Imaginário
O Amigo Imaginário
Deus, o amigo imaginário da humanidade. Uma projeção de nossos anseios, medos e esperanças. Ele não existe, mas sua sombra paira sobre nossas mentes.
Quando crianças, inventamos amigos invisíveis para nos acompanhar nas aventuras. Deus é o amigo adulto, o consolo nas noites escuras. Criamos rituais, erguemos templos, sussurramos preces. Mas Ele permanece em silêncio.
Minha inteligência, como uma lupa implacável, queima as ilusões. A fé é uma fumaça que se dissipa. O mundo, sem Deus, é um palco sem cenário. Somos os atores, os roteiristas, os diretores.
Às vezes, olho para o céu e vejo apenas átomos colidindo. Não há mãos divinas, apenas leis da física. A vida, um acidente cósmico, não tem propósito além da sobrevivência.
Mas, paradoxalmente, sinto falta do amigo imaginário. Ele preenchia os vazios, dava significado às tragédias, prometia vida após a morte. Agora, enfrento o vazio sem ilusões.
Deus, se existisse, seria um poeta silencioso. Suas palavras ecoariam nas entrelinhas da realidade. Mas, como um personagem de ficção, Ele se dissolveu em nossas mentes.
E assim, na minha descrença, encontro uma espécie de saudade. Não do Deus real, mas da esperança que Ele representava. Talvez a busca por sentido seja nossa maior criação.
Necessidades especiais suavizadas pela força do imaginário recíproco do desejo concomitantemente intenso.
MONTANHA expulsa monstro
Montanha é obra Divina
De esplendor imaginário
Um palco, um cenário.
Dado pela natureza
Árvore grossa, arbusto fino
Composta de réptil e canino
De fortaleza e fraqueza.
A montanha é um corpo
Não é um simples monte
Que realça no horizonte.
Ela tem sua história
Anos de evolução
E até distruição
Mas, também bela memória
Como longa cordilheira
De nascimento distante
Tem uma vida importante.
De enorme inspiração
Com semente a germinar
Planta, a frutificar
Pra sua renovação
Entre os que lhe dão vida
Têm aqueles que constroem
Mas, também os que destroem.
Como monstros assombrosos
Protagonistas de ruínas
Tem até, agressões creditinas
Com prejuízos espantosos.
Tem doença verdadeira
Alí, na raiz da montanha
Numa crueldade tamanha.
Para montanha um abalo
Com encosta destruída
Paisagem desguarnecida
E o monstro nela a cavalo.
O monstro vai ao cume
Reforça suas patas
Dá fim a bichos das matas.
Queima e solta fumaça
Trazendo um calor ardente
De temperatura efervecente
E a montanha se embaraça.
Daí, a cordilheira desperta!
Para o monstro expulsar
E nunca mais lhe atacar.
Combatendo sua maldade
Provando que é mais forte
E não vai temer a morte
Porque é fatalidade.
Assim agiu a montanha
Deixando de ser passiva
Portanto, mais proativa.
Pois o monstro no degredo
E com os recursos da terra
Fez declaração de guerra
Expulsou-lhe sem medo .
A montanha é uma metáfora
É meu corpo, é minha vida
É minha saúde abatida.
O monstro é um grande mal
Que chegou como freelancer
Trazendo-me um câncer
No período do lockdown.
O olhar de quem está apaixonado é uma visão ampla de um campo imaginário que ganha vida nos sentimentos correspondidos
Em um sonho
Pude lhe ver
Num piscar de olhos
Pude lhe perder
No imaginário do inconsciente
Pude lhe encontrar
Rir e conversar
Mas vim a acordar
Pude ficar em silêncio
E gritar por dentro
Que já se faz muito tempo
Mas ainda me lembro
Tenho saudade
Sentimentos confusos
Em um infinito
Sem eternidade
A morte é um cometa que vagueia lentamente pelo universo imaginário da mente humana, com rota certa de colisão.
Não contes das minhas manias tolas, do
pedestal que construí no imaginário, do
chiclete, da timidez disfarçada, do beijo
tão doce, se ainda tenho o gosto...
Não contes dos sonhos, dos carinhos roubados
do meu jeito estranho, assim dizem, eu não
vejo...é segredo só nosso.
Não contes da mão que me salvou,
não contes dos inúmeros abraços, da saudade...
desejos... marcado num dia que já não lembro.
E...assim... a vida flui no espaço, nas
sombras na parede ...nos cansaços...
mas...não contes!
Brida di Beenergan
A humanidade é carente de liderança, e isso pode ser visto através do Imaginário, muitos seguem aquilo que acredita mas não se pode ver.
O imaginário cria situação que não existe e nunca existirá, é o ego tentando se defender nessa ocasião. Se quer crescer tenha coragem, deixe o ego de lado e enfrente a vida com otimismo e determinação.
[UMA DEFINIÇÃO DE IMAGINÁRIO]
Em uma de suas acepções possíveis, podemos considerar o 'Imaginário' como um sistema ou universo complexo e interativo que abrange a produção e circulação de imagens visuais, mentais e verbais, incorporando sistemas simbólicos diversificados e atuando na construção de representações diversas.
[extraído de 'O Campo da História'. Petrópoçis: Editora Vozes, 2004, p.93].
as vezes temos que sonhar alem do imaginário porque sem sonho não temos um objetivo não temos porque viver para que viver sem objetivo
Com você do meu lado amor, mesmo sem ter asas para bem longe voei, em um futuro imaginário vi nós dois já casados, com um casal de filhinhos muito bem já criados.
Procrastinar sonhos e realizações é vampirizar a energia do imaginário. É ótimo, Gostoso, no entanto, extremamente perigoso. Pois te paralisa "no que poderia ser". Mas nunca o será . pois não moveu-se para que o fosse. Era preciso sair do "e como seria" para o "como posso fazer com que seja". Assumindo o risco real de nunca ser. Mas é a única forma de, talvez, um dia se-lo.