Imaginação
Cultivar minha alma, estimular minha imaginação e me conectar com a magia contida no ato de simplesmente olhar para o céu. À medida que o sol gradualmente se punha, encerrando esse espetáculo fugaz, meu coração transbordava de gratidão. Aquelas nuvens, haviam me presenteado com um lembrete poderoso: a vida está repleta de momentos fugazes, que exigem que nos abramos para a beleza que reside nas pequenas sutilezas do mundo.
A beleza e a serenidade dessa nova imagem eram igualmente arrebatadoras, evocando uma sensação de exploração e descoberta que percorria a minha pele. Nesse momento de silêncio interno, onde meu olhar desbrava cada canto das nuvens, busco propósitos e questionamentos internos que se desfazem assim como as nuvens se transformam.
Nessa contemplação efêmera, encontro um momento de pausa e reflexão, uma oportunidade de mergulhar nas profundezas do meu ser. É um momento em que as perguntas se dissolvem nas brumas do céu, mas as respostas se multiplicam e se tornam mais vívidas, como raios de sol que atravessam as nuvens.
Eu fiz uma viajem
Além da imaginação
Da loucura eu vi a margem
Na beleza a perfeição
Na ousadia achei coragem
E muita reflexão
O tempo não tem barragem
Mas tem muita solidão
O medo como forragem
Cobrindo a capa do chão
Eu volto dessa viajem
Trazendo oque achei de bom
Quando o mundo cortar as suas asas..voe no pensamento, na imaginação..mas nunca dê maneira nenhuma desista ou deixe de voar...quem manda no teu pensamento é você!
Inflexão de reflexos
Como ondulações causadas em um espelho d'água, a imaginação flui a partir do desejo.
Essas ondulações refletem infinitas possibilidades de existência, de criação e destruição.
Ondas carregadas do mais puro desejo de criar, transbordam realidades até que, no ponto de inflexão, um novo desejo surge, o de viver o que foi imaginado.
Neste momento, a consciência que pairava por sobre as águas do seu fluído imaginar, imagina-se no início do seu pensar, com vontade de vivenciar tudo o que sonhou e ainda assim, continuar sonhando.
Um paradoxo entre liberdade e auto-contenção, uma nova luz que brilha em meio as trevas, deixadas pelo vazio das memórias ainda não vividas e então um intenso desejo começa a ganhar forma através de fractais de matéria luminosa, atraídos pela intenção de experienciar uma possibilidade.
O mesmo e ainda assim, diferente. Novas memórias criadas através da experimentação de memórias realizadas. A coexistência entre o eu e o não-eu.
Os céus da imaginação continuam a se ondular infinitamente, enquanto que a matéria, ainda um puro desejo informe, unifica-se formando uma sutil projeção mental, uma ilusão, que quando confrontada ao limite, deixa de existir.
Insatisfeito com o não pertencimento em sua própria ilusão, escolhe vivenciar sua própria criação, desencadeando caos e ordem, decide elevar a criação ao ápice do conhecimento a fim de deleitar-se do prazer de uma companhia.
Com muita astúcia, desenha um ser semelhante a si e dentro dele define a existência de um paradoxo.
O masculino e o feminino, a atração e a repulsão, a construção e destruição. Mas assim como em si, em sua mais perfeita criação, também residia a solidão.
Então um se tornou dois, um espelho pra um reflexo, um todo complementar.
E assim a ilusão criada vivenciou o perfeito prazer, a não-solidão, até que as suas existências são postas a prova: deixar de ser quem somos pra nos tornar uma ideia de quem podemos ser.
A imaginação, agora inserida na criação, gera camadas infinitas de possibilidades e escolhas que podem ser materializadas através do desejo.
Uma ondulação que permeia a ilusão da existência, refletindo a infinita onda exterior de possibilidades.
A união entre a matéria ilusória e o divino.
Eis então a primeira escolha: ser mais!
E, ao almejar o infinito, reconhece então sua própria finitude. Paredes de ilusão que antes representavam liberdade, agora representam grades para sua percepção. Ao ser questionado sobre sua escolha, escolhe a amargura como resposta, semente que imaginou ao ressentir seus limites.
Um plano, regado a suor e sangue, começa a se desenrolar. Dois se tornam três, quatro, milhares, milhões, até que o criador desta ilusão decide vivenciar a ilusão que criara e assim, por um breve período, coexistem apenas as ondulações dos céus da imaginação, a ilusão da existência de possibilidades escolhidas e uma consciência singular que agora possui fractais de lembranças do futuro, do passado e do presente.
Novamente uma nova existência, nomeada, ilusória, mas tangível pela própria ilusão, percebe o amor, a fúria, a dor, a tristeza, a alegria e o silêncio.
Até que, desperto novamente no início, compreende o sentir e sente-se verdadeiramente vivo, vivo de tudo.
Ele então começa a compor, não mais um plano, mas uma música. Uma música capaz de tocar todas as possibilidades simultaneamente, onde cada existência representa suas próprias escolhas como vibrações melódicas do concerto cósmico.
Infinitas realidades vivas coexistindo, ainda sem interagir, até que o maestro, dotado de reflexos, diga: fim.
ILHA DE BELEZA ALÉM DA IMAGINAÇÃO (2ª VERSÃO)
O título deste texto é uma tentativa minha de reproduzir um sonho que tive de uma ilha encravada no meio de um oceano, circundada por montanhas espessas de florestas, vales e desfiladeiros íngremes, de suave atmosfera, onde havia uma cidade em forma de um condomínio de casas luxuosas e habitantes muito ricos. O lugar era de exuberante riqueza e inigualável beleza, cujo título diz, reflete, justifica bem o sonho, que ora descrevo.
Encantador é o adjetivo que se refere a algo que encanta, fascina ou envolve qualquer ser humano pela emoção da magia do caso descrito abaixo. Portanto, esse foi o termo mais apropriado que achei neste momento para classificar o lugar maravilhoso, admirável, arrebatador, atrativo e repleto de beleza exuberante, como a ilha com a qual sonhei.
No sonho, o acesso à ilha era feito exclusivamente por iates de muito luxo, e todo o lugar combinava com os habitantes do local que levavam uma vida suntuosa, opulenta, ostentada, cenário só comparável aos exibidos em filmes de ficção.
Sendo tudo fora do comum naquele lugar, um fato inusitado me chamou a atenção, que merece destaque. Entro numa casa desabitada, parecendo ter sido abandonada pelos seus proprietários, com muitas portas e janelas, todas abertas, os itens do mobiliário eram milionários e muito bem conservados, entre estes um piano de cauda de altíssima qualidade, que reproduzia ininterruptamente uma música que preenchia todos os ambientes, cuja sonoridade era a mais pura pelo encanto de emoções ali existentes. A sensação era de uma cena representada por um concerto mais prestigioso do mundo.
Em outra ocasião, tendo eu retornado ao imóvel, encontrei dois homens furtando tudo o que se encontrava em seu interior, deixando a casa completamente vazia, enquanto ninguém se importava com a ocorrência do fato.
Acordei e o sonho foi interrompido. Quem nunca teve um sonho diferente, que instiga a nossa curiosidade sobre o que ele quis dizer?
De acordo com os psicanalistas, incluindo Freud, os sonhos significam nossos desejos reprimidos, uma espécie de alucinações, uma válvula de escape de ânsias insatisfeitas. Para mim são semelhantes a filmes de engenhosas concepções insólitas, fantásticas, esquisitas, confusas, assustadoras, truncadas, surpreendentes, obscuras, surrealistas e misteriosos que, na manhã seguinte, quando tentamos reproduzi-los, oral ou por escrito, só restam poucas imagens obscuras.
As almas com o espírito de Peter Pan são aquelas que mantêm a chama da imaginação acesa, recusando-se a aceitar os limites impostos pelo tempo e pelas convenções. Elas nos lembram da importância de preservar a maravilha da infância e abraçar a alegria de viver com um coração eternamente jovem
Abra a gaiola do pensamento, solte a imaginação e permita que a tua alma voe livre pelo céu da fantasia.
A palavra tem o poder. A vida tem a sua essência. Na luta captamos as fraquezas. Na imaginação compreendemos os pormenores. Todos nós temos nossas revoluções internas. Assim, cada qual com seus intuitos, distúrbios e emoções. Na dualidade é que vamos percebendo a importância do equilíbrio.
Você sumiu, eu imaginei que você era diferente, minha imaginação me sabotou e eu entristeci.
Nas madrugadas eu escrevo, e tento mentalmente mesmo com a distância e seu sumiço conectar-me com mensagens e conversas antigas.
A coração me explique a razão, a clareza sempre foi meu dom e hoje só quero está com meus dois pés no chão.
No jardim da imaginação, eu criaria uma flor,
O Giralua, encanto divino, radiante e sedutor.
Uma flor que segue a luz da lua, em um dançar encantado,
E nela encontro meu destino, meu amor declarado.
Não o Giralssol, mas o Giralua, ser único e especial,
Assim como a lua, em suas fases, sempre celestial.
De cheia a nova, tua beleza jamais se desfaz,
Um brilho que ilumina o mundo, uma essência capaz.
Se eu pudesse escolher um lugar para habitar,
Seria na estrela que brilha em teu olhar,
Uma estrela que supera Sirius em esplendor,
E nela encontraria meu lar, meu amor.
Se pudesse eleger meu propósito na vida,
Escolheria contemplar teu sorriso, minha querida.
Mais belo que todas as constelações em seu esplendor,
Teu sorriso é uma poesia que transborda amor.
Em cada pétala do Giralua, vejo o reflexo da lua,
E em teu olhar, a estrela que ilumina minha rua.
Admiro-te como um poeta em devaneios de encanto,
Teu sorriso é a melodia que me envolve, em pranto.
No jardim do tempo, floresce nossa conexão,
Giralua, és minha musa, minha inspiração.
Que a vida seja eterna primavera, a nos embalar,
Enquanto eu contemplo teu sorriso, a me encantar.
Que as estrelas testemunhem tua luz em devoção,
Teu destino único, em uma bela canção.
Giralua, flor que segue a luz da lua,
Teu sorriso é a chama que ilumina a rua.