Ilha
Do último cais que zarpei, só sobrou decepção e amargura. Resolvi deixar terra firme pois fiquei sem chão quando tudo acabou.
Levantei âncora e parti com meu barco de sonhos disposto a desembarcar na primeira ilha de paz que encontrasse.
Sem o mapa da felicidade e sem a bússola da esperança, foram dias e noites perdido navegando por mares de solidão.
Enfrentei muitas tempestades de desilusão e naufraguei em algumas delas. Em cada um desses mergulhos profundos, voltei à superfície mais corajoso e pronto para enfrentar novas tsunamis de dor. Mas elas não me afundariam novamente.
Deixei minha paixão conduzir o barco e me guiar por aguas desconhecidas. Foi então que avistei no horizonte, na direção do pôr do sol, uma terra misteriosa e inexplorada, mas de natureza exuberante e receptiva.
Foi ali, no lado esquerdo do seu peito, onde joguei minha âncora e desembarquei para viver feliz pelo resto da minha vida.
Parando de soluçar o pássaro começou a repetir uma palavra que Will não compreendeu.
- "Runa". Seria isso mesmo? Não. Era Karuna. Não havia a menor dúvida.
Levantando a mão trêmula, Will apontou para as frutas na cesta redonda. Mangas, bananas... Sua boca seca se encheu d'água.
Muros
Muros… quero construí-los.
Densas nuvens – para tudo ao meu redor escurecer… e tudo esconder.
Quero bloquear tudo o que vem de fora.
Aqui dentro minha alma chora.
Uma ilha me acena.
Quero sair de cena.
Até a eternidade dormir.
Ah! Tudo isso me faria tanto sorrir.
O visitante
A vinda de uma pessoa
é, de fato,
uma tremenda façanha.
Porque ele traz consigo
seu passado e presente
e seu futuro.
Porque a vida inteira de uma pessoa
vem com ela.
Uma vez que é frágil
E tenha sido quebrado (antes)
o coração vem junto.
Suas camadas o vento provavelmente será capaz de delinear,
Se meu coração puder imitar aquele vento
pode se tornar um lugar hospitaleiro.
Estrela Solitária
Cá estou eu
Como estrela solitária
entre nuvens e batel
navegando sozinha
pelos céus
içando minha velas
pelo ar
seguindo viagem a sonhar
cadê você... doce luar
para a minha vida alumiar
Karin Raphaella
É preciso aprender ser só
É preciso aprender
Ser só
Estar só
Não é o que queremos
Não é o que sonhamos
Mas se temos que passar por isso
Então façamos ser da melhor forma possível.
Em meus dias de ilha
Em tempos repletos de abismos
Visto a minha fragilidade do avesso
Para que a vida retorne aos meus olhos
Isso com muita sutileza
Para não ferir meu silêncio.
Careço também dele
Mas demarco fronteiras
Enclausuro a dor em lembranças.
E na brusquidão destes dias
Dou-me o direito de ser imensidão
Dou-me o direito der ser fenda
Para que escoe de mim
A aversão que sinto pela solidão.
Enide Santos 01/01/15
MÃE
DIZEM QUE RECORDAR É VIVER, ESSAS PALAVRAS TEM SEU VALOR. ARACAJU CAPITAL DE SERGIPE, LUGAR LINDO A JULGAR PELO TAMANHO TEM ARES DE CIDADE GRANDE DO INTERIOR, ERA UMA TARDE QUENTE E ENSOLARADA, EU E A MINHA MÃE ESTÁVAMOS A PASSEIO NA CAPITAL E APROVEITANDO PARA FAZER UMAS COMPRINHAS, QUE LUGAR GOSTOSO, QUANTAS PRAIAS, PRATOS, PESSOAS BEM RECEPTIVAS E BONITAS; PARAMOS PARA ALMOÇAR NUM RESTAURANTE INCRÍVEL ELE TINHA UMA VISTA SEM IGUAL, A SUA FRENTE ESTAVA O MAR E UMA ILHA MUITO CHAMATIVA, MINHA MÃE ENTÃO EXIGIU QUE FOSSEMOS DE BARCO NESSE BENDITO PARADISE, MAIS TEM UM GRAVE PROBLEMA EU NÃO ACEITEI O CONVITE, CONFESSO QUE SOU UM MEDROSO DE CARTEIRINHA NO QUE DIZ RESPEITO A MAR A DENTRO, RESUMINDO, FIQUEI NO RESTAURANTE Á ESPERA DA MINHA MÃE QUE FOI A ILHA E VOLTOU COM DIVERSOS PRESENTES E UM SORRISO QUE NÃO LHE CABIA NO ROSTO, AO ENTARDECER SEGUIMOS VIAGEM PARA NOSSA CIDADE E ELA FICOU ME ZUANDO O TEMPO TODO ME CHAMANDO DE CAGÃO, PIPOQUEIRO, MEDROSO, ETC. FOI UM DIA MUITO PRAZEROSO AO LADO DELA, QUANTAS SAUDADES EU CARREGO COMIGO DE DIAS COMO ESSE AO SEU LADO MÃE, VOCÊ FAZ MUITA FALTA NESSE MUNDO!
Sangue madeirense
Há mistérios na vida que não tem como se explicar
Um deles é a energia daquele lugar
Da terra onde essa energia circula em meu sangue, na minha genética
Na minha cor de pele, na força, no jeito, nos traços e personalidade
Todos induzidos por essa energia mágica que só conhece quem já esteve lá
Somos brabos, bravos, mas de coração mole
Lá chegamos, muitos saíram como desbravadores
Mas o lugar nunca saiu de nós, pois é a tal energia, que sem explicação
Move esta ação, de sentimento e paixão
Pela terra que não tem divisas
E seu horizonte, de visão eterna
Onde o azul do céu se confunde com o do mar
Onde há serra e mar
Onde todas as casas e lugares, tem vista para o mar
O mar, do mar, sim, somos do mar, tudo há mar
Piratas do bem, apaixonados pelas raizes
E orgulhosos, deste lugar
Muitos não conheciam este lugar que estou a falar,
Precisou de um astro, uma celebridade, o lugar divulgar
Mas nossa fama, já vem dos tempos
Desde curas a momentos
De grandes nomes da história e dos descobrimentos
Já conseguiu desvendar o tal lugar?
É uma ilha no meio do nada
Mas do nada, nasceu as belezas da vida
Da natureza, a realeza natural, a sua maneira
Bem própria, bem típica, divina e verdadeira
A nossa grande e pequena ilha da Madeira
Ele não era um homem idolatrado em seu mundo real. Ele precisou forjar em outro mundo a vida perfeita. Ele obteve sucesso. Amigos, família e amores profanos. Mas ele ainda não se sentia feliz, pois ele percebeu que comprar a felicidade não era isso que ele queria. Um dia o homem de ferro em uma de suas viagens pelo mundo, encontrou a mulher de papel que também não era feliz em seu mundo real. Juntos, eles criaram o paraíso perfeito. O amor nasceu em seus jardins. Ali brotou a flor do verdadeiro amor. Ambos se cuidavam e se importavam um com o outro. Eles foram beijados por todas as estações, mas ao fim do verão o amor do homem de ferro esfriou e derreteu toda a sua ilha. Suas flores desceram rio a baixo do mar. Sua casa foi engolida pela pelo chão. A mulher de papel permaneceu há dias sob a ilha vazia, na luz da esperança de ser resgatada pelo homem de ferro. Ela deitou sob a luz das estrelas e gritou com todo o seu coração. Suas lágrimas desceram por sua face e cobriu todo o seu corpo. Os versos e poesias de amor que ela tinha em si se desbotaram ao fim da noite de verão. O outono chegou e o homem de ferro retornou ao seu trono em seu antigo castelo, ele voltou para a sua felicidade forjada, pois ele tinha um amor maior pelo poder e tinha medo do amor real.
Vem pra cá menina franzina!Vem do jeito que tu és;vem para os braços de quem à sonha,encontra o corpo de quem te quer... oh! Pequena que me fascina,tem postura sabe o que quer;lhes prometo ser o teu anjo e faze-la muito mais mulher...
Morena de olhar sereno,que tanto me faz pensar;que os ventos nos traga paz e longas noites de luar,se tu queres também quero,morar na ilha de porchat...
Do alto daquele prédio,só ouvir os sons do mar,a brisa perfumando o corpo,oh! Deus! Tu me faz sonhar... Acordar de manhã sedo e vir pra sampa trabalhar;tão logo ao anoitecer pra ilha retornar;adormecer ao som das ondas e neste mar afogar-se...Este mar a-vilha é você!!!
Poesias que hão de caducar um dia
Ponto de ônibus
Brilha, estrela, brilha!
Brilha no azul do céu condenado
abraça o espaço/tempo e brilha
nesse agudo gueto urbano desalinhado.
Rasga o vento a face fria
dos sujeitos por hora tornados ilhas
em sinuosas filas aleatoriamente formadas
e organicamente organizadas.
Vagos olhos brilham
vago olhar, vaga... triste
sem referências e sem brilho
pela falta de nexo desse lugar.
Nuvens cinza vagam
num horizonte (azul) disforme
vagam os olhos perdidos
na vastidão deste vazio enorme.
Quando você estiver cansado em meio às lutas da vida, Vá para um mar lene, sereno, grande, mas seguro, onde você possa sentir que, apesar de pequeno, quão importante você pode ser neste universo. Homem nenhum é uma ilha, mas pode tornar-se um grande mar.
BOM DIA – 08/09/2017 – OÁSIS DA PAZ
Bom dia! Que possamos caminhar pelos caminhos do amor e divisar nos espelhos das águas a bondade. Que mesmo com as agruras do dia a dia, possamos encontrar a cada instante um oásis de paz, numa ilha de proteção que só Deus pode oferecer.
Hey cantor, toca aquela que fala de um dia!
Um dia eu disse que nao daria mais nada por um valor perdido!
Invalidou o meu oficio de trabalhar pra ser feliz!
Passei agora a mendigar o outrora , o improvável aprendiz!
Sou um andarilho perdido no encontro!
Sentado na mesa em pé no bar.
Nao aprendi a amar, só a aprender!
Me atirei no mar, me atirei pronto.
emergi na tua ilha .
queria eu nunca naufragar, meu barco é louco é de entrar na tua onda, maré!
Melhor dar ré e sair fora , hey garçom nao demora
Fica com a gorjeta , eu vou embora!
Meu amor chegou.
Um Moai não é uma rocha vulcânica ou uma estátua. Eles representam o que há de melhor na vida. As suas pessoas queridas.
Sinto que estou a definhar-me
Indo cada vez mais ao fundo
De maneira lenta
Tenho plena consciência e percepção do que se passa
Não me espanta esse fato, mas o fato de eu não me importar
Apenas observo, sou um expectador da minha própria vida
Percebo tudo ao meu redor
Reajo e ajo como o esperado
Porém aguardo ansioso a hora que eu possa sair de cena
Soa tudo tão estranho a mim
As mais simples interações
Os abraços, os cumprimentos, as apresentações
Nenhum homem é uma ilha isolada
Talvez eu seja
JAGUARAS
Aos meus amigos Jaguaras
Grande abraço de matilha
E nem depois da coivara
Jamais seremos uma ilha.