Inconsciente
Nós queremos, queremos e queremos. Para cada desejo consciente há dez aguardando no inconsciente. A vontade não cessa de nos dirigir, pois assim que um desejo é alcançado, há outro e mais outro pela vida afora.
Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente
Segundo Freud, o consciente é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo do que estamos cientes num dado momento. O interesse de Freud era muito maior com relação às áreas da consciência menos expostas e exploradas, que ele denominava Pré-Consciente e Inconsciente.
Inconsciente. A premissa inicial de Freud era de que há conexões entre todos os eventos mentais e quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estariam no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. "Denominamos um processo psíquico inconsciente, cuja existência somos obrigados a supor - devido a um motivo tal que inferimos a partir de seus efeitos - mas do qual nada sabemos" (1933, livro 28, p. 90 na ed. bras.).
No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência. Além disso, há também material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este material não é esquecido nem perdido mas não é permitido ser lembrado. O pensamento ou a memória ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente.
O inconsciente, por sua vez, não é apático e inerte, havendo uma vivacidade e imediatismo em seu material. Memórias muito antigas quando liberadas à consciência, podem mostrar que não perderam nada de sua força emocional. "Aprendemos pela experiência que os processos mentais inconscientes são em si mesmos intemporais. Isto significa em primeiro lugar que não são ordenados temporalmente, que o tempo de modo algum os altera, e que a idéia de tempo não lhes pode ser aplicada" (1920, livro 13, pp. 41-2 na ed. bras.).
Assim sendo, para Freud a maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, as pulsões e os instintos.
Pré-consciente. Estritamente falando, o Pré-Consciente é uma parte do Inconsciente, uma parte que pode tornar-se consciente com facilidade. As porções da memória que nos são facilmente acessíveis fazem parte do Pré-Consciente. Estas podem incluir lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde moramos, certas datas comemorativas, nossos alimentos prediletos, o cheiro de certos perfumes e uma grande quantidade de outras experiências passadas. O Pré-Consciente é como uma vasta área de posse das lembranças de que a consciência precisa para desempenhar suas funções.
Persona, Sombra e Inconsciente ... É extremamente difícil perceber que temos um lado escuro. É claro, isto é meramente um diagrama, é todo metafórico e figurativo; é para expressar o fato de que quando vocês se voltam para o mundo consciente para perfazer qualquer tipo de atividade, vocês o farão através da máscara ou persona, através do sistema de adaptação que vocês dolorosamente construíram ao longo de uma vida. E então, quando vocês saem deste mundo, vocês se retiram e pensam que estão a sós consigo mesmos, mas o Leste diz: "Você esqueceu o velho homem que está residindo em seu coração e vê todas as coisas". Então, sozinhos, vocês chegam ao ponto crítico, seu inconsciente pessoal. Extrovertidos, e todas as pessoas que são identificadas com sua persona, odeiam ficar sozinhos porque começam a perceber a si mesmos. Nossa própria sociedade é sempre a pior: quando estamos sozinhos conosco mesmos as coisas ficam muito inaceitáveis. Quando há muito inconsciente pessoal, o coletivo é sobrecarregado; as coisas das quais deveríamos estar cientes parecem comprimir-se no inconsciente coletivo e realçam suas qualidades fantásticas. Há um tipo de medo, um pânico, que é típico do inconsciente coletivo: como o medo da mata, um tipo particular de medo que se aproveita de você quando você está só no mato. É um sentimento peculiar de estar se extraviando no mato - a coisa mais terrível que você pode imaginar, as pessoas ficam doidas em um instante - ou você pode desenvolver o sintoma de sentir-se observado por todos os lados, olhos em toda parte olhando para você, olhos que você não vê. Uma vez, no mato na África, eu fiquei dando voltas em um pequeno círculo por meia hora, de modo que minhas costas não ficassem voltadas para os olhos que eu sentia que estavam me olhando - e eles estavam lá, sem dúvida, os olhos de um leopardo talvez. Quando você fica naquela solidão consigo mesmo - quando você está eternamente só - você é forçado sobre você mesmo e é confinado a tornar-se ciente de sua experiência. E quanto mais há do inconsciente pessoal, tanto mais o inconsciente coletivo força-se sobre você. Se o inconsciente pessoal é clareado, não há pressão particular, e você não ficará aterrorizado; você fica sozinho, lê, anda, fuma, e nada acontece, tudo é "apenas assim", você está correto com o mundo. Mas ainda pode haver alguma atividade independente no inconsciente coletivo causada por alguma atitude incorreta no consciente. Vocês estão conscientes de seus defeitos pessoais, estéticos e morais, mas sua atitude consciente pode estar de algum modo errada. Por exemplo, você pode saber que não é bastante digno de confiança e você pensa: "Eu não devia ser indigno de confiança, eu preciso negar isso, preciso saltar para uma condição redimida: de hoje em diante eu preciso ser digno de confiança, eu nunca mais farei isso, agora estou redimido". Mas isso não funciona e no dia seguinte você está fazendo as mesmas velhas coisas. É a típica fórmula cristã: de hoje em diante eu nunca mais farei isso.
NOTAS SOBRE OS SEMINÁRIOS MINISTRADOS DE 1928 A 1930 POR C. G. JUNG
Linda, atraente, envolvente.
Amar você me deixa inconsciente.
Zelador do seu amor.
Amarei você pela vida inteira.
Renovo sempre o meu amor.
Enquanto estiver ao seu lado.
Sempre te amando e respeitado.
Kit da responsabilidade.
O meu amor por você sempre.
Diálogo com inconsciente.
Olhos castanhos? Cor de mel ?
Não tenho toda certeza...
Mas certeza mesmo tenho, olhos que me encantam, e lhe direi mais, se cor de mel és, justificado então está, o brilho que parecia como ouro em uma noite linda e clara, mas que não foi capaz de os ofuscar.
Devias evitar tais olhos?
Sim, mas não pude reagir, um olhar doce e intenso, olhar que me olhava, e que me fazia enxergar.
Seus efeitos?
não pude resistir, parecia ter algo mais profundo, se cor de mel és, justifica então está, ter me sentido um pouquinho no céu, os olhos combinavam com tudo, cabelos dourados, sorriso encantado, acabei hipnotizado.
Loucura?
Sim, mas se concordar irei, então confessareis, foi melhor não ter razão, era tão meiga quanto uma flor, tão esperta quanto uma criança, parecia que nada entende, parecia saber o que sente.
Pós - reação?
Se cor de mel és, perigo encontrá-los, desviar-vos irei, arranjarei compromisso, compromisso inventarei, pois se os encontro de frente, de novo lhe direis, não pude resistir, não pude reagir, por hora a razão de lado ficou, e de novo hipnotizado fiqueis.
Vai inconsciente. Vive inconsciente. Dorme, porque todos
dormimos. Toda a vida é um sonho. Ninguém sabe o que
faz, ninguém sabe o que quer, ninguém sabe o que sabe.
Dormimos a vida, eternas crianças do Destino
Síndrome de Adão e Eva. Um arquétipo do inconsciente coletivo.
Arquétipo é um termo que foi muito utilizado por Carl Gustav Jung que se consagrou na psicologia referindo-se aos símbolos presente em nosso inconsciente coletivo,também denominado inconsciente humano. Estes símbolos, modelos ou marcas nascem da constante repetição de experiências vividas por várias gerações. Alguns destes arquétipos são tão antigos, que se confundem com a existência do próprio ser humano sobre a face da terra.
Não estamos explorando se estas histórias ou mitos existiram, mas sim o que elas representam na constituição e construção da psique humana.
A história de Adão e Eva nos remete ao primeiro casal humano sobre a face da terra. Segundo o relato, eles viviam no paraíso, onde toda a tarde Deus vinha ao encontro do casal passear com eles. Até que em uma tarde, Deus procurou o homem e este se escondeu. Deus chamou e após alguns minutos Adão veio de encontro a Deus e se seguiu o diálogo:
Onde estavas? ( Genesis 3- 09/13)
Ouvi a tua voz no jardim tive medo e me escondi.
E tu comeste da árvore que te ordenei que não comesses?
Disse Adão: A mulher que tu me deste como esposa, ela me deu e eu comi.
E ao perguntar a Eva se ela havia comido do fruto respondeu:
A serpente me enganou e eu comi.
O Ser humano carrega dentro de si a síndrome de Adão e Eva. Onde Eva não assume a responsabilidade de sua ação, mas sim coloca em um terceiro personagem a culpa se eximindo de sua participação ativa , comer. “ A culpa é do Outro”.
E Adão culpou a quem? A Eva? Não! Ele também não assumiu a responsabilidade de seu ato e coloca a culpa em Deus. Foi a mulher que Tu me deste. “ A culpa foi de Deus”.
Carregamos em nosso inconsciente coletivo este fruto. O fruto da transferência de responsabilidade. Ou a culpa é do outro ou é de Deus. Ou é Deus que sabe ou não sabe, é se Deus quer ou não quer. Não assumimos a responsabilidade de sermos responsáveis por nossa vida neste planeta.
Queremos um guia, um guru, um Pai, um protetor, pois sou criança e criança não assume responsabilidade e não pode dirigir a sua vida, tem que ter um tutor.
É chegada a hora do ser humano assumir a responsabilidade do seu caminho, de sua experiência neste planeta, de assumir a responsabilidade e ser 100% responsável por tudo que ocorre em sua vida, de ser adulto. De ver Deus como a plenitude te tudo o que há, e não somente um Pai protetor, de ser o criador e autor de sua própria história, se tornando consciente de seus processos, de suas programações limitantes, de suas crenças não investigadas, de suas sombras, de seu Ser Divino.
Bom caminho neste lindo planeta terra.
Sílvia Serpa. Psicoterapeuta Transpessoal, Cientista do Sentir (SoCiS), Facilitadora e instrutora da técnica R.N.C. (Reprogramação Neuro Celular).
Deus, permita que essa pedra, inconsciente, inerte e fria, onde jaz um coração, volte a bater, a sentir, a amar e a PERDOAR.
Traga à existência o que já não é, traga à vida o que já descansa em paz.... Porque pior do que se desiludir, é se iludir, pior do que sofrer, é não sentir...
Os porta-retratos estão vazios até hoje. Talvez tenha sido minha maneira inconsciente de marcar a sua ausência aqui fora como ela significava aqui dentro. O painel de fotos também está sem fotos – suas, minhas, ou de quem quer que seja. Eu tirei porque estava cansada delas. Porque ficaram buracos quando tirei as nossas fotos. E também porque a minha vida não seria mais a mesma sem você.
O estranho é que até hoje eu não sei o que é a minha vida sem você. Ela continuou, e eu não estou triste já faz um bom tempo, mas ainda não encontrei as fotos para os porta-retratos e os painéis. E olha que tenho muitas fotos novas, além das antigas, você sabe que eu adoro fotos. Eu não sou mais a mesma, é verdade, mas ainda não sei o que me tornei.
Eu não vi mais o seu painel de fotos ou os seus porta-retratos. Eles se foram com você. Mas posso arriscar dizer que não estão vazios como os meus. Você arrumou eles de novo, assim como arrumou a sua vida. Você cresceu. Foi o que eu senti da última vez que ouvi sua voz e você me contou como estava tudo. Você estava tranqüilo, como fica quando está bem. Cansado, mas feliz. O mesmo, mas outra pessoa.
Às vezes eu fico pensando sobre o que de mim ficou em você. Eu imagino que não sejam buracos em painéis de fotos nem porta-retratos. E também sei que não provoquei raiva a ponto de você jogar fora as cartas e as outras lembranças. Então o que eu me tornei pra você? Um equívoco? Uma lembrança simpática com a qual você não se identifica mais? Ou será que consegui me inscrever de maneira definitiva na sua história, de forma que você não quer nem conseguiria apagar, como você na minha?
A minha casa continua de pernas pro ar, como a minha vida. Como se eu tivesse começado alguma coisa e parado no meio de caminho, e eu realmente parei. Sem saber por onde seguir, eu fui andando a esmo e evitando todos os espelhos que encontrei. E agora eu tenho muito medo de olhar. E de seguir em frente.
Mas você me diz que as coisas vão ficar bem, e eu acredito. Agora só falta acreditar em mim.
Me alegra a franqueza de meu inconsciente, quando este em meus sonhos, me entorpece daquilo que gostaria de sentir acordado.
Convicções de fatos com seu próprio pensamento, armadilha inconsciente. O autoengano configura um encantamento, em que mentiras simbolizam verdades, e os olhos fixam miragens de uma concreta e doce ilusão.
O inconsciente de um ser humano pode reagir a outro sem passar pelo consciente.
Sabe aquela história de que podemos amar pelos dois? Pois, é a maior mentira que nosso inconsciente nos prega.
O ser humano é uma criatura em conflito e, em grande parte da sua existência, nem de perto é soberano de si mesmo, mas tem seus passos guiados pelo seu inconsciente, e sei o quanto passa a ser perturbador ter consciência disso.
Schopenhauer, psicólogo da vontade, é o pai de toda a psicologia moderna, dele se vai, pelo radicalismo psicológico de Nietzsche, em linha reta a Freud, assim como àqueles que concluíram sua psicologia do inconsciente e a aplicaram às ciências do espírito.
O trilhamento consiste em abrir uma via forçando obstáculos num domínio que resiste ao pensamento ou à caminhada. Um trilhamento pode avançar na descontinuidade.
Não é impossível ser tudo o que se mentaliza, mas a capacidade de vivenciar o inferno do próprio renascimento acovarda os pobres de alma.