Indagação
Não tem nenhuma indagação, com qualquer conteúdo, que seja proferida por alguém; que outra pessoa, por educação, não possa responder com presteza, coerência, sabedoria, gentileza!
INDAGAÇÃO
Pus-me a recordar os amores venturosos
Que eu, poeta, em alguns poemas cantava
E em cada trova, à poética, acrescentava
O nome, a emoção, os agrados generosos
E no fado aqueles momentos portentosos
Anos de minha vida, assim, os comparava
Com doce sabor, a cortesia, que lembrava
Dando aquele amargor de dias saudosos
Sorrindo, eu percebi que o versar sentia
A mesma sensação do coração, a alegria
E, a poesia em tons de espanto e clamor
questionava: então adivinha quem sou?
Uma paixão, argumentei. E a voz tornou
numa prosa clara: Paixão, não. O Amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 11, 2021, 18’43” – Araguari, MG
Em qualquer exercito do mundo, um Coronel que aceita e responde uma indagação feita a ele como General sem fazer a devida correção. Não passa de um militar equivocado e deveria estar abaixo da patente de soldado.
Deve-se ter cautela ao respondermos uma indagação com a palavra “nada”porque esse tão mau entendido NADA pode ser algo grandioso ou expressivo...
muitas são as vezes em que nossa ocupação mental está centrada no tudo o qual nos referimos ser nada.
Indagação de Princesa a Lucius, sobre o que seria estar em Deus.
Princesa:
- O que significa estar em Deus, caro Lucius; Poderias me demonstrar?
Lucius:
- Vosso pedido é uma satisfatória ordem, digníssima Princesa. Seria assim: Deus, O Eterno, seria semelhante a um grandioso e Suntuosíssimo Templo invisível. O adepto que nEle está, goza de caprichos e privilégios reservados a poucos mortais! Assim como no antigo templo Divino aqui na terra, o Templo Divino celestial, isto é, Deus, possui três maravilhosíssimos compartimentos. Um Palácio, um Oratório ( ou a sala sagrada) e um salão Profético ( a sala das Profecias). O adepto que nEle está, goza desses três acessos: ao acesso da Realeza, que o torna um Rei. O acesso ao oratório, que faz dele um sacerdote. E o acesso ao salão profético que faz do tal que nele estiver, um Profeta ( isto é, permite ao adepto desfrutar do oculto e saber eventos passados, presentes e futuros). Por ora, digníssima Princesa, é só isso que poderei te revelar. Mas tenho muito mais a te demonstrar...”
Lucius fez a seguinte reflexão, respondendo a indagação: afinal, dinheiro traz ou não, felicidade? Da seguinte maneira: - sendo o dinheiro, numa Sociedade urbanizada, o que chamo de "oxigênio artificial do mundo capitalista", viveria alguém sem "ar"? Observe que, quem tem dinheiro, faz por continuar obtendo mais dele; ou dele, se não querem ter mais, não abrem mão. Então, por que os que o tem, se não o querem ter mais, não fazem nenhum movimento para se desfazer dele? Isso responde se o dinheiro traz ou não felicidade! A menos que alguém, à moda dos Monges Budistas ou dos Iogues, se isolem, mas tenham de tudo em seu campo de isolamento. Neste caso, não seria importante a aquisição do dinheiro, para eles. Mas até a maioria dos Monges que vivem em constante meditação, em sua solitude, dependem dos que têm dinheiro, para doações. Então, indiretamente, até os meditadores isolados, precisam do dinheiro também. Caso contrário , como seus doadores e mantenedores teriam recursos para ajudarem a sustentar seu isolamento? E com isso já se é o bastante, para se ter a resposta se o dinheiro traz ou não, felicidade.
Às 08h48 in 03.12.2023
Posso sentir sua presença
Posso sentir seu olhar
Essa indagação que te incomoda
Esse pensar
Não imagina você
Que também estou a te observar
Indago o seu pensar
E queria com você está
Não entendo a sua solidão
Essa proteção
Essa sua mania de afastar
Não entende ...
É tão simples amar
É tão fácil se entregar
Deixar acontecer
E viver
Morrer antes da hora não dá
Sofrer menos ainda
Para que se martirizar ?
É tão bom ser feliz!
Amar faz um bem tão grande.
Viva!
Sorria !
Deixe a vida seguir seu rumo
E seja feliz.
Coloque a solidão de lado
E simplesmente ame.
Islene Souza Leite
INDAGAÇÃO (soneto)
Indago se sou só criação
Se sou de fé ou um ateu
Pergunto mais, sou são
Mais e mais, se sou eu?
Nesta túrbida indagação
Não sou coração proteu
Isto sei. Sou afirmação!
Porém quem eu sou eu?
Se ideio na sorte em vão
Finjo da causa não ser réu
Então, cadê minha moção?
Aí pergunto ainda, ao céu
Sou só solidão ou comunhão?
Na dúvida sigo meu cordel...