Indecente
Só o rosto é indecente. Do pescoço para baixo, podia-se andar nu.
PROPOSTA INDECENTE
Por favor,
não me tire
de suas
más intenções
e nem
de suas
fantasias
mais
escandalosas!
Te prometo
todos os meus carnavais
e meus pecados
mais
carnais!
Proponho
que me deixe
em sua vida
até que eu lhe convença
que sem mim
não há como
viver
mais!
Certeza
Acusar sem ter certeza
é um ato indecente
é ferir a natureza
numa ação incompetente
é preciso ter cuidado
você pode ser julgado
mesmo sendo inocênte.
Deixa eu te mostrar, provar e agir... Com o meu jeito indecente... Safado e saliente que te faz sentir... Como eu sou capaz de levá-la onde ninguém mais fora;
Ela não esperava morrer naquela noite. Ela era rigorosa em tudo, e morrer não estava nos seus planos.
Sei que ele é rico e influente. Mas ele não vai ganhar desta vez. Eu não vou deixar. Ele acha que as mulheres são descartáveis e que eu vou ceder. Não posso ceder.
Não me confunda com o seu olhar indecente!
Mas pode me bagunçar com suas atitudes
Desequilibre o meu prumo
Sem deixar de lambuzar
Com beijos de língua;
Porém deixe-me adentrar por entre seus braços
E suar, me perder ou me encontrar com erros e acertos;
Setembrisse
Há em mim uma agonia abrandada
Um ar indecente, instigante, polêmico
Um cheiro de álamo com ar excêntrico
Quando chega setembro voo aflorada
Pelas alvoradas me repagino matutina
Feito um pássaro da manhã mais libertina
Eu me reapaixono por minha pessoa
Me sinto gaivota sobre o mar que avoa
Então eu me setembro em setembrisse
Feito as águas arroladas em crispadura
Igual Hilda Hilst libertada em amavisse
Me beijo aspirante primaveral
Velejo flutuante além do meu portal
Me oceano e me faço vergéis frutíferos
Me amo tanto em jardins paradisíacos...
Nos desejos é onde libero mea-culpa
Dissicuto minha alma sem culpa d’utopia
Em setembro me primavero liberta
Relembro os ciclos me reitero poeta
Me reciclo em finura me rabisco poesia
Amor e loucura a setembrisse me planta
Ah!... Setembro floreiro que de flor me amanta...
Se você é um indecente por natureza e impõe regras morais a si mesmo para ser aceito no clã dos preconceituosos locais, não compre armamentos pesados, e nem dinamite, e nem colecione armas brancas. A sua imagem sempre estará denegrida aos olhos alheios. E, um dia, a imoralidade reprimida se perverterá e romper-se-á como uma barragem de lama sobre as carcaças do povo que você nunca foi capaz de amar e cativar... e o responsável pela desgraça (geral) incontida, terá sido só - e somente só - você!