Imaginário
A ciência identificou uma explosão para as causas do mundo, da religião surgiu um Deus imaginário para as mesmas causas.
Uma outra história...
No meu imaginário infantil povoado de contos de fadas criei a imagem de uma linda princesa de vestido de seda azul com uma coroa de pedras preciosas na cabeça. Ela trazia numa mão uma varinha de condão e na outra um bico de pena com a qual assinou uma lei. A partir de então, seres humanos que viviam explorados e açoitados ficaram livres. O ano era l888, o mês era maio (mês de Maria). Na escola, esta data era comemorada com festas e a princesa consagrada , redentora era a heroína. Não me lembro de ouvir nessas comemorações o som contagiante do samba ou o ritmo cadenciado do berimbau marcando os passos de Capoeira.
Naquela época eu acreditava que realmente a assinatura de uma lei houvesse transformado homens e mulheres africanos (as) ou descentes de africanos (as) em seres livres da dominação e exploração. Fui crescendo...
Minha adolescência inquieta fez com que eu começasse a questionar os contos de fadas. Muitas perguntas, poucas respostas...Por quê a madrasta é sempre má? Por quê o príncipe herói é sempre loiro? Por quê o corcunda, o caolho e o “coxo” são os que traziam prenúncios do mal? Por quê a princesa tem a pele branca como a neve e os cabelos como anéis de ouro? Por quê o Saci Pererê é negro e ainda tem uma perna só? Por quê?????????
Procurei respostas .Algumas encontrei em livros que nunca foram lidos nas escolas. Outras fui sentindo, percebendo...O olhar e o peso do preconceito e da discriminação que perpassaram a minha vida foram me ensinando também a obter algumas respostas...
Sofrendo cheguei à maturidade, consciente da ideologia de dominação que manipula a cultura brasileira. Ideologia que construiu valores hipócritas numa gama da sociedade. Ideologia que (des) construiu pessoas que negam sua origem e exaltam “os cabelos de ouro e os olhos claros como o céu”. Ideologia (re)produzida nas práticas (des)educativas. Ideologia que criou a vergonha de ser diferente.
Vivo hoje um outro tempo. Saboreio gostosamente a palavra liberdade. Em cada minuto “Cronos” de minha vida descubro a sensação prazerosa do minuto “Kairós” infinito.
Descubro outras histórias, de príncipes e princesas de pele negra como o ébano, belos homens e mulheres livres no solo africano, aprisionados em terras brasileiras, trabalhando de sol a sol nas lavouras de cana de açúcar e de café. Homens e mulheres produtores da riqueza do nosso país.
Sob a orientação de um Governo Federal, construído com o sonho de dignidade para todos os seres humanos, negando todo tipo de discriminação, o resgate da identidade do povo brasileiro vem rompendo com muitos modelos cristalizados e camuflados de racismo.
Aquela princesa, ao assinar a Lei Áurea e não assegurar qualquer tipo de oportunidade para o negro e a negra se integrarem à sociedade, legalizou a exclusão e a discriminação racial.
Muitas vezes pensei em esquecer o 13 de Maio, mas é impossível porque ele é carregado da dor de meus ancestrais. Comungo então esta data com milhares de outras brasileiras e brasileiros que neste dia aproveitam para denunciar os crimes cometidos contra os negros e negras que viveram e vivem neste solo brasileiro.
Apaixonada pela minha origem negra, referencio o meu avô Adão Passos negro de luta, que trazia um “mucuta” debaixo do braço, carregada de todo o misticismo do afoxé africano. Talvez fosse ele um descendente das princesas e príncipes, dos reis e rainhas arrancados da Mátria Mãe África para servir a um emergente sistema capitalista e que transformou seres humanos em “coisas”produtivas.
Ao meu avô e a todos os negros e negras resistentes, que construíram e constroem a riqueza social, econômica e cultural do Brasil dedico este poema de minha autoria:
REIS E RAINHAS DA AFRICA
Sol escaldante a
Escorrer sobre a terra
Feita de barro e de bronze
Fragmento de um povo
Sob o tórrido ouro
Do continente-Mãe
Lutas
Sangue
Prisões
Reis e rainhas entregues
A brancos mercenários
Cenários de choro e dor
Partida
Navio negreiro deixa o porto
Navega, navega...
Monstros marinhos
Povoam a mente nativa
Marcados por rituais
De magia...
Outra terra
Outro porto
Sons, tons, cores
Passarinhos cantam
Ondas a bater nas pedras
Cantam novas melodias
Gemidos
Coroas arrancadas
Dialetos misturados
Laços de sangue desfeitos
Dor
Dor
Dor
Músicas pipocam
Nas noites das senzalas
São gritos de guerra
Capoeira
Resistência
Lembranças
DA CORTE AFRICANA.
O que o é homem se não um ser da natureza, sendo ele criado ou não, fez-se ele um ser imaginario que colocou-se em um pedestal com medo do medo, de sofrer, assim sofres constantemente.
Imaginário..
Imagino você ,mesmo sem te conhecer,
imagino você, e nem sei mesmo se você existe,
e imaginando você, posso até te ver,
quem será esse tal ser imaginário?,
que insiste em existir em minha mente,
e invade o meu coração.
Quem será você ? Que ainda não conheço ?
No imaginário dos meus sonhos,tão real é você,
Você existe mesmo,ou será apenas fruto da minha imaginação?
Onde estará você ,que não vi ainda, mas sei que existe em algum lugar ...
Tão real quanto o vôo de um anjo,
e surreal invisível como uma brisa,
no imaginário dos meus pensamentos ,você esta prestes a chegar....
De Gilberto Braga
ANJO IMAGINÁRIO
Minhas asas estão prontas para o voo se pudessem, mas meu corpo cansado da lida impedem-as. Eu retrocederia se pudesse, pois eu seria mais feliz se permanecesse imersa no tempo viva.
Ás vezes imagino que sou um anjo que pretende afastar-se da dureza desse mundo, cujo olhos escancarados, boca dilatada e asas sempre abertas... É esse o aspecto desse anjo o qual imagino, o rosto direcionado ao passado onde ver uma cadeia de acontecimentos, uma catástrofe única que acumula incansavelmente ruínas sobre túnel e as dispersas ao nossos pés. Ele gostaria de deter os maus feitores, acordar os "mortos" e juntar os fragmentos, mas uma tempestade sopra-o do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro ao qual ele vira as costas enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.
Chego à maturidade super carregada de conhecimentos e experiências, embora não sendo de fato um anjo bem feitor mas deixo a minha contribuição ao mundo: o meu legado.
Um sapo será sempre
um sapo.
Princesas, imaginário,
ideário,
desejos, beijos
não mudam isso.
Um dia a gente acorda
e vê tudo desbotado.
Era apenas sonho.
Ultrapasse-me com a força do amor e leve-me para o imaginário que eu possa transbordar-me de carinhos.
Doou-me á um sentimento verdadeiro que envolve meu ser e incendeia meu coração.
Teus olhos há semelhanças com as estrelas e teu sorriso há semelhanças com as flores que obtêm infinita beleza.
Quando eu leio eu viajo para um mundo imaginário.
Quando eu me deito viajo em um sonho imaginário.
Quando acordo eu vivo a realidade , uma mescla do sonho e da realidade, por isso vale a pena viver.
Você existe em todos os meus mundos.
O que falar de poesias pensamento muitas vezes eu mim pego a pensa no imaginário tema que a poesia e e os pensamentos o qual eu adoro onde mi em descubro pequena frases determinado momento falam tudo o que sinto A maior fonte de expiração e o amor o qual mus doa mos a para ver ávida .ao acorda neste dia tam lindo sinto uma brisa suave que mim toca e mim faces lembra teus beijo o qual mim afogo no mar deste teu amor . kleriston
Segundos
Estimulei o recuo imaginário
O tempo soprou ao contrário
Escuro e arejado
Com a lanterna na mão
Iluminei poemas, traços tortos de saudades no chão
Dias brilhavam e outros afogavam
Em letras, arpejos em sintonia
Notas secas, outras úmidas de pura alegria
Percebi o frio daquela loucura...
Então me encontrei no seguinte.
A arte...Do traço ao visível...vindo do imaginário...equilíbrio sustentado pelas idéias...do distante ao presente.
No meu mundo imaginário ela é perfeita
mais se passasse para o mundo real
concerteza deixaria de ser
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