Indiferente
BALADA DO TEMPO (soneto)
... e o tempo passa, indiferente
apático, indo embora sem saber
poente na saudade, o alvorecer
mais um, outro, apressadamente
... dono dos gestos e do prazer
tristemente, tal uma flor dolente
que traga o frescor vorazmente
no ato da ação do envelhecer
e o tempo passa, inteiramente
sem que escolhamos perceber
e na lembrança, assim, assente
passa o tempo, e é para valer
sem que nada dele ausente...
Presente! Pois vale a pena viver!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Engraçado como algumas pessoas tratam, em horas, os "amigos" de um forma tão indiferente e seca, parecendo que nem são amigos, e mais, e que existe uma raiva levada àquele tratamento de coração gelado e causador de minha tristeza e desilusão, profunda e insuportável, em relação àquelas pessoas.
Tento me fazer de indiferente, mas me enrolo nas palavras e tropeço nos meus sentimentos. E a verdade é apenas aquela que meus olhos insistem em te mostrar. Eu quero você como sempre quis, e tentar esconder isso me dói. Esconder já é impossível, meu coração dispara ao te ver, meus olhos se alegram ao te encontrar e meus braços esperam ansiosamente por seu abraço. Seu cheiro me conforta, seu sorriso me abre caminhos. E a felicidade eu encontro na sua voz.
Saber, ser, ter.. tudo isso é tão indiferente se reparamos que no final, todos vamos morrer do mesmo jeito.
"A natureza não é cruel, apenas implacavelmente indiferente. Essa é uma das lições mais duras que os humanos têm de aprender."
Quando o homem mau pratica o bem, ele adormece indiferente. Mas quando o homem bom procede mal, a madrugada lhe tortura!
Provas de amor nem sempre são palpáveis
Elas acontecem em um tempo-espaço indiferente ao concreto
São esboçadas de uma forma súbita, despejadas
Nem sempre explicitas, elas nascem da necessidade de falar de algo que continua guardado, do sentimento que permanece e que mesmo sujeito a todas intempéries, variáveis e transformações, nunca deixou de me habitar.
Não estou indiferente. É que, antes de me expor ao risco de me apaixonar, vacinei-me contra a falta de zelo.
Como a última página virada, descrita por um grande autor, melancólico, frio, triste, indiferente...
Se um dia eu conseguir ser indiferente, talvez, eu deixe de ser tão diferente aos olhos de terceiros. Pelo sim e pelo não, a opinião do primeiro aqui ainda é a que importa.
Indiferente de quem for, uma pessoa só pode ser ajudar se ela mesma quiser ajuda, caso contrário não importa quem seja, não terá efeito.