Ilusão Imbecil
Na alma simples e iludida jaz tua presença dilacerante e púrpura, mas as manchas sobre a pele ainda atraem hienas, chacais e urubus famintos...
Nunca plante uma semente na areia ilusória da paixão. As raízes nunca se fixarão nesse tipo de terreno.
Estou farto da verdade apenas dita.
Aquela que se molda em qualquer situação.
Estou cheio das meias verdades prometidas.
Essas são mentiras.
Quanta flexibilidade às peculiaridades.
Aquilo que se cala é omissão.
O que se fala é denúncia.
Perguntas são logros.
Não tenho mais ponto de vista, tenho certeza de pensamento.
É o que assimilo em foco sobre o que sinto.
Então, não prometas nada. Não sou mais expectador.
Se quiseres minha admiração, atue sem adereços.
Não digas nada, viva o espetáculo.
E beije, ou me deixe, ao vento.
Parada na madrugada silenciosa
A menina imagina
Imagina seu rosto
Imagina seu toque
Imagina sua voz
Porque fazes isso pequena?
Isso pode te machucar.
Mas, mesmo assim ela não deixa de imaginar.
Afinal, a imaginação é dela.
O sonho de finalmente ter o encontro; é dela.
E mesmo que doa, ela não consegue deixar de lado seus pensamentos ilusórios.
Nem o vento que sopra gélido e impiedoso resfria o calor dos abraços que sonhei um dia lhe dar, ou dos beijos que minha imaginação produziu.
te perder foi frio, de um jeito que, como nunca, destruiu o que me tornei, já não sei o que sinto, se é que sinto, me perco em pensamentos... tudo tao recente... inebriado pela madrugada fria... que engole as horas mentirosas que desnecessariamente enganam a dor de querer e não poder, de precisar e não conseguir... os desejos, dos profanos aos mais puros e sensatos... jogados e abandonados como lixo... por mim e por você... seria querer demais ter tudo de volta? seria perder demais deixar tudo pra trás? a incompreensão é o que mais corrói... e dói em meio bagunça mental que me persegue. A distancia que hoje é a bebida mais forte que consumi, fazendo meu corpo suar, e o suor se misturar as inúmeras substâncias produzidas por minhas pálpebras... meu conhaque que antes ácido... agora jaz em uma garrafa seca e fria... tao fria quanto a alma de quem conhece tal dor.
Se deixares tudo pra lá, perdes tudo pra cá.......
"Quando há medo de ir embora, é porque vale a pena ficar...
Eu mereço tudo, só não posso querer tudo porque quem tudo quer, tudo perde.....j
Me deram 24 horas de tempo, usei mal o meu tempo, gostaria que partilhasses seu tempo contigo, se não me perco no tempo........
O tempo tinha de ser individual, talvez eu posse pegar emprestado.....
*^*^*^*^*^Cada um chora a sua maneira o tempo que passa, uns dão saber do seu passado, para serem ajudado a lamentar^*^*^*^*^*
Não me iluda, não mais do que já o fez.. não fale o que não sente pra depois não ter que me provar quando sentir de verdade.
Deixou pra trás quem vem,
Trazendo toda a questionada solução.
Se faz sentido a falta de sentido
A ausência da resposta nos explica tudo então.
Eu vejo como ele viu o que lhe aconteceu
Se fez tragédia por não ser mais cômico,
E de tanto brincar de prever
A própria sorte trouxe então, o gosto de fim.
Eu desejo um pouco de esperança
Pra quem nunca alcança a vontade de sorrir.
E mesmo assim existe gente que nem vontade sente
Prova o gosto e bebe a chuva desse injusto fim
Olha pra mim, diz que eu to errado
Já que agora eu só lhes trago
O que ninguém quer ver,
O que ninguém quer saber.
Fiz questão de ter certeza,
Mas ter certeza é simplesmente uma ilusão.
E para os olhos de quem não quer ver,
Trago a proposta de um início sem fim.
Eu vejo como ele viu o que lhe aconteceu
Se fez tragédia por não ser mais cômico,
E de tanto brincar de prever
A própria sorte trouxe então, o gosto de fim.
Olha pra mim, diz que eu to errado
Já que agora eu só lhes trago
O que ninguém quer ver,
O que ninguém quer saber.
Fiz questão de ter certeza,
Mas ter certeza é simplesmente uma ilusão.
E para os olhos de quem não quer ver,
Trago a proposta de um início sem fim.
Perdi o brilho nos olhos.
Nada me surpreende,
Nada me espanta,
Nada me ilude.
Acho que estou morto,
No aguardo da miraculosa ressurreição.
Opa! Isto é ilusão.
Difícil definir o que é contradição e o que é mudança.
Como cada um de nós vivemos muitas vidas em uma só, os conceitos mudam. Se a mudança é fixa, pra valer, fará parte do crescimento. No entanto, se for só por conveniência, então é pura enganação, aos outros e a si mesmo.
Contraditório | Cabo-PE, 07-Abr-2015
"Eu te amei cegamente, fiz um você dentro de mim,confiando que você era desse jeito. Mas derrepende descubro que você não é bem assim,e não se encaixa perfeitamente a mim!
Teu abraço, teu beijo, teu jeito, me trazem sensação de conforto e felicidade, mas não se iluda. Durante a carência, qualquer um desses gestos são válidos para tal situação.
Lentamente, deslizo a caneta
sobre o papel.
Sou protagonista ou sou réu?
Escrevo com cuidado
para não lhes deixar assustado.
Você é capaz de compreender?
Se não, nem leia para não se arrepender.
Têm coisas que somente eu posso dizer,
mas ninguém poderá entender.
Há um certo tempo, descobri que nunca olhei para vida. Ela, diante de mim, crescia tímida, temerosa que seus encantos pudessem me afugentar e, por isso, inerte, absorta em seu escaninho, olhava-me com olhos de ternura. Com a paciência de Jó que lhe impunha a fim de ver desabrochar o oportuno instante de não ter seus abraços partidos por minha desfatez. Ela sempre me olhando como sou, eu olhando-a como eu imaginava vê-la. Aos poucos, entre tantos dissabores e do fel da fria concretude da realidade, nós dois nos tocamos. A pele logo se ouriçou, aquele frio na espinha desceu até os calcanhares e nós nos olhamos. Notei que aquela não era a vida que há anos observava, chorei ao ver as marcas dos fulcros que as lágrimas deixavam por onde escorriam em seu rosto, a aspereza das mãos, os pés descalços, a boca seca, os cabelos desgrenhados... eram tantas as marcas que era difícil, ao primeiro encontro, apaixonar-se por tal criatura. Entretanto o brilho angustiado de seu olhar ainda era vivo e senti-me convidado a contemplar a visão que dali a vida tinha. As pessoas que eu acreditei enxergar, aos poucos se desvaneceram, feito fumaça, daquele ponto em que eu podia olhar, outras que nunca tinha visto, agora se mostravam em cada gesto, em cada jeito singular de se movimentar. Naquele instante, senti as lágrimas sulfúricas abrir caminhos por cada expressar deste rosto que nunca estivera cá. Olhei a minha volta e já não vi mais a vida. Percorri os espaços ao redor buscando, procurando saber onde estaria a vida, mas não voltei mais a enxergá-la. Hoje, caminhando entre meus achados e perdidos, vi que muito do que achei que fosse nunca estivera lá ou cá, vi que havia coisas de mais em todos os recantos que não deveriam estar. Vi pessoas durante o caminho que não eram as mesmas que imaginei que fossem estar lá. O susto foi grande, pensei: o que eu fiz com o resto de mim? Quando a vida se apresentou, pude perceber que as pessoas que imaginei, que um dia enxerguei não eram bem aquilo que avistei. A miopia é um mal que carregamos para não enxergar a vida.