Imortalidade da Alma
O poeta não morre, deixa sua alma imortalizada nas sementeiras das belas palavras que planta, que irão germinar e brotar como as flores mais perfumadas nas almas que ele tocou.
E vai chegar o momento
Em que minha alma mortal
E a minha imortal
Irão se separar
Será que eu estarei preparado para aquele dia?
Se Deus quiser sim
A corrupção
Será escondida dos meus olhos
Eu serei tão sozinho e frio na alma
Talvez seja inevitável
Fazer uma reserva para uma grande noite
Vou me esconder na rede mundial de computadores
Ali eu poderei ser encontrado
Ou quem sabe em algumas bibliotecas!?
PECADOR
Espírito imortal, escuro, rastejante...
Alma maligna, deixa-me viver,
Minha vida miserável a percorrer
O caminho do meu sonho, doente.
A cura dos meus pés haverá de ser
Nas trevas da estrada, coerente,
Que insana minh'alma descontente
Já é dor, já é queimar, a não morrer...
Vida que pós vida será amor, será?
Ser deslumbre, quem há de amar
Se lágrimas estende pelo caminho?
Deixa-me viver sem mesmo amor
Que a ti suplico o esplendor,
Triste e curvado, mesmo sozinho...
Escrever um poema
É eternizar seus momentos em vida.
Imortalizar o que diz a alma.
Numa atitude sempre bonita.
Concretizar suas palavras abstratas.
Numa frase, deixando-a explicita.
Dizer mais de Mil pensamentos.
Em boas ações distribuídas.
Externizar o melhor de você.
Junto ao que sua boca dita...
O corpo é somente a versão espaço-temporal da alma imortal. Ela o abrange e transcende. Ele a manifesta mas não a abrange nem muito menos esgota.
O papado imortalizou a alma para lançá-la no purgatório, esquecê-la no limbo, ascendé-la imediatamente ao céu e torturá-la eternamente no inferno.
A imortalidade é daninha para a alma, para o coração e para o intelecto dos humanos de bem. Dos humanos, verdadeiramente, do bem e sem filtro.
Tenha como referência, para compreender este meu pensamento, o antro de podridão política.
Você conseguiria suportar, eternamente, a inojante atuação humana nas covardias com o próximo estando no poder?
...Poupe minha alma imortal da fatalidade do amor. Rogai o divina sábia Luzia pelos meus olhos que mesmo cerrados viram a luz que não se apaga, e o brilho que encanta de se ver. Salva me da cegueira dos que possam ver, e mesmo assim não compreende a beleza do que está adiante.
Aponte a saída para os perdidos, guie meus passos de volta, não abandone esse que foi tão longe. Guarde me sobre a sua sombra para que possa descansar um pouco dos desejos
Sei que existes...
Amar-te será fácil
A minha alma te reconhecerá
É imortal em mim o nosso amor
És, eu sinto, alguém que teima em ser leal,
Simples e justo.
Amigo, amante, companheiro na tristeza e alegria,
E que no meio da tempestade, gritará em coro comigo:
"Nós ainda vamos rir muito disso tudo"
Neste mundo de céticos,
Preciso de alguém que creia,
E só poderás ser tu.
IMORTALIDADE DA SAUDADE (soneto)
Saudade: tal como uma faca crivada
Na alma, abrindo em uma agre fenda
No coração nostálgico, rude moenda
Sonial, insiste tirana com vergastada
A tua dor foi concebida em oferenda
Ao peito, e fazendo de sua morada
Brinda com a melancolia em prenda
A sofrença da lágrima esbravejada
Imorredoura, se mantém sem venda
Reencenando num tudo, num nada
No silêncio duma esvaecida legenda
Sempre renascendo, e tão indesejada
Porém, é proposta de pouca emenda
E de imortalidade no dissabor estacada
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Sobre a imortalidade da alma nenhuma seita ou organização secreta consegue reavê-la, pois este poder está nas mãos de Jesus Cristo.
Fogo que me consome a alma
Sorriso negro
Em todo eu me esqueço
Desta chama que me invade,que me consome,que me queima,esta ponte que desejo de pular, saltar,sair com livrar-me dela,deste sonho surreal,esquesito, único,teletransportado não por mim,mas pela minha carne,revejome desde o céu,dentro de um drone,sobrevoando várias almas que me perseguem,que neste jardim puro,nascem árvores, pétalas,eu sinto..eu toco...saboreio o cheio de verduras,lembra-me o mercado ao sábado de manhã,iluminado por uma lareira,com um gato preto,uma senhora lendo um livro,com umas chouriças penduradas a fumar, aqui sem trânsito,nem buzinas,nem poluição,assim quero viver,assim quero ficar,assim serei sempre imortal(Adonis Silva)09-2018)
Meus instintos me insistem nesse espírito quase que extinto.
Minha alma só paira quando a forte energia a acalma.
Insanos proibidos, do real ao imortal, sobrevivo sem final.
Conspiração cruzada, ação não pensada, coração na função.