Indiferente
Um só
Indiferente, já não posso ser.
Te encontras presente
como alguma coisa que fica
permanentemente.
Teus olhos me olham por horas,
dias como se em mim estivessem.
Vestimos a mesma pele, sou teu
és minha.
Das dores ao prazer somos um
só.
Desnecessário será dizer, te amo,
pois somos um corpo com duas
almas diferentes, fundidas em um
corpo só.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Lrtras. R/J
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico da ACILBRAS - Cadeira - 681
Patrono Comendador Maestro Armando Caaruara - Presidente
Gratidão
Obrigado oh pai pela luz do céu.
O pão diariamente.
Ainda que o mundo seja indiferente.
O dilema que passa nossa gente.
Ainda assim existe o mel.
Minha imensa gratidão senhor.
Por oportuna maneira de lhe buscar.
A natureza tende a resistir.
O inimigo tenta bloquear.
Mas é pela fé que busca o sabor.
De poder servir o senhor.
Oh altíssimo provedor completo.
Senhor de providências.
Cumpre todas as diligências.
Tuas promessas são reais.
Deixa nosso paladar repleto.
Experimentar do teu poder.
Fortalece o agradecimento.
Espírito de avivamento.
Que alimenta a fome de vida.
És tu senhor a própria satisfação de nosso ser.
Giovane Silva Santos
Uma boa porção
Desta humanidade atual
Estão a precisar de um alto falante
Pra sua indiferente
E vazia voz da consciência.
***
Se ora me vês esquivo...
Erro é teu...
Um querer indiferente...
Que nasce na fantasia...
Amei-te um dia...
Saio para rua...
Esquece...
Novo assunto aparece...
Nem a tristeza nem as horas belas...
Tudo me ruiu…
Tudo era igual...
Me sequei todo...
Endureci de tédio...
Sombrios pesadelos...
De um eterno devaneio...
Não paro, nem volto atrás...
Tenho um caminho marcado...
E decerto sei...
Que não é ao teu lado...
Sandro Paschoal Nogueira
Inúmeros são os acontecimentos que incidem sobre nós. Indiferente de serem bons ou não tão bons assim, simplesmente não temos como controlar os fatores externos que de alguma forma vão nos afetar. Mas, podemos optar por controlar a nossa reação diante eles.
O livre-arbítrio pode ser considerado uma benção ou não, tudo vai depender de como você vai encarar essa experiência extraordinária chamada vida. Se pensa que está difícil para você, pare por alguns instantes e analise melhor o seu entorno.
Cada um de nós está vivenciando o seu próprio processo. Se observar com atenção, perceberá que tudo é uma questão de ciclos. Um ciclo se fecha e outro se inicia. Às vezes, encerramos ciclos. Outras vezes, encerram o ciclo por nós.
Quando parte de nós encerrar um ciclo, tudo parece mais leve e fácil de aceitar. Somos capazes de encarar com naturalidade o fim de mais uma etapa e partimos desapegados para o novo que não tarda à chegar. A sensação de dever cumprido acalenta o coração.
Mas, quando alguém ou alguma circunstância externa nos força a encerrar o ciclo, normalmente nos deixamos dominar por sentimentos de não aceitação, medo e sofrimento. Ficamos inseguros, frágeis e resistentes.
Quando não percebemos que um ciclo precisa chegar ao fim, a vida vem e se encarrega de trazer as mudanças que se fazem necessárias. Em alguns momentos, ganhamos leves “tapas nas costas” que sutilmente nos impulsionam.
Em outros, é como se uma “tempestade” fizesse morada dentro de nós. A intensidade desse “empurrão” da vida, vai depender de como nos posicionamos diante dos nossos próprios processos internos.
Se tentarmos pular uma etapa, o processo não se completa e provavelmente irá se repetir até aprendermos a lição. Do contrário, se a lição já foi compreendida e continuamos apegados, o corte precisa ser feito.
O nosso processo muitas vezes vai doer. Não por que precisa doer, mas, por que resistimos a ele. Se permitir vivenciar cada ciclo e aceitar quando este chega ao fim, pode ser a chave para o nosso crescimento, amadurecimento e cura interior.
Às vezes, certas bênçãos de Deus entram estilhaçando todas as vidraças, eu humildemente acrescentaria, mesmo assim permaneça aberto e confie no processo. Confie que nada chega e nada se vai sem um bom motivo. No universo, mesmo que não compreendamos, tudo é perfeito.
Muitas vezes, algumas coisas precisam morrer em nós para que a nossa evolução aconteça. Sempre há para o que renascer. Somos o resultado das nossas experiências e cabe apenas a nós apreciar o caminho. Confie no seu processo.
Indiferente aos movimentos
de pequenos seres terrestres
cruza o céu em passo lento
a majestosa dos poetas
enquanto a luz iridescente
do astro-rei se despede
e uma menina-mulher
em seu quarto reflete
sobre uma cama bagunçada
deitada no cobertor
lendo letras intrigantes
dum famoso escritor
a capa cor de arrebol
a história seca e tenaz
os carros voltando às casas
e os sons dos animais
vozes distantes e dentro
sonhos e sonos sem fim
a moça reflete a beleza
e a estranheza do existir
palavra que mostra tudo
discerne e desfere e ri
no arco de uma personagem
tão longe da sua imagem
tão perto do seu porvir
minutos viram segundos
segundos dissolvem horas
e outra vez a aurora
desperta sua lucidez
começa a vida às 5
trabalha e faz seu risco
entre o não e o talvez
à noite, de sua janela
memoriza os olhos dela
a lua que se desfez…
Fosse manhã ou noite, sexta-feira ou domingo, era tudo indiferente, o que havia era sempre o mesmo: uma dor surda, torturante, que não sossegava um instante sequer; a consciência da vida que não cessava de afastar-se sem esperança, mas que ainda não partira de todo; a mesma morte odiosa, terrível, que se aproximava e que era a única realidade; e sempre a mesma mentira. Para quê então os dias, semanas e horas do dia?
Para uma pessoa indiferente a você, deixe-a ir, deixe-a vagar, faça isso em silêncio e agradeça a Deus por ela te deixar claro que não quer permanecer. Lembre-se de que certas atidudes ou até a falta delas, mesmo sem palavras serem pronunciadas, dizem a mesma coisa no final, que você merece algo melhor para entregar todo o seu tempo e atenção, então siga adiante!
Quem se finge indiferente
ante a injusta sociedade,
é mais um que é conivente
com a justiça decadente,
por desdém e por maldade.
indiferente
permanece indiferente
ante a desgraça das gentes
que morrem aos montes
em sua frente
não são apenas tiros e facas
não são apenas bombas e farpas
são inundações de tristezas
clamores das extremas pobrezas
ciclos que rodeiam os nós
vozes que abafam os dós
limites perdidos em si mesmos
liames desfeitos aos despejos
indiferentes
eis que permanecem vós
construtores do futuro retrós
adivinhos de promessas desfeitas
mercadores de almas eleitas
con-ve-ni-en-te-MENTE
disfarçados de bondade
entorpecidos em sua própria vaidade
indiferente
permanece a existência
frente a insensatez da eloquência
de quem fala
grita
e nada diz
de quem vive
e morre
sempre
por um triz…
A gente nasce e morre, e o universo permanece indiferente... nem aí pra nós, só girando como sempre.