Incerteza
TAÍS
Ela chega através das fotos
Abraçada com o futuro está
Abarcada por incertezas triviais
Ela não foge às convicções
Em seu púlpito particular
Discursa em silêncio seus pesares
Abraçando o cinturão de Órion
Que surgiu de seu ventre
Ela, agora, sorri através da fotografia
Linda, como só ela sabe ser
A verdade vedada se traduz em cada gesto
Que erroneamente, parece-lhe servil
Sua natureza não é ser vil
O pai não é o universo, ela sabe.
A terra é sua mãe
Cheiro seu mato a milhas de distância
Fulano disse isso
Fulana é aquilo
Nada importa neste momento único
Os olhos caídos e cansados precisam da liberdade de ser.
O pai não é o mar
A mãe, tampouco
Posso sentir nela o que ela não sente no eu
Ego implacável e que descostura o tecido do amor servil e necessário.
Contradições de uma alma que ama...
Mas existe amor de verdade não contraditório?
O poeta usa um reles vicio como genuflexório
Para tentar externar a indizível vontade
De se reinventar — por e para ela.
Ela é tão linda
Dona de si
E o pai não é o universo
A mãe não é a única.
Ela é tão linda quanto qualquer hora do dia
E a alma é seu universo
E a barca que carrega orion
É seu porto.
Talvez um dia andemos juntos
Por entre alamedas de comunhão
Talvez?
Não.
Com certeza hei de vê-la sorrir
Não só pela fotografia virtual
Mas pela tão almejada felicidade real.
Ela sempre chegará.
O pai estará dormindo
E sonhando com o universo
Que é dela. Só dela.
Luciano Calazans. Praia do Forte, 13/10/2018.
A Bruma e a Réstia
Por entre as brumas que envolvem as incertezas
Sempre há uma réstia de brilho, de beleza
Seja vermelha carmim ou turquesa
Por entre os limbos, umbrais, carnes e vais
Há o barro, o jarro, o sarro, o sonho o riso...
Haverão, inevitavelmente, as notas batizadas
Pelo frade Arezzo .
Entre você e eu existe a bruma, mas a réstia é demasiadamente incandescente! É fogo
Qual mil lampiões no breu de uma noite sem estrelas.
Entre o eu de você o lamento de muitos vais
Em nossa tempestade existe o sal do mar
O sol do lá, e do turquesa. Beleza!
No desassossego da alma, exuberante é o Álamo
Que adorna nossa casa, a casa das nossas almas, vez em quando, esguias – trivialidades.
Não obstante, no liquidificador metafórico que transcende e mistura a magia,
Somos um só líquido.
Sólido líquido
Calefação
Ebulição
Nunca o congelar. Jamais o engessar.
Somos porquês com respostas
Somos o ganhar sem apostas
Somos um verbo conhecido e desconhecido
Somos uma aberração dos comuns sentidos
Em vários desvarios.
Se isso não é o amor
Amar é o nada
Se isso não é amor
As brumas são réstias
Se o sol não está aqui
A chuva nos basta
Isso é amor
Luciano Calazans, Salvador, BAHIA. 05/02/2018
MEU VIVER
Mais uma vez escrevo,
E me inspiro em você.
Driblo a incerteza e o medo,
Consigo a tristeza vencer!
Apenas por um momento,
Sinto que o tempo não correu,
Tão longe vai meu pensamento,
Nada que lembre um adeus!
Crio imagens e planos,
Todos retratam você.
Conto os dias e anos,
Nada me faz esquecer!
Embora o tempo passe,
Não passarei sem te querer,
Na poesias e nos sonhos,
Vou construir meu viver!
Rodivaldo Brito em 22.05.1983D
Uma verdade vital é saber viver a vida com responsabilidade, e com a intensidade das incertezas e probabilidades do efêmero, até a chegada da partida certeira.
O preconceito dos jovens em relação aos mais velhos finda nas incertezas e certezas da vida. Os mais velhos possuem a certeza de terem a experiência de vida, e a juventude na alma. Mas os jovens não possuem a certeza de chegarem à repelida velhice com juventude e experiência.
A sinceridade dói, falta de confiança incomoda. Em tempos de mudança exite medo do novo e incerteza do êxito. Exerça a confiança em ti mesmo, nada mais. Acredite, a diferença é você quem faz não o outro. Não deixe os pensamentos críticos a sua volta digam que és, opinião não é dizer que está certo, e sim que tem um perspectiva e senso critico para analisar um todo, isso sem desrespeitar o direito e o espaço do próximo.
Mesmo em meio às agruras e as incertezas da vida tenho um olhar que sorri; um sorriso que fala; um falar que abençoa e esse coração enorme vestido de gratidão.
Por um momento na vida entramos no calabouço de nossas ansiedades, incertezas e absurdas convicções. A chave que abre a prisão nem sempre é encontrada e muitos morrem nas correntes sem ao menos tentar sair. O cativeiro tem a missão de te libertar, a chave está em suas mãos...Seja mestre de si mesmo!
Temos tanto medo da morte, que esquecemos da nossa vida cotidiana. Deixando a incerteza incandescer sobre nossos corações.
Em um mundo de incerteza e solidão, vejo no rosto alheio o semblante da dor...Enquanto a minha...A escondo em um cantinho...Sufocada, por detrás de algum botão.
Se essa minha certeza, soubesse agora dessa minha incerteza, com toda certeza eu não estaria nessa incerteza...
(Patife)
Qualquer novo caminho assusta e as incertezas assolam, mas pense: o velho conforto era tão confortável assim?
O PREÇO PAGO PELAS INCERTEZAS E PELOS DESENGANOS DE NOSSOS PRÓPRIOS JULGAMENTOS É TÃO CARO QUANTO O PREÇO PAGO PELA NOSSA TOTAL FALTA DE CAPACIDADE DE SUBJULGARMOS A NÓS MESMO.
Escrevo somente
De coração e alma
Jogando as incertezas na lama
Chutando os verbos
Compondo o meu eu
Em prosa e em versos
Incerteza
As incertezas, e também certezas.
Dentro da fé, tombando fortalezas.
Impregnadas por tais mensageiros.
Conduzido últimos, quanto primeiros.
Um dia clareando, eterno acordar
Melhor maneira, tenta encontrar.
Em um abraço aparente comum.
Uma estrela no céu, para cada um.
E hoje, pressinto temido passado.
Com chuva, frio, arco ensolarado.
Abrem as cortinas, enquanto ficam.
Tão limitados ,claramente indicam.
Compondo história, essa confiança.
Demais, apenas, para a experiência.
Contudo ainda, a minha esperança.
Somente restar, da incerta existência.
Decidi deixar as minhas mágoas, as minhas incertezas, as minhas dúvidas, as minhas revoltas mais intimas, as minhas inexplicáveis desconfianças sem fundamento nenhum, tudo nas mãos de Deus e só assim consegui me libertar das mais profundas revoltas que atormentavam inconscientemente os meus melhores sentimentos.