Imaginação
Oh! Saudades
Verso cachorro,
Teu latido dói no estampido.
Imaginação cachola, dedos que coçam nas cordas dessa Viola.
Oh! Saudade,
Saudades do arado rasgando terras.
Oh! Barbaridade,
Saudades, machuca, tortura a alma de verdade.
Oh! Garoa fina, rega o solo que lá vem a semente menina.
Não demora muito, o broto começa mostrar sua sina.
Oh! Carro de boi, tempo bom que se foi.
Germina, exala o teu choro na partida.
Lavoura, trigo arroz e natureza boa, poesia ainda não lida...
Engole o choro Poeta,
Cala tua boca.
Tu,
És um analista do passado, pisa firme no enredo sapateando que engata nesse improviso coitado...
Vai,
Bate suas mãos do corpo desse instrumento, indolente...
Rios afluente...
Cama, berçário, arranca o poema que ficou no teu armário.
Bate no peito, dedilha tua inspiração com muito jeito.
Oh! Afinação bruta...
Tuas rugas tem histórias.
Dias que não saí de sua memória,
Os dias que viveu, colhendo frutos, alface, cebolinha e chicória..
Canta lá no roçado, o canário e a coleirinha...
No pomar, o princípe sabiá,
Na tuia, a coruja coroa.
Na gruta, a saracura..
E aqui, canta o poeta compositor sem suas luvas...
Oh! Nostálgica melancolia.
Danada, tomas de mim esses versos sem fim...
Leva-os...
Ou mate de vez, essas lembranças que não tem fim...
Antes, era tudo manual, tudo mudou.
Que pena!
Agora,
É a vez do trator...
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
odeio esse mundo, todos os sonhos ULTRA IRREALISTAS E FANTASIOSOS que transcendem minha imaginação existem de verdade em algum lugar por aí !!, porém eu nunca vou alcança-los pois pelo simples fato de eu ter nascido nesse mundo significa que sofrerei pra sempre, e no final vou ser esquecido mesmo nunca tendo existido.
Imaginação Lilás.
Eu estava ali entre as “Ave Maria” e o céu ventania calma.
Entre uma pedra e outra do meu rosário.
Ressuscitei a lembrança genuína de seu rosto na minha memória.
Sentir uma saudade da mocidade quando tinha sua idade, e de agora nossa curta história.
Nada é tão perfeito como ficar te olhando através de uma lembrança.
Como se morássemos em polos diferentes, ainda não!
Seu corpo pequeno, cabelos longos e sorriso largos me transcende.
Agora estou no colo do silêncio e meu pensamento te procurando em algum canto da cidade.
Tento convencer todo meu ser a esquecer o seu doce olhar de mulher menina...
Eita! Noite linda e calma que meus anjos te traz a sua beleza enfeitada de saudades.
És tu luz lilás? Mesmo que eu não quisesse meu coração fartaria, a caso pensasse em te esquecer...
Se pudesse agora pular das nuvens do próprio pensamentos e afundar nessa beleza,
Desse pequeno espaço da realeza que habita em ti...
Já que é proibido nossos olhos ficarem fixos e podem se perderem.
Aconselhou-me Rubem Alves um senhor chamado “tempus fugit”...
Pedir meu anjo que a beijasse para eu saber de que flor é tirado seu mel.
Com unhas minhas plantarias jardins eu cultivaria flores e mais flores lilás,
Para que seu doce seja eterno na boca desse insignificante autodidata escritor.
Um beijo sonhado por um pobre cultivador de palavras,
Que caminhas desoladamente a ver a lua e o sol dentro da mesma estrela.
Faz silêncio alma boa e respira, silêncio e inspira...
Veja metamorfose se movendo nas ondas sonoras do silêncio composto por dois corações.
Faz silêncio alma boa e respira, silêncio e inspira...
A única canção que duas almas compõem sem mesmo se tocar é o destino.
Faz silêncio alma boa e respira, silêncio e inspira...
E delicadamente seus castanhos faz chover o meu verde petróleo nos campos que a vida ensina.
Faz silêncio alma boa e respira, silêncio e inspira...
De bobo e alegre ainda continua dando asas à imaginação como sua única fiel namorada...
Ele sorrir com ela nos pensamentos, e sua boca cheia de riso que ilumina as suas preces...
Tudo Solenemente ela existe para enriquecer suas lembranças.
Ele a Ama assim como a vida ensinou nos campos, de longe!
Primeiro ele ama a terra ele ara sol a sol, arde lilás,
Segundo momento ele olha o céu lilás e percebe a primeira chuva,
Lança as sementes e ele espera, espera sem se cansar...
Faz seu cafezinho, escuta a previsão do tempo no rádio...
Abre a janela ė manhã lilás, o sol brilha e sua plantação florida e sorriso na calma.
Ele colhe de uma estação a outra os grãos com olhos cheios de afeição.
É assim que ele a ama de alma e coração.
Quando ela não está por perto, ele a inventa na sua imaginação lilás...
28.12.2021
A poesia e a imaginação
A internet, intranet, ultranet.
Interface de gerações.
Árvores binária, qubits.
História milenar, filhos de Sete.
Nirod e a torre de babel.
A gravidade, espaço sideral.
Surreal.
Marte, lua, extraterrestre desafia o céu.
A grande programação.
Quimicamente, fisicamente, matematicamente.
Os laboratórios já misturaram quantos semes, quantas mentes.
Jumento com anta.
Rato com gafanhoto.
Raposa com tigre.
Leão com chacais.
Será, seria, teria.
Lobisomen, ets.
Um avião redondo.
Disco que voador, ave maria.
A grande programação linguística.
Tudo misturado.
Algo planejado.
Quantas placas, pensamento, sentimento conectado.
Arquétipos.
Sangues sintéticos.
Sonhos manipulados.
Terrível, medonho, desespero.
Depressão artificial.
Covarde, perseguidor tribunal.
Desumano, preconceituoso e tal.
Força oculta.
Segredos milenares.
Tecnologia, artificialidades, se brincar, igrejas, altares.
Perdoe me Senhor.
Quanto tenho temor.
Escravizado povo pelo malvado.
Inerte saber, vida preciosa.
Inocentes tantos enganados.
Giovane Silva Santos
Quando os corpos se desejam
A imaginação flui despertando
Pensamentos e
O sonho é inevitável
De forma simples acontece
Deixando o corpo aguçado
Em busca de trazer os desejos para realidade
Nas nuvens da fantasia
Onde a imaginação voa
Há um lugar mágico
Cheio de cores e alegria
Onde pássaros cintilantes
Cantam melodias divinas
E os rios de cristal brilham
Refletindo o sol matinal
É um lugar onde sonhos
Se tornam realidade
E onde tudo é possível
Se você acredita na magia
Venha comigo nessa jornada
Para esse lugar encantado
Onde a alegria e a beleza
Nunca terão fim.
A Inspiração Poetal, sempre atiça a imaginação de quem lê...
Mas por vezes é apenas ins...piração...
Vamos tentar entender a "Alma Poetal"...
Ósculos e amplexos,
Marcial
A CHAMADA INSPIRAÇÃO POETAL
Marcial Salaverry
Para abordar este tema, é preciso entender que a inspiração do poeta nasce em sua imaginação, e assim, o que pode responder a uma pergunta que sempre domina a cabeça de quem lê uma poesia, ou seja o que diz respeito à veracidade ou não do texto, ou seja, se é apenas a inspiração do poeta, ou se tem algo de real no texto escrito, alguma vivencia ou algum desejo secreto... Ao lermos uma poesia de amor, logo julgamos que quem a escreveu, está apaixonado, e a está dedicando a alguém a quem ama muito. Sempre procuramos ligar a poesia a um personagem real, e invariavelmente encontramos a musa ou muso a quem ela é dedicada, por vezes colocando-nos no lugar da fonte inspiradora... Dificilmente atribuímos aquelas lindas palavras à imaginação poetal de quem escreveu, ou seja, a sua inspiração apenas.
Então se suas poesias falam de amor sensual, o (a) poeta surge a nossos olhos como alguém que conhece todas as artes do amor, e que conhece mil leitos de amor. E que todas as cenas de amor que escreve, são aventuras realmente vividas, e pode até ser que seja, ou não...Quem sabe é apenas o poeta... Esquecemo-nos de louvar o talento criativo do autor. Sua imaginação sempre fértil, que pode criar as mais sensuais situações, e que ao invés de um (a) amante insaciável, é simplesmente alguém que gosta de escrever, e que vai buscar em seu imaginário, ou em seus desejos secretos, todas aquelas cenas de paixão ardente. e assim também, quem escreve poemas amargos, relatando tristezas da vida, pode ser alguém cuja imaginação trabalha nesse sentido. E é uma pessoa feliz, e procura "amenizar" as tristezas alheias...
Palavras de um poeta, colhidas por meu guru L’Inconnu:
"Pois, nossa imaginação faz trabalhar a imaginação de quem lê, que sempre fica imaginando que as situações e os amores criados em nossa imaginação não são imaginados... São reais. Apenas nossa alma sabe dizer..."
Imagine só como seria se fossem reais todas as cenas de amor em poemas descritas... Haja imaginação, e sem imaginação, nós poetas, não seríamos nada, eis que sempre falamos do amor, da amizade ou de coisas que são belas e que gostaríamos que pudessem ser reais, e é lógico que podemos sempre levar a nossa imaginação para o lado bom, de sonhos que podem ser realizados, pelo menos no imaginativo. Nada melhor do que imaginar todos no mundo, vivendo em clima de luz, paz, amizade, amor...
Na realidade, a imaginação poetal reflete a alma do poeta, e não necessariamente sua vida pessoal. Nem sempre aquele que escreve sobre amor é um grande amante. Nem sempre aquele que exalta a felicidade e a alegria da vida é uma pessoa feliz. Nem sempre aquele que escreve sobre loucuras da vida é um insano. Nem sempre aquele que fala muito de tristezas, de dramas da vida, é uma pessoa triste e infeliz. Nem sempre aquele que escreve sobre dor de cotovelo é um desencantado da vida, pode ser uma pessoa muito feliz. Como também aquele que escreve sobre a Natureza e suas belezas pode ser um chamado “rato de arranha-céu”. Vai lá saber. É preciso entender que é o interior do poeta que fala. É sua alma, e sua criatividade. Ele cria as situações, e seu grande mérito reside no fato de que suas palavras conseguem trabalhar o imaginário dos leitores, levando-os a sentir como se reais fossem todas aquelas palavras, chegando mesmo a sentir que são a si destinadas. E não deixam de sê-lo. É a imaginação poetal, despertando a imaginação “leitoral”.
Mas é claro que muitas vezes não é apenas a imaginação. Claro que existem musas e musos. Claro que existem situações vividas. E é exatamente aí o gostoso da coisa toda. Onde estará apenas a imaginação poetal, a sua inspiração, ou apenas piração? Onde estará sua vida sendo contada? A quem tal poesia será dedicada? A mim? A você? E nesse imaginário conflito de imaginações, vamos trabalhar nossa imaginação, imaginando para nós UM LINDO DIA, ainda que seja apenas imaginativo...
"Trovando de amor falamos,
se as almas vão encontrar,
pelas trovas tambem amamos,
com amor vamos trovar...
Marcial Salaverry"
MEDO é a imaginação criando perigos, enquanto METIDO é a PESSOA CRIATIVA que enfrenta eles e cria oportunidades.
A ciência vai muito além do que podemos imaginar, mas nossa imaginação também vai muito além de onde a ciência pode chegar.
A imaginação atemática:
razão em equações enigmáticas,
versos perdem a rima,
grafias fonêmicas anímicas
sem acentuar nada da alma.
Sensibilidade dorme esquecida
Sem sonhos
Sem poesia
Sem vida
Os livros que li
Foram tijolos na parede
Do castelo que construí para mim
Na imaginação da minha mente
Livre livro leve
Sou livre, tenho em meus meados
A imaginação e muitos legados
Desfruto das aventuras que me pertencem
Dos romances e suas nuances
Das poesias que muito extasia.
Sou leve como as palavras
Que muito nos irradiam com seus lindos contares
Sou levado pelo universo dos muitos enredos
Que muito nos direcionam com temor e emoção.
Amo as páginas em branco,
Quando se deleitam em prantos
Numa melodia sem palavras e seus desencantos.
Mesmo com o amor não correspondido.
É amor verdadeiro, é sofrido.
Falo do amor também correspondido!
O amor que todos têm merecido.
Comprazer-se com os ilustres desenhos
Confesso, prefiro imaginar o que decorre da mente.
Todas as aventuras, personagens e bagagens,
Nos livros encontre os momentos enriquecedores.
Na mente é avassalador.
Chega sem avisar, posterga o leitor
Mesmo assim, agradeço ao ilustrador.
Enfim,
Sou livro!
Sou livre!
Sou leve!
Sou a pena!
Que escreve!