Indiferença
Para defender a verdade individual, ou coletiva, aquela que se faz através de conchavos, com a intenção única de satisfazer a vaidade egoica, cria-se o mundo, em um campo de batalhas. Os campos minados da alma existem em todos os confins. Justos e hipócritas, crianças e velhos, pobre e rico... Lutam todos e todos os dias. Estou no meio dos campos minados, correndo para lá e para cá, tentando esquecer a vaidade, apenas por um minuto.
Existem as bandeiras com os seus significados. Importa apenas a mensagem que elas nos passam. Muitas vezes não é isso que se vê, e sim, o que se ganha com isso. Vejo apenas que os maléficos, por sua natureza, são os que prejudicam a massa ou a si mesmos, a ponto de se olharem no espelho e não mais se reconhecerem, por deturparem a figura do amor.
Os bons abraçam sempre as causas justas e lutam com todo amor que puderem extrair daquilo que plantaram. Lutam sem precisar machucar o outro, sem destruírem as edificações que já foram construídas. Lutam pelo amor, pela paz, pela conscientização, sem beneficio próprio.
Os justos são os que lutam pela justiça perdida, contra a maldade do julgamento injusto, a maledicência da exclusão e os ferimentos do preconceito. Lutam com armas invisíveis - a fé contra os vícios, ambição e traição, contra os autores da desunião, contra as rupturas dos vínculos, embasados nas artimanhas enganadoras e mal polidas, do que se possa chamar ato plausível. Preciso recorrer à atitude cética para combater o maniqueísmo e não permitir que ele adentre em minha casa?
Preciso não tomar partido e me pôr em cima do muro, apenas vislumbrando a morte ou a vida, sem molhar os pés na realidade?
Preciso não me render ao simplismo de encurralar o pensamento, entre as paredes do bem e do mal, pondo-me na posição de "eu não tenho nada a ver com isso?!"
A indiferença mata? Se nada faço quando vejo alguém se afogando, estou cooperando, ou não, com o seu afogamento, ou estou apenas observando o afogamento de alguém, enquanto elaboro um pensamento para além da solução dualista? Será sábio inventar uma tese inédita sobre alguém que surge com uma ideia lógica e racional, sobre os futuros robôs da era que exigem a falta de sentimento - bem ou mal, apenas o lógico, pois esta falta agrada à ciência e substitui as desgraças ou as graças?
Sou péssima discursista, não posso entender a profundidade dos sentimentos. Bem ou mal, por considerar-me entre os homens um homem médio e comum, posso dizer que o remédio está, não na fabricação de teses cientificas que poderiam se tornar demagogia, e sim, na conscientização e educação. Daí nasce a nova cultura dos tempos que em minha opinião é bem mais aproveitável do que a tese científica.
Tratamos de seres humanos e não de objetos a serem analisados.
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Eu te achava tão lindo, olhava pra você e pensava: Meu Deus é demais pra mim. Você sempre bem vestido, com palavras prontas milimetricamente ensaiadas. Nada parecia está errado em você: família perfeita, amigos perfeitos, vida perfeita. Era tudo tão perfeito que me embrulhava o estômago. Você veio fácil demais, com promessas rápidas, elogios baratos, liberdade calculada. E eu a garota cansada da intensidade de tudo que vivi mergulhei de cabeça no vazio sem fim que você é. Tentei olhar pra você como alguém que tava passando por uma fase, que um dia ía enxergar toda a breviedade das coisas, mas não, não era uma fase: era você. Esse vazio todo não era essas festas frequentes sem hora pra terminar, esse valor exacerbado a luxos tão banais, esses amigos do de vez em quando que você colecionava, esse vazio todo era você. Era você com seu jeito tímido que escondia um cara frio e calculista, com seu gosto musical apurado que disfarçava sua falta de sensibilidade pra ouvir além do som, com sua mania de perfeição que só gritava o quão longe da perfeição você era. E como te enxergava assim doeu acordar pra quem você sempre foi e perceber o quanto tudo que você me oferecia era menos pra mim. E hoje me permiti ir embora, paguei um ingresso caro demais e o seu show é pra uma platéia selecionada que eu definitivamente não quero fazer parte nem fazer coro com essa gente que te rodeia, que te enaltece, que te faz rei. Sempre fui transparente com tudo que sou e pra ser bem sincera, quem anda comigo, sabe não perco meu tempo com pouco, não aguento futilidade nem no meu armário quanto mais no meu coração.
Quer saber se é amor? Gere uma discussão, dependendo do resultado verás se é amor, resultou ódio ou indiferença?
se foi ódio é porque há amor, se foi indiferença, nem precisa responder!
Guardei meu silêncio por um tempo na esperança que meu Ego não me ouvisse, não demorou muito para que me achasse novamente. Apesar do silêncio, mais uma vez cai na armadilha da Mente, não posso silencia-la, não posso toca-la, somente posso fingir que tenho controle. Maldito seja este cão faminto de nome Ego, voraz, impiedoso e soturno, maldito seja sua eterna amante a Mente, manipuladora e conivente. Alternam seu libidinoso controle, ora na embriaguez da ignorância, ora na fantasia da liberdade intelectual. Hoje não quero controle, hoje não quero liberdade, o que derem aceitarei, até que percam seu interesse.
"...andando pela Vida sigo em frente, e do meu lado não me acompanha qualquer um... Meu Amor é só para os que merecem... não perco mais tempo e sentimento com os enganadores e mentirosos, para eles deixou minha Indiferença e meu silencioso Desprezo!"
"Depois de estar com o coração dilacerado e sentindo uma dor até então aparentemente incurável, eu descobri que minha alma gritava e ao mesmo tempo adoecia... Eu tive que lutar contra anos de lembranças e momentos que me doei incondicionalmente, pois eu precisava me livrar da dor da ingratidão! Não tive outra escolha, fui afastando, sofrendo calada e lutando contra as preocupações e responsabilidades alheias que jamais eu deveria ter autorizado minha fraqueza do momento, atribuir sobre meus ombros!! Hoje, eu tenho que admitir que até as minhas lágrimas foram de grande valia, e digo com clareza: vivi e aprendi! Tudo passa, e as pessoas mudam também. Abracei o desapego e através dele, aprendi até onde devo ir e quando devo parar! Graças a Deus estou muito feliz e totalmente desapegada. Não há como fugir disso: produtos do meio serão eternamente produtos do meio, e por isso devemos respeitar os nossos limites diante de tudo que nos desgasta."
Será que as pessoas não percebem o quanto são importantes na nossa vida? Precisa de que? Uma placa de precisa-se pendurada no pescoço? Se a intenção é punir pela indiferença meus parabéns, a diferença é que um jogo sempre pode ser jogado por dois jogadores que não conhecem os meios para chegar ao fim de uma disputa, mas que no fim perseguem o mesmo objetivo, o qual poderia muitas vezes ter sido alcançado se ao invés de caminhos opostos seguissem a mesma direção.
Ela estava ausente. Nada a presentificava onde deveria estar. Nenhum fio de cabelo se movia, nenhuma pálpebra batia, nenhuma lágrima caía. Estava ausente da rua, do trabalho e até do mar que continuava a quebrar nela as suas ondas, como a dizê-la que tudo passaria. Estava fora do seu corpo, a embalagem que vestia a sua ausência e fazia os outros acreditarem que ela ainda existia e andava e comia e vivia, quando apenas sobrevivia a si mesma!
É bem complicado entender, por que é o amor que não me causa emoção, que deseja me amar...
É complicado, saber que pessoas sentem desejo por mim, e que meu coração, não as percebem.
É complicado eu ter que entender, que quem meus olhos viram e meu coração sentiu... seja tão indiferente à mim.
Penso que seria bem mais fácil,
e menos complicado, o amor já ter rumo certo!
Só aproximar-se de quem ele realmente sabe que será correspondido...
Ele deveria ter uma anteninha que captasse sentimentos, para não vir em vão...
Porque nada vale você saber que é a “tampa” do balaio de alguém, que já tem tampa e vice-versa.
Deve ser muito triste viver sendo indiferente aos outros. Porque quando você tem raiva, querendo ou não, é porque você se importa com alguém, mas a indiferença é a essência da desumanidade.
Às vezes, me parece que a capacidade de conviver com a dor do outro é uma das medidas da nossa capacidade de amar. Gente muito voltada para si mesmo não consegue partilhar as dificuldades alheias. Tornam-se impacientes, se entediam e, ao final, refugiam-se na indiferença.
(...)
Afinal, por que não estamos aproveitando o tempo para nos divertir? Por que não estamos falando a meu respeito? Os sentimentos egoístas nem sempre são claros, mas explicam parte da dificuldade em conviver. Quem quer atenção em tempo integral não consegue perceber o outro. Nem gostar dele realmente. Amar, afinal, da forma como eu vejo, é apaixonar-se também pela dor alheia. Mas para isso é preciso olhar além de si.
É foda gostar de alguém, pelo menos pra mim.
Eu não consigo ficar sem falar com a pessoa e quero ver ela todos os finais de semana. Quero saber como foi seu dia e tudo mais, e não apenas gostar e deixar de lado. Não adianta, não consigo ser assim. Nunca a outra pessoa da valor nisso e quando dá, não demostra. É ai que complica!
me fechei dentro do muro e me guardei do lado de fora,com grande esforço consegui ficar e ao mesmo tempo ir embora...sabe de uma coisa?
me senti bem na minha companhia.
Avesso
Nada mais ficou no lugar
Depois daquela madrugada fria
Que antecedeu tua chegada
E precedeu tua partida
Já amanhecia
E eu sentia o fluir inexorável das horas
Que teimavam em passar
Pro deleite do meu desespero
Que inebriado de desejos
Poderia não saber mais do teu olhar
Indiferente tu fostes
Diante do entoar encabulado das minhas vontades
Te querendo a qualquer preço
Em minhas contradições inerentes
Ao que minha pele sente
O exacerbo eloqüente
Do meu avesso original
Que até então estava guardado
Na porta da minha casa
Então me deixa aqui
Por mais alguns momentos
Para eu poder imaginar
Como teria sido
Se eu tivesse te tido
Naquele instante...
O direito de ser direito é o dever de não dever a sociedade.
Sociedade, aqui os maus se dão bem.
Sociedade!!!
Estúpida sociedade!!!