Ilusões
Lembro como se fosse hoje
Amanhã será mais um dia
Realidade se mistura com ilusões
Impossível não me prender á isso
Sei que não devo fantasiar a verdade
Sei que a realidade é o agora
Amanhã sei que tudo isso vai mudar
Girei o globo e fui na terra das ilusões, e descobrir que a realidade é apenas uma história bem contada.
“Será que está sendo você mesmo ou se tornou um efêmero personagem em uma vida de ilusões? Interpretando a grande mentira da sua vida, onde sequer, é o próprio protagonista, não passando de um mero figurante no seu palco onde outros te dirige, arrastando-te e conduzindo-te segundo seus próprios interesses e caprichos.”
Viver é saber caminhar na corda bamba da vida, diante do precipício das ilusões, mas sem deixar de contemplar o belo e mantendo sempre o foco no que é essencial.
A parti do esforço que se faz para ultrapassar os véus das ilusões, se percebe quão escandalosas são as mentiras escancaradas e ornamentadas das verdades absolutas.
É mais fácil se rotular como um mero personagem numa farsa teatral desse mundo de ilusões, de que arrancar penas e mais penas da vaidade e do egoísmo, levando ao vazio existencial na busca do todo que se faz presente em tudo, numa caminhada incessante para o eterno que se faz presente em nós!
O sistema quer a humanidade submissa na miséria e acorrentada nas crendices e ilusões, para se manterem no poder... Mas a chave (Libertação) sempre permaneceu pertinho de nós(Divino interno), basta silenciar a mente e observar, ai então encontará o caminho.
Se busca a felicidade só encontrará ilusões, pois, isso é apenas uma isca para os corações conflitantes e infelizes, que o cegará por toda vida, num caminhar de dores e decepções. Mas se encontrar e despertar a verdadeira paz que vem do coração, ai sim! Até mesmo nos piores infernos estará nos céus.
Só se engana por muito tempo quem quer, quem gosta de se iludir com as adocicadas ilusões que vicia o emocional vulnerável, tornando-se escravo do seu mendigo sentimentalismo, que te faz perde tempo da sua breve vida, se limitando apenas como uma medíocre ovelha tola e desorientada, vivenciando dessa forma uma falsa cristandade do espetáculo e da hipocrisia, evitando e fugindo a todo custo dos calos da realidade, do sacrifício e desapego real do misticismo cristão.
O falso(mentiras e ilusões) precisa existir para a grande maioria, pois a busca pela verdade é insuportavelmente dolorosa para as almas medíocres.
Percebo que nosso mundo(engrenagens de ilusões que busca escravizar), se criam belas ciladas sedutoras num primeiro momento de prazeres e sentimentos, que depois germina no homem, em suas sombras sentimentos tóxicos(vícios, ódios e ganâncias), que de gozos se tornam fardos compulsivos que aos poucos desarmam a consciência, dominando totalmente o ser humano, e se tornando senhores(carrascos) da alma. Manifestando o que há de pior e monstruosamente latente no homem, que culminar com tudo que absorve de ruim e destrutivo desse mundo de puras ilusões e dores.
PORTO DAS ILUSÕES
Ontem a menina aportou
Para olhar fim de tarde velejante
Despejar seu jeito depois
Jazer junto ao lajeado cais.
(igualzinho a um poema)
E por um momento
A menina desconfiou
Que a vida desmanchava-se ali.
Logo depois
Já em face a face da noite
A menina descobriu seu coração em atalhos
Porque os sonhos primeiros tinham partido
Lépidos
Numa estranha sombra de mar
Todinha estampada de estrelas,
Lua, brancas areias, azaleias
(igualzinho a um poema)
Em seguida
A menina ensaiou um gesto qualquer de tristeza
Ensaiou; mas saiu apenas
Um gesto qualquer de alegria
Simples sorriso de outono
Bem mais tarde
A manhã veio naufragar brejeira nos olhos da menina
Naquelas poucas águas paradas
De tanta partida e fantasia
Ilusões desgovernadas
Na banheira o sonho acontecendo, champanhe derramando frio no solo quente,
o seu universo frenético agora cabe na minha mão, as cortinas sopram ventos curiosos vindos dos olhares de saturno,
nas batidas quentes dos corpos reluzentes faíscas de prazer iluminam o ambiente,
no mundo das ilusões te vejo como um desenho bem desenhado fazendo vários rabiscos desgovernados.