Incompreensivel
Era tão estranho a ele, aquele carinho espontâneo. Incompreensível. E por mais que ele desejasse, aquilo o assustava como o capeta.
A frustração mal interpretada, quando se torna incompreensível em razão de sua falta de sabedoria, potencializa seu lado irracional conduzindo-te a situações extremamente prejudiciais para continuidade da sua vida.
Monólogo do Amor incompreensível...
O Amor é sofredor?
Pode acaso esse sofrimento?
O Amor se tornar em lamento?
O peito hora cheio de magia,
Se tornar em agonia?
Como pode o verdadeiro Amor se acabar?
Seria mesmo esse verdadeiro?
Ou uma simples dança?
De duas crianças aprendendo à caminhar?
Onde caindo, tenta o outro levantar,
Não faz sentido,
Procuro abrigo,
Não faz sentido,
Talvez eu não seja esse abrigo,
Então, como posso almejar o que não sou,
Mas, afinal,
Quem sou?
Além de um poema inacabado?
Compreensão não é minha razão,
Sou um ser em movimento,
Querendo o bem,
Fugindo do tormento,
Amando,
Sem saber amar,
Vivendo sem saber viver,
Invisível como o vento,
Mas, se pode me sentir a presença,
Leve como brisa,
Ou intensa como uma tempestade,
Eu sou a própria tempestade,
Por isso, necessito descansar nos braços da calmaria,
Da paz,
A pressão me faz implodir intrínseca,
Explodindo em fuga,
Então,
Recomeço,
Refaço,
Faço estrago,
Por onde passo,
Mesmo sem querer,
Um lamento,
Um aviso,
Um momento.
Somos frutos de um amor maior, algo incompreensível. Porém o protagonismo a nós foi dado. Talvez a introdução da vida pode não ser aquilo que desejamos ou sonhamos, mas cabe a nós em um momento de maturidade tomar as rédeas da nossa história pautar o meio e escrever duros capítulos de batalha pra que a conclusão seja olhar para trás, pensar e refletir. Eu venci, o final da minha história pode não ter sido como sonhei, mas deixo para trás um legado de lutas e vitórias. Deus nem sempre me dá o que peço, mas me concede o que preciso.
Relato de uma borboleta diferente.
Sou uma borboleta incompreensível,
Com asas de humor variável, comportamentos e relacionamentos instáveis.
Às vezes me sinto uma borboleta grande e outras vezes frágil como um botão de rosa, uma borboletinha tão pequenininha...
Tem vezes que penso em morrer e arrancar minhas asas para não voar por aí fazendo merdas, outras vezes quero viver intensamente, com uma alegria exagerada em voos tranquilos e serenos.
Sou mesmo uma borboleta com instabilidade emocional esquisita e que muda a cor de suas asas sempre quando se sente abandonada.
Quando tudo parece perdido, eu entro em aventuras perigosas na floresta e que me colocam em risco. Mas, no outro dia, em meio a minha ressaca moral, eu digo que mudarei para sempre de vida e de comportamento. Daí começa uma nova e infinita busca para virar uma borboleta boazinha...
Mas quando fico boazinha, me torno antissocial até a próxima crise existencial que me levará a voos perigosos e, em meio a surtos psicóticos, me vejo em risco novamente.
Quando eu me sinto inútil, insegura, impulsiva, ou quando me sinto provocada emocionalmente por alguém, eu coloco todos em minha volta em perigo e emocionalmente abalados e preocupados. E é por isso que minhas relações sociais estão sempre sendo prejudicadas.
Outras vezes sou uma borboleta hostil e irritada e depois sinto ansiedade, culpa e descontentamento geral, o que me faz perder o interesse e prazer nas atividades que antes gostava de fazer.
Em outras ocasiões sinto raiva, solidão e tristeza (o que é mais corriqueiro).
Não desejo pra ninguém ser uma borboleta como eu, com asas estragadas, mas que quando se regeneram faz de tudo para quebrá-las novamente, porque tem um mundo todo explodindo dentro dela.
Ninguém faz ideia de como uma borboleta assim sofre com o seu perpétuo medo de abandono e dor espiritual.
E vou seguindo assim: borboletando por aí, uma hora de um jeito e outra hora de outro jeito, e sempre cercada de julgamentos e acusações, simplesmente porque ninguém entende como uma borboleta tão bonita e inteligente pode ser assim.
Por Beatricee Karla Lopes em 05/01/2021
Sou incompreensível
Sou indiferente
Sou ingênuo
Sou psicopata
Sou oque você achar
Isso é oque me define
Esse sou Eu...
Se não for assim então não sou mais eu
A traição é algo incompreensível, norteia a lealdade, destrói a confiança que alguém depositou em você.
Por mais que eu seja visto
como incompreensível
Por este mundo complicado
Eu creio que vou morrer
Sem também compreendê-lo.
Por mais que cada gesto meu
Repleto de amor e desprendimento
seja, a cada dia mais
repelido somente com indiferença
Eu creio que vou morrer
Sem levar comigo qualquer sentimento
de vingança, ingratidão ou ofensa
Por mais que eu saiba
O quanto de tristeza vou sentir
Por distorcerem aquilo que eu digo
Simplesmente
Por não haverem prestado
A mínima ou a devida atenção
é a vida
Tudo isso me vem do coração
e eu não vou me calar
mesmo sabendo que eu digo
Em português
A quem só lê javanês
E mesmo que nada esteja igual
e eu esteja sempre
Nos fundos do quintal deste mundo
eu vou permanecer pra sempre lá
e tenho certeza
Que um dia haverão de me procurar
pra me dizer
Que finalmente a minha piada
inteligente e sem graça
realmente, anos mais tarde
Fez muita gente rir
Principalmente pelo fato
de eu não estar mais aqui.
O incompreensível me fascina. Nele reside as verdadeiras asas da fé, pois a única verdade que justifica o universo é aquela que nossos olhos repletos de pecado não conseguem vislumbrar!
Feliz ao imaginar:
Mesmo que incompreensível, sorrir afasta os males, cativa os infelizes, espantando, desse modo, a caótica nostalgia. Afortuno-me ao vislumbrar o paraíso imaginário advindo da demência subjetiva. É excitante beirar-se pelos inacabáveis caminhos das almas, atribuído de vastidão alucinante. Existem ainda, inconsequentes bitolados que denegam a existência desse orbe. Quanta ignorância. Limita-se na realidade tangível, tornando-se escravo desta. Para Libertar-se da impureza do desconhecimento é saudar, com louvor, o fictício criado por si.
... No amor se carrega tantos sentimentos, medi-los seria algo incompreensível, tantos versos, tantas caudas de cometas, tantos versos irremediados, um vértice, uma queda, muito apaixonada, não se fere, não há mágoas, amigável jornada...
Morrer não é o fim, é o começo de uma realidade incompreensível a nossa humanidade, é um saí da história dos homens, para habitar na realidade de Deus, é se desapegar do tempo, para viver feliz e pleno na eternidade, para qual fomos feitos e para onde nossa vida deve nos conduzir.
é incompreensível os maus ventos que afastam pessoas imprescindíveis da vida do ser humano, sustentando um monologo interno que reflete a incompletude e inexatidão da ausência de alguém. É irrefutável a teoria de que a saudade decompõe paulatinamente o individuo, alimentada pelas lembranças do que ocorrera em outrora. Todavia oportunamente, num momento sóbrio é nítido que essas situações enriquecem e esclarecem que no final de tudo tinha que ser. E sorrir diante das recordações: daquela dança, o beijo roubado, a centralização dos olhares, surte o efeito da tranquilidade. É um pontual remédio.