Imensidão
É na imensidão do nada que percebemos a nossa pequenez. Mergulho profundo no vazio absoluto quando o pensamento me deixa. E procurando me agarrar a qualquer fragmento que possa encontrar nesse espaço, percebo que nada sou e que são as coisas que me completam. Sinto-me perdida, tenho tudo do nada, mas de tudo me falta para eu ser completa. Minha mente vazia é um tormento; preciso de pensamentos para que eu possa voltar e ser algo.. alguém.. de novo.. que eu pensava que existia!
Um barquinho na imensidão do mar
a navegar... a navegar...
Um minúsculo ponto de qualquer ponto
buscando um ponto pra ancorar.
Ondas gigantes
no profundo imenso mar
assustadoras, devoradoras,
e o barquinho a navegar.
Névoa, nevoeiro...
brincando de esconde-esconde
com o barquinho no mar...
e o barquinho a navegar,
a minha vida a balançar
ao sabor das ondas do mar...
Com Jesus não há por que se assustar,
a um porto seguro tenho certeza Ele irá me levar...
e o barquinho a navegar... a navegar...
Foi quando abri a porta e olhei, havia uma imensidão, um horizonte longe, algo inalcançável, intocável, mas tocante no que dizia respeito a nós. Havia lá um mar, areia, coqueiro e você. Deitei...
Então eu corro para o mar quando amanhece. Eu respiro fundo diante da praia, porque essa imensidão me abstrai e dilui meus quebrantos no balanço das ondas. Sim, é preciso lavar essa tristeza antes que ela transborde; é preciso esvaziar o salão para quando a felicidade chegar, encontrar tudo limpo, com luz de verão e sabor de maresia.
Deixo o brilho no olhar esquecido em algum passado, como quem se perdeu em sua imensidão de lágrimas, e se esqueceu de ligar à luz do quarto. Perdi o calendário da alegria, apenas risquei os dias de profunda agonia. Deixei de lado a sua fala, como se fosse uma música enjoada. Apenas guardei pouca saudade, que como pouco está indo embora, e dando espaço ao vazio de algo que foi tão profundo, que o fundo virou um abismo dentro de mim.
Vês a água, a terra, os frutos da terra, a imensidão do cosmos?
Pois isso tudo e também as insignificâncias da vida é deus. E como me admiro com a indiferença divina!
SONHO DE CANÇÃO
Na imensidão dos meus anseios
Me perco em devaneios
Que inundam meu coração
São sonhos lindos, coloridos
Que reunidos me animam
E se transformam em doce canção
Alegria prazerosa, aos poucos toma forma
Ocupa-me os espaços, me transforma
Os versos se perdem na imensidão dos sonhos, e se encontram na perpetuação de ilusões suplantadas em nossas mentes, nos impondo que para ser feliz é muito difícil sozinho.
Eu sou isso tudo, essa coisa toda, esse sem fim, essa imensidão.
Eu sou tudo, e nada cabe dentro de mim
sou esse mar invadindo a praia e levando tudo,
Sou intensa e ndecifrável... raramente sou tímida.
Sou esse divisor de águas, o antes e o depois... perto de mim nada permanece igual, porque eu mudo tudo, e mudo junto,
mas somente quando quero, quando me permito essa mistura.
Eu fui, e quis que tudo afundasse. Por hoje. Para que eu pudesse ficar sozinho nessa imensidão. Era sal, dor e cabelos. Um sentimento, um pensamento ecoava, passeava por todo o meu corpo. Gotejou suor de tanto frio. meus pés, bem, esses eu já não os sentia. Só o incomodo cansado, leve do lado direito do rosto, feito um tapa humilhante e gasto.
As mudanças em nossas vidas são como estar diante da imensidão do mar. No início a gente tem medo até das marolinhas, mas com o tempo, ganhamos confiança, aprendemos a nadar (mudar) e vamos avançando mais e mais, até enfrentarmos grandes ondas. Mas uma coisa é certo: desde de a marolinha até as grandes ondas, não há mudanças sem atitude.
Sou filha do sol do Equador
Mas o calor que sinto
Não vem do sol, nem da imensidão do céu azul
O calor que sinto vem de dentro de mim,
vem do infinito e da alma
e das profundezas do meu ser
Vem das coisas que vivi, das experîencias
que passei e das que ainda não passei
Queria que alguém me ouvisse
Conseguisse me escutar
Diante de tal imensidão.
Ás vezes, parece que grito
Mas não sai nenhum som,
Parece que quando abro a boca
O silêncio vem em forma de brisa
E me cala.
Parece até
Que ninguém quer escutar a verdade,
Que todos querem continuar
Vivendo nesse conto de fadas
Que é a vida
Onde nós somos os mocinhos
E o próprio vilão
É o silêncio que cala nossa voz.