores
Vivas num jardim
Pessoas sĂŁo boas
JĂĄ nascem assim
Flores sĂŁo flores
Colhidas sem dĂł
Por alguém que ama
E nĂŁo quer ficar sĂł

Uma relação nem sempre termina porque nĂŁo Ă© feliz. Às vezes termina para preservar a felicidade da memĂłria.

Amar alguĂ©m Ă© viver o exercĂ­cio de nĂŁo querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiĂȘncia de amar e ser amado Ă© acima de tudo a experiĂȘncia do respeito.

Um anjo vem todas as noites:
senta-se ao pé de mim, e passa
sobre meu coração a asa mansa,
como se fosse meu melhor amigo.
Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco)
Ă© todo o amor que resta
entre ti e mim, e estĂĄ comigo.

Chore, grite, ame.
Diga que valeu, que doeu, que daqui pra frente sĂł vai melhorar.
Perdoe, insista, ame novamente.
Não leve a vida tão a sério.
Descomplique.
Quebre regras, perdoe rĂĄpido beije lentamente.
Ame de verdade, ria descontroladamente e nunca lamente nada que tenha feito vocĂȘ sorrir...

Eu te amo.
Ela sorriu, tĂ­mida.
- VocĂȘ me ama?
- NĂŁo.
Respondeu ele sorrindo.
Todos os que amo vĂŁo embora.
- Eu nĂŁo suportaria te ver partir.

No fim destes dias encontrar vocĂȘ que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa e passa a mĂŁo na minha cara marcada, na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro. Mergulho no cheiro que nĂŁo defino, vocĂȘ me embala dentro dos seus braços e vocĂȘ me beija e vocĂȘ me aperta e vocĂȘ me aquieta repetindo que estĂĄ tudo bem, tudo, tudo bem.

Quem um dia irå dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irå dizer que não existe razão?

Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida dråstica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia.

Soneto

Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono

Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo

Por que nĂŁo me deixaste adormecida
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste sĂł, com que saĂ­da

Por que desceste ao meu porĂŁo sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio

Eu sempre acho que Ă s vezes na vida, a gente vive tĂŁo mal, Ă s vezes a gente precisa perder as pessoas para descobrir o valor que elas tĂȘm. Às vezes as pessoas precisam morrer para gente saber a importĂąncia que elas tinham, e isso uma vez na minha vida isso aconteceu. Estava eu na minha casa de manhĂŁ, quando recebi um telefonema que minha irmĂŁ estava morta, minha irmĂŁ mais nova, cheia de vida de repente nĂŁo existe mais.

Fico pensando assim, que às vezes na vida o ensinamento mais doído seja esse, quando na vida nos jå não temos mais a oportunidade de fazer alguma coisa, e o inferno talvez seja isso, a impossibilidade de mudar alguma situação.
E quando as pessoas morrem jĂĄ nĂŁo ĂĄ mais o que dizer, porque mortos nĂŁo podem perdoar, mortos nĂŁo podem sorrir, mortos nĂŁo podem amar, nem tĂŁo pouco ouvir de nos que nos os amamos.

Eu me lembro que uma semana antes de minha irmĂŁ morrer, ela havia me ligado, foi Ă  Ășltima vez que eu falei com ela e eu me recordo que naquele dia, eu estava apressado muita coisa para fazer, e fiz questĂŁo de desligar o telefone rĂĄpido, sabe quando vocĂȘ fala, mas fala na correria porque vocĂȘ tem muita coisa pra fazer? E foi assim, se eu soubesse que aquela era a Ășltima oportunidade de ver minha irmĂŁ, de olhar nos olhos dela, de falar com ela, eu certamente teria esquecido toda a pressa, porque quando a vida Ă© assim, e vocĂȘ sabe que Ă© a ultima oportunidade, vocĂȘ nĂŁo tem pressa pra mais nada, jĂĄ nĂŁo hĂĄ mais o que eu fazer, e essa Ă© a beleza da Ășltima ceia de Jesus.

NĂŁo hĂĄ pressa, o momento Ă© feito para celebrar, a mĂ­stica da Ășltima ceia estĂĄ ali, Jesus reĂșne aqueles que pra ele tinha um valor especial, inclusive o traidor estava lĂĄ.
E eu descobrir com isso, com a morte da minha irmã, q eu não tenho o direito de esperar amanhã pra dizer que amo, pra perdoar, para abraçar, dizer que é importante que é especial.

Não! O amanhã eu não sei se existe, mas o agora eu sei que existe, e às vezes na vida nos perdemos... Eu me lembro quantas vezes na minha vida de irmão com ela, nos passåvamos uma semana sem nos falarmos, por que ouve uma briga uma confusão, a gente se dava o luxo de passar uma semana sem se falar, e hoje eu ano tenho mais nem 5 minutos pra conversar com alguém que foi importante, que foi parte de mim.

NĂŁo espere as pessoas morrerem, irem embora, nĂŁo espere o definitivo bater na sua porta, nos nĂŁo conhecemos a vida e nĂŁo sabemos o que virĂĄ amanhĂŁ, viva como se fosse o Ășltimo dia da sua histĂłria, se hoje vocĂȘ tivesse que realizar a sua Ășltima ceia, porque Ă© conhecedor que hoje Ă© o Ășltimo de sua vida, certamente vocĂȘ nĂŁo teria tempo pra pressa. VocĂȘ celebraria atĂ© o fim e gostaria de ficar no lado de quem vocĂȘ ama. Viver o cristianismo, Ă© fazer a dinĂąmica da Ășltima ceia todos os dias, viva como se fosse o ultimo dia da sua vida, viva como se fosse a ultima oportunidade de amar quem vocĂȘ ama, de olhar nos olhos de quem pra vocĂȘ Ă© especial.

E depois que minha irmã morreu um tempo bem passado, eu descobrir porque eu gostava tanto dessa musica que vou cantar agora, ela não fala de um amor que foi embora, o compositor fez para a filha que morreu em um acidente, então, fica muito mais especial cantå-la e descobrir o cristianismo que estå no meio das palavras, por que é assim, quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ele ocupava.

“NĂŁo sei por que vocĂȘ se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus nĂŁo pude dar...

VocĂȘ marcou na minha vida
Viveu, morreu
Na minha histĂłria
Chego a ter medo do futuro
E da solidĂŁo
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de vocĂȘ
Gostava tanto de vocĂȘ...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda estĂĄ o seu retrato
NĂŁo quero ver prĂĄ nĂŁo lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que nĂŁo exista
O pensamento em vocĂȘ...

E eu!
Gostava tanto de vocĂȘ
Gostava tanto de vocĂȘ...

NĂŁo sei por que vocĂȘ se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus nĂŁo pude dar...

VocĂȘ marcou em minha vida
Viveu, morreu
Na minha histĂłria
Chego a ter medo do futuro
E da solidĂŁo
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de vocĂȘ
Gostava tanto de vocĂȘ...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda estĂĄ o seu retrato
NĂŁo quero ver prĂĄ nĂŁo lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que nĂŁo exista
O pensamento em vocĂȘ...

E eu!
Gostava tanto de vocĂȘ
Gostava tanto de vocĂȘ...

Eu gostava tanto de vocĂȘ!
Eu gostava tanto de vocĂȘ!
Eu gostava tanto de vocĂȘ!
Eu gostava tanto de vocĂȘ!

Agora o triste da mĂșsica Ă© que a gente precisa conjugar o verbo no passado, a pessoa jĂĄ morreu, jĂĄ nĂŁo a mais o que fazer, mas nĂŁo tem nenhum sofrimento nessa vida que passe por nos sem deixar nenhum ensinamento,...tem que nos ensinar, nĂŁo dĂĄ pra sofrer em vĂŁo, alguma coisa a gente tem que extrair...extraia o sofrimento e descubra o ensinamento. Se ele algum dia me tocou e me deixou algum ensinamento eu faço questĂŁo de partilhĂĄ-lo com vocĂȘ agora. Depois da morte da minha irmĂŁ eu faço questĂŁo de viver a vida como se fosse o ultimo dia.
JĂĄ que o passado Ă© coisa do inferno e a gente nĂŁo ta no passado, muito menos no inferno...resta a possibilidade de mudar o verbo de trazĂȘ-lo para o presente e de cantĂĄ-lo olhando para as pessoas que sĂŁo especiais, quem sabe cantando pra ela nesse momento...se ela ta do seu lado, se vocĂȘ tem algum amigo que mereça ouvir isso de vocĂȘ, alguĂ©m que faz diferença na sua histĂłria...ao invĂ©s de vocĂȘ dizer que gostava, vocĂȘ diz que gosta!
Vamos mudar o verbo! Vamos amar a vida! Vamos amar as pessoas antes que elas vĂŁo embora!
E eu...Eu gosto tanto de vocĂȘ! Eu gosto tanto de vocĂȘ!

RuĂ­nas da amizade.

Quando vocĂȘ encontra alguĂ©m especial e se apaixona por essa pessoa, vocĂȘ começa a construir um relacionamento com os cuidados de quem constrĂłi uma maravilha.
Seus materiais båsicos são constituídos de muito amor, companheirismo e dedicação.
Até que um dia algo terrível acontece, jogando por terra toda sua construção.
É desalentador e faz mesmo pensar que todo seu trabalho fora em vão.
Mas isso Ă© ledo engano: se construĂ­stes tudo realmente com beleza e pureza de sentimento, restarĂĄ ainda uma magnĂ­fica amizade.
Assim como as mais majestosas construçÔes da humanidade deixaram suntuosas ruínas das quais cuidamos e admiramos, a amizade fruto de um amor de verdade deve e merece ser preservada.

Amar Ă© dar razĂŁo a quem nĂŁo tem.

Nelson Rodrigues
O Reacionårio: Memórias e ConfissÔes

DOR FÍSICA X DOR EMOCIONAL

O maior medo do ser humano, depois do medo da morte, Ă© o medo da dor. Dor fĂ­sica: um corte, uma picada, uma ardĂȘncia, uma distensĂŁo, uma fratura, uma cĂĄrie. Dor que sĂł cessa com analgĂ©sico, no caso de ser uma dor comum, ou com morfina, quando Ă© uma dor insuportĂĄvel. Mas Ă© a dor emocional a mais temĂ­vel, porque essa nĂŁo tem medicamento que dĂȘ jeito.

Uma vez, conversando com uma amiga, ficamos nessa discussĂŁo por horas: o que Ă© mais dolorido, ter o braço quebrado ou o coração? Uma pessoa que foi rejeitada pelo seu amor sofre menos ou mais do que quem levou 20 pontos no supercĂ­lio? Dores absolutamente diferentes. Eu acho que dĂłi mais a dor emocional, aquela que sangra por dentro. Qualquer mĂŁe preferiria ter Ășlcera para o resto da vida do que conviver com o vazio causado pela morte de um filho.

As estatĂ­sticas nĂŁo mentem: Ă© mais fĂĄcil ser atingida por uma depressĂŁo do que por uma bala perdida. Existe mĂ©dico para baixo astral? Psicanalistas. E remĂ©dio? Anti-depressivos. Funcionam? Funcionam, mas nĂŁo com a rapidez de uma injeção, nĂŁo com a eficiĂȘncia de uma cirurgia. Certas feridas nĂŁo ficam Ă  mostra. Acabar com a dor da baixa auto-estima Ă© bem mais demorado do que acabar com uma dor localizada.

Parece absurdo que alguém possa sofrer num dia de céu azul, na beira do mar, numa festa, num bar. Parece exagero dizer que alguém que leve uma pancada na cabeça sofrerå menos do que alguém que for demitido. Onde estå o hematoma causado pelo desemprego, onde estå a cicatriz da fome, onde estå o gesso imobilizando a dor de um preconceito? Custamos a respeitar as dores invisíveis, para as quais não existem prontos-socorros. Não adianta assoprar que não passa.

Tenho um respeito tremendo por quem sofre em silĂȘncio, principalmente pelos que sofrem por amor. Perder a companhia de quem se ama pode ser uma mutilação tĂŁo sĂ©ria quanto a sofrida por Lars Grael, sĂł que os outros nĂŁo enxergam a parte que nos falta, e por isso tendem a menosprezar nosso martĂ­rio. O prĂłprio iatista terĂĄ sua dor emocional prolongada por algum tempo, diante da nova realidade que enfrenta. Nenhuma fisgada se compara Ă  dor de um destino alterado para sempre.

Martha Medeiros
CrĂŽnica "Dor fĂ­sica X dor emocional", 1998.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas GĂȘmeas, a 26 de outubro de 1998.

...Mais

Mas na profissão, além de amar, tem de saber. E o saber leva tempo para crescer.

Por que nos conhecemos? Por que o acaso o quis? Foi porque atravĂ©s da distĂąncia, sem dĂșvida, como dois rios que correm a unir-se, nossas inclinaçÔes particulares nos impeliram um para o outro.

CONHECIDOS E AMIGOS: AS GRADAÇÕES

Amigo do peito.
AmigĂŁo.
Velho amigo.
Meu melhor amigo.
Conheço-o hå muito tempo.
Conhecido metido a amigo.
Amigo que cai de turma e vira conhecido.
Sempre foi muito legal comigo.
Conhecido Ă­ntimo.
Conhecido afetuoso.
Conhecido que se diz amigo.
Conhecido que finge que nĂŁo nos vĂȘ em certas situaçÔes.
Amigo intenso que nĂŁo se vĂȘ hĂĄ muitos anos.
Amigo passivo.
Amigo de convivĂȘncia esparsa e rara.
Amigo de todas as horas.
Amigo das horas difĂ­ceis.
Amigo sĂł de horas fĂĄceis.
Amigos encrenqueiros.
Amigos adorĂĄveis.
Amigos trabalhosos.
Amigo de FĂ©.
Conhecido de vista.
Falso Ă­ntimo.
Amigo a quem nĂŁo se conhece pessoalmente.
Amigo da Internet.
Conhecido da Internet.
Chato da Internet.
Afinidade especial na Internet.
Amigo dela de quem foi caso secreto no passado.
Amiga dele de quem foi caso secreto no passado.
Ex–amigo que ainda nĂŁo sabe que jĂĄ Ă©.
Candidato a ex-amigo.
Amizade que deixamos escapar.
Amizade unilateral.
Admiração sem amizade.
Amizade com inveja.
A mĂștua admiração da amizade.
A impossibilidade do amigo morto.

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano