Ilusão de Amor
O que mais sinto é saber que se matasse você o amor que penso ter acabaria, mas isso não muda o fato de que parte de mim morreria junto.
Bronca
Já faz mais de um ano que nos conhecemos
E ainda escuto você falar o nome dele por engano
Nas horas mais improváveis, quando digo que te amo
Você se esqueceu do bem que te fiz
Ou terá sido um mal te querer tão feliz
Quem ama cuida, está perto no abraço e na dor
Mais você só prefere as mentiras do amor
Se a escolha foi torta, se já se arrependeu
Volte então para os braços do teu falso romeu
Eu sigo em frente sozinho, pois amor não se compra
Me desculpa, querida, não suporto esta bronca.
construí a minha vida num barco de ilusões, o barco naufragou e levou para o fundo do oceano as minhas esperanças.
Acordei e percebi que os versos não são compreendidos, os gestos não são notados.
Caminhei pela calçada, cansada sentei.
senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto e a tempestade surrar o meu corpo.
Olhei para o lado e vi a vegetação se recuperar do longo período de seca.
Entendi que embora haja dor, ainda há esperanças.
Se duas vidas eu tivesse uma seria tua se tu a quisesses.
Mas isso é ilusão, só uma vida tenho e não pode ser teu o meu coração.
SOFRENTE CANÇÃO
O tempo amarelou meu verso apaixonado
Porém, não afastou aquela ilusão sonante
Deixou o instante imaculado e no passado
De modo nostálgica a saudade sussurrante
E, cá, eu, pelas bandas desde meu cerrado
Com sensação no peito e emoção gigante
Tão distante, me vejo, num suspiro calado
Com uma faiscante aflição, tão devorante!
Que pena! Tudo parecia não ser engano
Teu olhar tinha o sonido dum suave piano
Trazendo aquele sossego para o coração...
Mas a poesia que aparentava mais sentido
Na privação o meu desejo tornou-se diluído
Em dor, em solidão e uma sofrente canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de agosto, 2022, 16’58” – Araguari, MG
Amor, Amor, Amor, para o que é que realmente isso serve absolutamente nada.
Todos nós desde pequenos que sonhamos encontrar alguém que realmente nos ame, encontrar apenas alguém que te dê valor, mas será queessa pessoa existe, que o amor existe ou é apenas tudo uma ilusão, gostava de saber o que é preciso fazer para encontrar o verdadeiro amor, quem sou eu neste mundo?? Acho que apenas uma alma perdida no meio de tantas outras que amam alguém ou simplesmente pensam amar.
Amor de ontem
As coisas novas merecem atenção,
O amor nunca é confuso no coração;
Mas o amor de ontem tem direcção
Bem cuidado não vira ilusão.
No mar das minhas ilusões,
você tem sido âncora,
me mantém estável,
segura, mesmo eu já
tendo naufragado.
Meu porto,
meu cais,
você.
CHATICE
mas que repetitiva chatice! Cá comigo
compor um amor sem eira nem beira
o qual tenho cantado, cheio de asneira
e sempre lamentando como um castigo
se penso que do coração digo, só digo
algumas baboseiras de dor hospedeira
nos versos de uma sofreguidão inteira
ah, como posso ser este meu inimigo
e mais que duas frases duma fantasia
de um sussurro na poesia sentimental
é a inspiração tão pálida e tão vazia...
e nem mesmo a sensação é especial
vem carregada de culpa e de utopia
sem alegoria, e sem o tal conto real!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 outubro/ 2021, 04’55” – Araguari, MG
UM FADO, POIS ENTÃO
Se, pois, então, és recordação
Uma ilusão que saudade gera
Lá por estar fundo no coração
O silêncio é bem o que ulcera
E essa sensação tão profunda
Não perece com a primavera
Dor que faz a prosa moribunda
Tristura que sempre se espera
E, eu sem amansar essa severa
Angústia, que me faz diminuto
Ao lado onde a sonho degenera
Fico a cada minuto a me abastar
Do teu nome, em um verso bruto
De um fado, pois então, a cantar!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18’08”, 16/10/2021 – Araguari, MG
Pt.saudações
Eu queria trovar, sem privações
Cantar o amor cheio de sensação
Não pastei sentido, nem emoção
Vivi na mesma, falto de ambições
E eu não fui um bardo do acaso
Se tive o choro, o riso e a paixão
Tive a afeição, uma outra razão
Problemas mais e mais descaso
E debaixo do medo me condeno
Da dor precária dum sofrimento
Sentimento presto e tão pequeno
Tentei ser romântico no plenário
Então, assim, em nada fui pleno
No romance, raso. Um solitário!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13’46”, 17/10/2021 – Araguari, MG
O tempo é algo esclarecedor, ele amadurece decisões e diminui a dor.
As ilusões se desfazem em mentiras ou verdades, mas sempre se desfaz.
O tempo que se foi não volta mais nem minutos, ou anos tanto faz.
Passou, morreu, se foi, fudeu...
O tempo me mostrou quem sou eu... ao morto reviceu, pois em qualquer agonia do dia a dia vem logo em mente minha sina, que ao tempo sobreviveu la dentro do meu eu, e vez por outra renasce...
O que me dá a ilusão de jamais ter sido um iludido é que nunca amei nada sem ao mesmo tempo odiá-lo.
Na incerteza desse amor
Me pego muitas vezes em dúvidas
Se eu te amo ainda mais, ou deixo de te amar
As vezes penso que esse amor é mera ilusão
E muitas das vezes a certeza de te amar invade o meu coração
Na dúvida de te amar ou não
A esperança e o amor que sinto por você
Vai muito além do coração.
Para me acostumar
a tua infinita ausência
engano o meu coração
dizendo que sei me virar
Então vêm músicas, lugares
ciúmes e planos
a me torturar
E é assim...
"Você jamais saberá querido,
a falta que você faz em mim"
"Tempo vem me enganar... No passado era lento, agora a me desafiar, mostra que estava correndo enquanto fingia vaguear; tudo o que perdi e o que deixei de ganhar."