Ilha
O cardume com peixes nadando em perfeita sincronia lembrou a moça que na vida muita coisa é por necessidade, seu amado podia detestá-la mas se eles ficassem presos em uma ilha deserta ambos viveriam como um casal. Se fossem regatados ele a deixaria, então ele a amava bem no fundo só não preferia estar com ela se houvesse outra opção.
Um Moai não é uma rocha vulcânica ou uma estátua. Eles representam o que há de melhor na vida. As suas pessoas queridas.
A noite está calorosa, num clima agradável, imersa na tranquilidade e eu admirando com atenção a luminodade dos teus olhos, um olhar repleto de charme, jeito carinhoso, o brilho da simplicidade presente no teu sorriso, um tom de felicidade, a maciez dos teus lindos cabelos longos, a suavidade aprazível do teu semblante, delicado, de traços precisos, apaixonantes, o espírito grato e entusiasmante de um fim de tarde, detalhes que levando em conta o meu imaginário poético remetem a um momento marcante em um lugar paradisíaco, uma ilha pouco frequentada, grandes coqueiros, um mar exuberante, profusamente vivo, fé e amor abundantes em uma bela paisagem à vista, emocionante, ondas de muita inquietação, uma movimentação bastante expressiva, um incrível pôr do sol alaranjado, então, sei que a tua companhia de fato é muito significativa, instiga a minha imaginação e assim, alguns dos meus versos inspirados ganham vida.
Incontestável viveza de um lugar primoroso, oriundo de um sonho, expressado numa tela, traços amáveis, formas singelas, uma ilha particular de cores românticas, nuvens formando uma bela pintura celeste, um mar intenso, movimentos contínuos, banhando algumas rochas, lindos coqueiros na parte alta, o vento agitando suas folhas, um manto gracioso das belas pétalas das flores rosas, o sol um pouco discreto, já se pondo, mesmo o tempo aparentando não passar, dessarte, o amor foi aplicado calmamente em cada canto, proporcionando uma arte singular, indício de uma rica essencialidade, paisagem que consegue inspirar, esbanjando a indispensável vitalidade do que é artisticamente amar.
Krakatoa, a Voz do Abismo
Em mares calmos, sob o azul profundo,
Repousa a fera, em sono a meditar.
Mas seu rugido abala todo o mundo,
O ventre rasga e o fogo vem dançar.
A terra chora em cinzas e tormento,
O céu se cobre em luto, escuro véu.
O dia foge, um grito corta o vento,
A luz se perde, a noite toma o céu.
Das ondas vêm muralhas que consomem,
A vida curva-se ao poder da criação.
Krakatoa, teus ecos nos renomeiam,
Lembrando o homem: frágil é sua mão.
Do magma surge o "Filho" a se erguer,
Das cinzas, nova vida a renascer.
Em Fernando de Noronha,
tem onda no ano inteiro.
É a casa do golfinho,
o seu dono verdadeiro.
Esse território urbano,
em solo pernambucano,
é arquipélago costeiro.
Os olhos um mar "vítreo"/
Onde se mergulha em olhares/
Despido de pura timidez/
Nadando loucas braçadas/
Até alcançar a ilha do coração!