Incomodar Alguém
Conversas públicas inúteis importunam e incomodações as noites de certos ouvintes; porém as que edificam, chamam a atenção dos seus interessados.
Perdoar não quer dizer esquecer e desaparecer com as feridas. Quer dizer que elas não te incomodam, que você consegue passar por cima e conviver harmoniosamente com quem as causou... mas elas sempre estarão lá cicatrizadas!
O progresso é sinal de perturbação, incômodo e aberração sociais contra sua vida e contra seu patrimônio auditivo.
O progresso continua se expandindo de tal forma que a cada dia nossos ouvidos se sentem incomodados pelas invenções modernas.
Pecadinhos de estimação podem lhe incomodar, mas a atitude de não abandoná-los podem trazer a morte.
A verdade não incomoda os pecadores, os políticos e os pastores, se ninguém pregar para eles o que precisa ser praticado.
Os perturbados não conseguem ouvir baixo as músicas quaisquer e aumentam o som para incomodar os outros para mostrarem o quanto eles são felizes, trancados em seus carros.
A verdade irrita os que não gostam de mudar, incomoda os inteligentes que não amam os conselhos dos sábios e desafia àqueles que não estão acostumados à grandes transformações do coração, da alma e do espírito.
A tristeza, a bagunça e o lixo cultural do mundo me incomodam bastante ao ponto de eu fazer uma limpeza diária em meu espírito.
Só incomodamos algumas pessoas quando nos sobressaímos em nossas habilidades mais destacadas. Se isso não ocorre com você, é provável que esteja preso em sua zona de conforto. Saia dela!
Provoque raiva nas pessoas as quais você suspeita, ou identifica que se incomodam com o seu jeito ser, com o seu estilo de vida, com os seus pensamentos, com a sua liberdade e independência intelectoemocional, bem como com o fato de você existir (isso, infelizmente, existe. Não é neurose).
Gente com raiva não tem tempo de sentir inveja, tamanha a raiva e a vontade de que a gente se exploda(acredite, este tipo de estrago, nas nossas vidas, vindo do tipo de gente descrito acima, é bem menor. A inveja, realmente, é uma "M...@").
Mas lembre-se: toda regra tem exceção. Você pode acabar tendo que lidar, simultaneamente, com a raiva e com a inveja de alguns, se você não mudar de postura e, definitidamente, tomar a atitude de impedir o acesso, destes seres, ao mirante que lhes permite apreciar, amplamente, os detalhes da sua vida social, pessoal, afetiva e profissional.
Incomodava
Incomodava por ser feliz, como opção, apesar da autoridade do destino.
Incomodava pela autossuficiência diante das suas escolhas.
Incomodava, porque não lamentava a sorte e por não ser entristecida, apesar das investidas das decepções.
Sorria sempre.
Incomodava, porque apiedava-se do outro pela prática do desperdício de energias ineficientes lançadas em sua direção, só porque incomodava.
Incomodava, porque não aceitava as inverdades e lamentava os medos que paralisam os incomodados.
Incomodava por saber observar. Por ter um olhar descortinado.
Incomodava, pois o alcance do seu coração ultrapassa a fronteira da obrigação de sentir com o rótulo do convencional.
Incomodava, porque obrigava, sem obrigar, os incomodados a pensarem sobre o incômodo desnecessário que lhes tomava a alma, e pela certeza que nestes pensamentos vinham à tona os seus ocultos.
Incomodava porque tinha vida, brilho e liberdade.
Incomodava por se dedicar à busca do equilíbrio na razão, sendo pura emoção.
Seus equívocos não a detinham na insegurança.
Seguia em frente.
Incomodava, mas descobriu-se admirada pela ousadia de ser livre ao ponto de incomodar.
Era admirada, porque sabia incomodar.
Incomodava, porque era movida pela intensidade. Era discreta na particularidade e visivelmente objetiva.
Incomodava, porque não tinha a intenção de incomodar, apenas de viver o seu ser, e este não a incomodava.
Acho que os gays incomodam tanto, porque são mais verdadeiros, mais sinceros, mais espontâneos e, naturalmente, mais felizes que a grande maioria dos héteros. Estes vivem cheios de arbitrariedades e exibicionismo para chamarem a atenção, bem como para se realizarem a fim de preencherem seus vazios e vaidades que os tornam assíduos praticantes da hipocrisia e de covardias. Afinal, fingir é preciso quando não há coerência entre a essência e o personagem social. Quando os fantasmas das fraquezas atormentam com lembranças do quão perversa a própria alma é capaz de ser, quando infeliz e mau resolvida, na vida.