Indecisão
O GOSTO
É comum eu ficar na duvida, normal. Mas, não tenho pressa de escolher, só vou na boa, não lembro de arrependimentos. Mas, também, frequentemente, decido logo de cara, bato o olho e pronto, é relativo. Como há dias atrás quando fui comprar um sapato pra trabalhar. Pedi logo o que tava no pé, que já venho comprando repetidas vezes, acho que já uma três vezes da mesma marca e modelo. A moça da loja de sapato me atendeu e disse, é de praxe: - Olhe esses... E eu, - Quero esse do pé. Ela pensou alto: “será que tem?" Procurou e até encontrou, só que branco, disse-me que ia solicitar de outra loja na terça feira estaria em mãos. Mas, não é que me agradei de outro muito parecido, idêntico, do tipo que nem precisa usar as mãos pra calçar, com os pés mesmo eu tiro e calço que nem sandália de tão confortável. Bati o olho num sapatênis, posteriormente, nem tava pensando em comprar, esses cruzamentos de sapato social e tênis, bem bolado, pedi um par. Pedi também uma meia, tudo isso acontecendo num espaço de quatro metros quadrados a minha frente de prateleira, sentado numa cadeira. E só sei que ao pegar o ônibus pro shopping, descer, entrar, me dirigir a loja, escolher, pagar, levei ao todo 1 hora e voltei pra casa.
Mesma coisa foi pra comprar os óculos de grau, fui numa rua conhecida por ter uma ótica junta da outra, tipo rua das óticas, aqui tem uma ruas assim, dos eletrodomésticos, de roupas de recém nascidos, etc. Pois bem, como ia dizendo, na primeira ótica, antes de entrar, da rua mesmo, bati o olho num óculos, parecendo para-brisa de carro esportivo, arredondado, abraçando a cara, design arrojado e já cheguei apontando, encostando o dedo na vitrine: Esse aqui! A atendente tudo bem, esse. Mas, ela disse, não quer com umas lentes foto-sensíveis? - Quero não, esse, assim mesmo. Com lentes anti-reflexo, pra diminuir a incidência da luminosidade produzida pela tela do computador, pra usar quando dirigir? Ela insistiu, - Não, repeti, esse aqui, com essas lentes mesmo. Temos aqui um liquido apropriado pra limpar as lentes, baratinho... (que mulher insistente..) NÃO! ESSE AQUI! DO JEITO QUE TÁ! rs. Na hora de passar o cartão, outra novela, mas dessa vez a culpa foi minha mesmo, na hora de por a senha esqueci... Deve ter sido pelo estresse dela, acho que culpa dela também, rs. Tentei uma vez, duas... Na terceira liguei pra casa, não encontraram a senha que tinha guardada num lugar estratégico, ai a solicita vendedora disse: - Mas agora não tem mais limite, pode tentar mais de três vezes, dez, que não bloqueia. - Jura? - Juro. Tentei mais uma vez, nada, quarta vez... BLOQUEOU! A sujeita ficou com um riso amarelo. Poxa, voltar sem os óculos, perder a viagem... Ah, perco não! fui a um banco relativamente próximo, e o dinheiro que ia destinar a outra coisa tirei pra pagar a vista, iria dividir o valor dos óculos no cartão, mas... Lamentável! Eu tão organizado! Em casa liguei para administradora do cartão e só vim a receber outra senha 15 dias depois.
Agora quero comprar um lustre, pra por na sala, faz meses, já fui varias vezes no Atacado dos Presentes, são tantos, mas, esse tempo todo, só me agradei de um, até discreto, pequenino, hoje passei lá novamente ainda em falta... Tem outros, mas, só gostei desse, verdadeiramente, procurei até aqui na net, quando cheguei, nada. É... Terei que escolher outro, é o jeito. Sei lá, questão de gosto. Gosto é gosto. Comigo é oito ou oitenta, sem meio termos. Talvez precise rever esses meus conceitos, relaxar mais, ser mais flexível, não sei, rs. (02.2017)
Ao pé dum calvário
De uma rosa, uma pétala pendia inerte
E, incerta, murmurava então: "Será que vou?"
Súbito veio o vento, e a pétala lá voou,
Abandonada às dúvidas que o medo verte.
Dir-se-ia que, naquele terrível cenário,
Repousara ela, tímida, ao pé de um calvário.
Sempre haverá tempo oportuno para todas as perguntas sem resposta. Só precisa estar atento quando esse momento chegar.
1000 amores
O primeiro amor, a gente nunca esquece.
O segundo, sorria como ninguém.
O terceiro, me dava agonia, pois sempre me fazia pensar em quem eu realmente queria ser.
Tudo por um motivo.
Sempre foi assim na minha vida.
Eu quero tanto segurar suas mãos, mas foram tantos amores que não sei se amor é um sentimento real.
O quarto, virou uma grande amiga.
Dizem que isso é muita sorte.
O quinto, me fez perceber que eu era atraído a amar o que eu não podia ter.
Tudo por um motivo.
Sempre foi assim na minha vida.
E eu quero tanto segurar suas mãos, mas foram tantos erros que eu já desisti...
mas essa última parte é mentira.
Eu já parei de contar quantas vezes o meu coração partiu.
Sinto que agora, essa será a última vez.
Continuo contando na minha mente, porém, ninguém vai saber.
Tudo foi por um motivo.
Sempre será assim no universo.
E eu insisto em segurar suas mãos esperando que você jamais as solte.
O sexto, foi um desperdício.
O sétimo, uma vergonha que carreguei por muito tempo.
O oitavo, foi minha primeira vez e com alguém que eu amava.
O nono, foi apenas algo que quero esquecer.
Deus.
O meu Deus, o seu Deus, nosso Deus
O Deus de quem, o Deus para quem, o Deus por quem
O Deus de todos, o Deus de ninguém
O Deus de tudo, o Deus de nada
O Deus Alá, o Deus Jeová
Deus é quem ou o quê
Deus é bom Deus é mal
O que é Deus afinal?
Deus para mim
Deus para você
Deus que constrói ou assola o meu ser
Deus que há de viver ou de Renascer
Deus sou eu
Deus é você
Afinal, no que eu deveria crer?
Quem eu sou?
Eu sei meu nome
De onde eu venho?
Talvez isto não seja relativo
Pra onde eu vou?
Talvez onde meu corpo for
Mas qual o meu objetivo?
Já não tenho nem mesmo meus motivos
Quais são meus sonhos?
Já perdi este desejo iludido
O que ainda tenho?
Talvez apenas meus amigos
Você os abandonaria?
Mas ainda estou vivo
Eu ainda vivo?
Talvez apenas sobrevivo
E se tivesse um fim?
Que ao menos eu tenha feito alguém feliz
E se não consegui fazer ninguém feliz?
Eu tentei com tudo de mim
Com tudo de mim?
Talvez podia ter me esforçado mais
E por quê não o fez?
Acho que queria que fosse menos doloroso
Para eles?
Para mim
Então você desiste de ser feliz?
Creio que sim
Então por quê ainda você sorri?
Porque eu só queria ser feliz.
ESTADOS UNIDOS E UNIÃO SOVIÉTICA
Por vezes ouvi rumores de uma futura guerra; tão pouco acreditei, mas percebo na movimentação dos ponteiros de meu relógio, que a guerra já iniciou-se a tempos. Contudo, não me avisaram que ela ocorreria dentro de mim, e que séria fria...
Se tornou difícil distinguir o certo do errado; e talvez você não saiba ou não acredite, mas na vida é impossível seguir dois lados; a não ser que você queira viver um belo caos.
As lágrimas já se esgotaram, agora a minha dor se reproduz em sorrisos, e nessa ocasião percebo que as pessoas vivem de aparência.
Tem momentos que eu só queria paz
Ficar sozinha com meus pensamentos
Bem longe das pessoas e sua barulheira
Nesses momentos, me encontro como TrES-2b
Mas, as vezes, quero ser boa em tudo
Notada e resplandecente
Aí, me deparo querendo ser a Sirius
Só que no final, eu sou apenas um ser humano.
Ilha de pedra
Desesperou-se em fuga e remou forte, com muito peso de bagagem em tempestade naufragou
Flutuava sobre as águas inconstantes, adormeceu, o que sonhava em paz por instantes acordou
Não sabia onde estava, era frio incessante, doía nos ossos, sua alma amedrontou
O nascer do sol levava calor, sede, fome e esperança a quem se perguntava “quem sou?”
Não cessou seu inferno solitário, era muito quente, sua intensidade rugia e se desfazia
Não se pode ficar tanto tempo exposto ao sol, garganta seca, pouco gritava, pouco dizia
Neste mar de pedra não há abrigo que resfria, que agonia
Ali adiante haviam as águas e um vasto precipício de onde saltar
O medo das pedras afiadas exaltavam o grande risco de se detonar, machucar
O quão profundo e seguro seriam aquelas águas pra se mergulhar?
Quanto tempo sobreviveria ao sol a desidratar e queimar?
O impiedoso tempo indagava e obrigava uma escolha sábia tomar
Não se sabe como partiu
No fim desta história sabe-se apenas que foi o sol ou mar
Coró de côco.
Coró de côco, no côco entrou.
Comeu, comeu, comeu e na zona de conforto se contentou.
Não percebeu que o tempo passou, ali viveu, ali dormiu, ali morou.
Pobre coró de côco, ali cresceu, ali morreu, ali ficou.
Nunca desejei ter acesso a portabilidade do tempo, mas por uma razão ou outra... O presente nos faz uma breve alusão de como será nosso amanhã, pelo simples fato de ontem termos feito a mesma coisa de sempre... Nada.
- Não sei explicar o que sinto.
Parece loucura.
meu interior está uma confusão,
mas é como se eu estivesse de armadura.
- Estou bem!
Porém mal.
o que está pra acontecer?
o que é?
Não sei dizer.
- volto a afirmar.
estou bem!
algo me mantém.
E meio a tantas incertezas.
- Deus?
sei que ando meio sem rumo.
confusa.
Mas só tú sabes. Sabes que sou tua.
- É estranho o que sinto por você.
não sei mais o que sinto por você.
mas nosso amor não vai perecer.
- Os sentimentos são subestimados.
Vão bem mais além do que somos capazes de imaginar.
- Não vou mentir,
amo sentimentos, e o que cada um nos proporciona viver e sentir.
- Mas acho que sinto com muita intensidade.
Até mais que o necessário.
- Ainda não entendo a necessidade,
de sentir tudo isso em meu coração.
- Me tira a razão.
Deve ser uma coisa mais filisófica, além do meu entendimento.
- Afinal,
O que é sentimento?
Esse teu amor...
Eu não estou entendendo
Um dia você não me quer
No outro tu tá me querendo
Fique com alguém que desperte em você sua melhor versão, e não a pior. Acredite, existe essas duas pessoas.
Se alguém sabe como resolver um problema, primeiro ela o mostra resolvido e depois ela apresenta o método.
Minha negação
Com tanta certeza de tudo
Poderia ser eu
Afogada em incertezas, medos e...
Meu ser sobressai
Retorna
Devo saber onde estou, para onde vou
Seria isso algo me dizendo que devo continuar?
Que devo parar?
Que devo mudar de direção?
Minha negação
Tanta certeza de tudo, sabendo de nada.
Me encontro afogada em incertezas
Em que não sei onde me encontrar
Que caminhos tomar?
O que seria felicidade?
Fazer a escolha certa na vida? O que é certo?
Me vejo entre a esperança e o desespero.