Incomodar Alguém
Perdoar não quer dizer esquecer e desaparecer com as feridas. Quer dizer que elas não te incomodam, que você consegue passar por cima e conviver harmoniosamente com quem as causou... mas elas sempre estarão lá cicatrizadas!
Provoque raiva nas pessoas as quais você suspeita, ou identifica que se incomodam com o seu jeito ser, com o seu estilo de vida, com os seus pensamentos, com a sua liberdade e independência intelectoemocional, bem como com o fato de você existir (isso, infelizmente, existe. Não é neurose).
Gente com raiva não tem tempo de sentir inveja, tamanha a raiva e a vontade de que a gente se exploda(acredite, este tipo de estrago, nas nossas vidas, vindo do tipo de gente descrito acima, é bem menor. A inveja, realmente, é uma "M...@").
Mas lembre-se: toda regra tem exceção. Você pode acabar tendo que lidar, simultaneamente, com a raiva e com a inveja de alguns, se você não mudar de postura e, definitidamente, tomar a atitude de impedir o acesso, destes seres, ao mirante que lhes permite apreciar, amplamente, os detalhes da sua vida social, pessoal, afetiva e profissional.
Incomodava
Incomodava por ser feliz, como opção, apesar da autoridade do destino.
Incomodava pela autossuficiência diante das suas escolhas.
Incomodava, porque não lamentava a sorte e por não ser entristecida, apesar das investidas das decepções.
Sorria sempre.
Incomodava, porque apiedava-se do outro pela prática do desperdício de energias ineficientes lançadas em sua direção, só porque incomodava.
Incomodava, porque não aceitava as inverdades e lamentava os medos que paralisam os incomodados.
Incomodava por saber observar. Por ter um olhar descortinado.
Incomodava, pois o alcance do seu coração ultrapassa a fronteira da obrigação de sentir com o rótulo do convencional.
Incomodava, porque obrigava, sem obrigar, os incomodados a pensarem sobre o incômodo desnecessário que lhes tomava a alma, e pela certeza que nestes pensamentos vinham à tona os seus ocultos.
Incomodava porque tinha vida, brilho e liberdade.
Incomodava por se dedicar à busca do equilíbrio na razão, sendo pura emoção.
Seus equívocos não a detinham na insegurança.
Seguia em frente.
Incomodava, mas descobriu-se admirada pela ousadia de ser livre ao ponto de incomodar.
Era admirada, porque sabia incomodar.
Incomodava, porque era movida pela intensidade. Era discreta na particularidade e visivelmente objetiva.
Incomodava, porque não tinha a intenção de incomodar, apenas de viver o seu ser, e este não a incomodava.
Acho que os gays incomodam tanto, porque são mais verdadeiros, mais sinceros, mais espontâneos e, naturalmente, mais felizes que a grande maioria dos héteros. Estes vivem cheios de arbitrariedades e exibicionismo para chamarem a atenção, bem como para se realizarem a fim de preencherem seus vazios e vaidades que os tornam assíduos praticantes da hipocrisia e de covardias. Afinal, fingir é preciso quando não há coerência entre a essência e o personagem social. Quando os fantasmas das fraquezas atormentam com lembranças do quão perversa a própria alma é capaz de ser, quando infeliz e mau resolvida, na vida.
Uma dica que eu acho bacana:
Se as publicações de algum amigo te incomodam, mas ainda assim você gosta da pessoa e não quer excluí-lo do seu FB, por exemplo, basta deixar de segui-lo, assim vocês continuarão amigos, porém você não terá mais as publicações dele disponibilizadas no seu Feed de Notícias. Agora, se você não tem qualquer afinidade com a pessoa a primeira dica é não enviar convite de amizade, e nem aceitar caso ela envie. Lembrando que nunca é tarde para desfazer uma relação de amizade, já estabelecida, que não te faz bem, porque tudo na vida acaba, até a própria vida acaba, logo é uma bobagem monumental essa história de que amizade tem que ser eterna, é ótimo quando acontece, mas na verdade ela tem que ser sincera enquanto durar, porque eterna é até impossível considerando o fato de que nem o ser humano dura para sempre.
Ninguém é obrigado a se relacionar virtualmente só porque conhece pessoalmente alguém. Aliás, é bom lembrar, também, que a vida virtual e a vida real são coisas quase sempre muito distintas, e que, em geral, o que a pessoa é nas redes sociais não se traduz na realidade cotidiana. A imagem virtual é um momento e não uma vida inteira. Uma postagem é um sentimento que pode ser de momento ou não, pode ser até mesmo um marketing pessoal e pode não traduzir a essência verdadeira de alguém. Portanto, a insatisfação na relação virtual é fácil de ser resolvida. Agora, se você realmente conhece a pessoa na vida real, gosta dela, ela se mostra alguém bacana para se relacionar aprenda a separar a sua imagem virtual, campo aonde todo mundo tem liberdade pra ser até mesmo o que não é, da real e não deixe que a tecnologia entregue uma amizade que vale à pena e que foi constatada e solidificada na troca real dos valores entre vocês.
Somos todos muito parecidos no que tange os sentimentos, portanto não tomem para si, exclusivamente, como ofensa, a manifestação ou a opinião de alguém sobre algo que cutucou a sua consciência, porque certamente cutucou a consciência de muitas outras pessoas também tamanha as nossas semelhanças como espécie humana e, consequentemente, passíveis de cometermos erros afins, de nos culparmos por ações que nos fazem arrepender, bem como nos incomodarmos com as mesmas verdades que não gostaríamos de ouvir.
Há tanta coisa na vida que nós não temos como evitar e somos obrigados a conviver, mas não se demore a resolver aquilo que está, exclusivamente, nas suas mãos e que fará uma grande diferença na sua qualidade de vida virtual.
Pense nisso!
Somos nós mesmos quem dificultamos muita coisa pra gente. Menos romantismo no sofrimento ajuda bastante na leveza do viver. Ajuda, inclusive, a gente a crescer cada vez mais.
Provoque reflexões. Os que se sentirem incomodados irão, com inteligência, te questionar, através de um diálogo, as razões da provocação.
O nível elevado do caráter de uma pessoa é um dos motivos que incomodam, profundamente, os espertos.
A luz incomoda os olhos daqueles que estão há muito tempo na escuridão e isso justifica alguns sentimentos nos indivíduos que não superam a condição de estarem permanentemente com a alma no breu, tais como: a inveja, o ciúme e o medo
As pessoas fortes muitas vezes incomodam os fracos, assim como as de espírito livre causam desconforto nas de alma prisioneira.
Aqueles que incomodam o outro, especialmente a consciência deste, com a sua visão de realidade sobre a vida e sobre o comportamento do ser humano são, em geral, tidos como pessoas negativas, pessimistas, mal amadas e mau humoradas quando na verdade o que acontece mesmo é que a visão realista destas pessoas desconstrói a falsa imagem da perfeição, energia positiva, otimismo e bondade humana, diferenciada, que muitos vendem de si para angariarem plateias, elogios e massagens no ego e com isto se autoafirmarem cada vez mais atrás das suas "cortinas" de humildade, amor incondicional ao próximo, senso de humanidade e evolução espiritual, logo a única saída para alguns destes, muitas vezes estagnados no berço do encantamento e da vaidade, universo que a verdade incomoda, bem como da superficialidade é rebaixar a inteligência, a independência, os sentimentos e a energia de quem ousa não ser um dos seus iguais.
Jesus só chamou atenção e incomodou porque fazia diferente dos demais e por isso foi crucificado. Os seus seguidores, na época, nem eram a maioria, exatamente como nunca é a maioria quem aceita os que pensam diferente, e em tempo algum da humanidade houve esta adesão total, porque provocar outra visão de vida e outra ótica sobre as coisas que nos cercam sempre foi uma afronta à mesmice.
Os diferentes não querem ser Jesus, não é agradável ser crucificado, mas os iguais se acostumaram a refletir somente quando no contexto da reflexão Jesus está inserido, por esta razão enquanto esperam a sua volta para salvá-los fazem de conta que seguem os seus ensinamentos e vão amando uns aos outros com todo fervor.
Jesus só chamou atenção e incomodou porque saiu da mesmice, pensou e fez diferente dos sábios da época e por isso foi crucificado. Nada muito diferente do que tem sido a sociedade até os dias de hoje. Ou seja - não precisa ser Jesus para incomodar, para ser rejeitado, criticado, condenado, desprezado e invejado. Basta pensar e agir diferente da maioria bem intencionada e sábia e que cultiva um imenso amor pelo próximo. A grande diferença é que ninguém mais morre na cruz.
Quando algo te incomoda, não fique pensando constantemente na situação. Pois ela fortalece e permanece, ao contrário, esqueça e deixe fluir, só assim se liberta dela.