Ilha
Tipo ilha
Eu encaro sozinha
Ancorei em mim
Para me permitir
Ser completa,ser a minha própria peça que faltava
Sou quebra cabeça
Eu sei me desmonto
E sozinha, me permito me montar inteira
Males e Oceanos
Nesta ilha perdida em meio a males
E oceanos
Eu me fantasio de homem normal
Em meio a estranhos
Que fingem também,
A razão aparente
Da Inquietude das suas almas quietas
Que se perturbam
Ao silencio de olhares anônimos
E à voz noturna dos sapos e becos
E caminho em direção à lua
E é na solidão acompanhada da rua
Que ando certo da incerteza.
Em meio, medo do inferno
E em meio às mulheres nuas
Morenas, mulatas, Teresas
Eu busco seu jeito, sereno...
Com o orvalho que cai, escorrendo dos olhos
E distorcendo as estrelas
Que o dia embora apagado...
Apaga
Quando finalmente...
De terno e rude
Me visto de novo.
A infância de Herberto Helder
No princípio era a ilha
embora se diga
o Espírito de Deus
abraçava as águas
Nesse tempo
estendia-me na terra
para olhar as estrelas
e não pensava
que esses corpos de fogo
pudessem ser perigosos
Nesse tempo
marcava a latitude das estrelas
ordenando berlindes
sobre a erva
Não sabia que todo o poema
é um tumulto
que pode abalar
a ordem do universo agora
acredito
Eu era quase um anjo
e escrevia relatórios
precisos
acerca do silêncio
Nesse tempo
ainda era possível
encontrar Deus
pelos baldios
Isto foi antes
de aprender a álgebra
Minha Ilha
Visões, alimento,
caminho, único,
sincero, leal,
o teu amor é representativo, significativo, saudável é sinônimo de felicidade.
Tem quem procura respostas nos vulcões de uma ilha, e não vê na dimensão do mar que cerca essa ilha, as respostas complementares e essenciais para se entender as marés.
ILHA: Relevo de terra reclusa dia e noite
Mas não é uma depressão ao léu
De contínuo transforma as ondas e açoites
Numa serenata para o céu.
Se tece a palha nesta vida
Do barro molda o coração
Na ilha de Marajó se faz da arte o artesão
Palácios de fé, do Carmo e da sé
Ver-o-peso da paixão
O cheiro que sinto do teu paladar
Tem maniçoba, açaí e tacacá
"Nazinha" os teus filhos choram em devoção
A corda avança no meio da multidão
É gol no mangueirão, tem tecnobrega no paredão
Traz na bagagem sonhos de felicidade
É hora de gritar comunidade
Junta o povo de lá, com o povo de cá
Aqui tem Pará, o show vai começar
Aquele que humilha,
está na solidão de uma ilha,
no breu do seu eu,
na exaltação da sua ilusão!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Minhas duas cidades
Na Ilha Comprida a emoção
Em Iguape a razão
Na Ilha Comprida onde quero morar
Em Iguape sempre voltar
Na Ilha Comprida comprei minha casa
Em Iguape criei minha asa
Na Ilha Comprida vivo no mar
Em Iguape vivo a caminhar
Na Ilha Comprida passei minha adolescência
Em Iguape vivi desde criança
Na Ilha Comprida fiz muita amizade
Em Iguape também tenho amigos de verdade
Na Ilha Comprida passava o verão todo final de semana
Em Iguape tive uma vida bem bacana
Na Ilha Comprida tenho minhas melhores lembranças
Em Iguape as mesmas semelhanças
Na Ilha Comprida me sinto em paz
Em Iguape quase tudo me satisfaz
Na Ilha Comprida o céu é mais bonito
Em Iguape, porém tenho meu lugar favorito
Na Ilha Comprida sempre tive boa convivência
Em Iguape minhas melhores experiências
Na Ilha Comprida o mais lindo pôr do sol
Em Iguape é o meu farol
Continuo dividida entre minhas duas cidades
Mesmo sendo somente uma ponte as separando
Não consigo escolher só uma, de verdade!
Por isso, sempre sigo igualmente, as duas amando...
Não são as onças, não é a Ilha das Cobras, nem nossas aranhas, os dinossauros do Acre, ou os jacarés. O que torna nosso país perigoso é uma forca no pescoço que ninguém fala, ninguém escuta e ninguém vê.
A vida é uma ilha
cercada desaudade
A vida é uma pilha
com data de validade
E no fundo esse mundo
É uma grande crueldade
Ilha de pedra
Desesperou-se em fuga e remou forte, com muito peso de bagagem em tempestade naufragou
Flutuava sobre as águas inconstantes, adormeceu, o que sonhava em paz por instantes acordou
Não sabia onde estava, era frio incessante, doía nos ossos, sua alma amedrontou
O nascer do sol levava calor, sede, fome e esperança a quem se perguntava “quem sou?”
Não cessou seu inferno solitário, era muito quente, sua intensidade rugia e se desfazia
Não se pode ficar tanto tempo exposto ao sol, garganta seca, pouco gritava, pouco dizia
Neste mar de pedra não há abrigo que resfria, que agonia
Ali adiante haviam as águas e um vasto precipício de onde saltar
O medo das pedras afiadas exaltavam o grande risco de se detonar, machucar
O quão profundo e seguro seriam aquelas águas pra se mergulhar?
Quanto tempo sobreviveria ao sol a desidratar e queimar?
O impiedoso tempo indagava e obrigava uma escolha sábia tomar
Não se sabe como partiu
No fim desta história sabe-se apenas que foi o sol ou mar
Não somos uma ilha.
Nossas atitudes afetam as pessoas que estão a nossa volta. De forma positiva e negativa. Mesmo aqueles com quem apenas dividimos um espaço, seja ele um condomínio, uma rua, a cidade ou o país, podemos interferir na vida de quem partilha conosco esses ambientes.
Assim, se deixamos de seguir o regulamento do prédio onde moramos, causamos prejuízo aos demais condôminos e, consequentemente, ao convívio harmônico dos moradores; se não consertamos os buracos da nossa calçada, prejudicamos as pessoas que passam por ali; no âmbito da cidade, se sujamos os rios, estamos contribuindo para que, nos dias de chuva, haja alagamentos; se não cumprimos com o nossos deveres por exemplo, pagar impostos, votar, estamos deixando de dar a nossa contribuição para o bom andamento da sociedade.
Mas quando a ligação com as pessoas que nos rodeiam é de amizade (verdadeira) ou familiar, a responsabilidade sobre nossas atitudes é de outra natureza. Tudo o que fazemos, de bom ou de errado interfere nas pessoas de forma mais intensa. Se ficamos doente, preocupamos essas pessoas que querem nos ver bem de saúde; quando nos curamos, passamos alegria pra todos; os nossos sucessos contagiam os que nos amam, assim como nossas dificuldades entristecem os que querem nos ver bem.
Deveríamos fazer as coisas da melhor forma possível e evitar problemas, mas não só porque temos um compromisso com quem nos relacionamos. O maior compromisso que temos é conosco mesmo, ou seja , acima de tudo, temos que ter feito um pacto de boas intenções conosco, de forma que tudo que fazemos e como fazemos nos leve para frente.
Assim, procurar a sua felicidade, cuidar da sua saúde e fazer as coisas como precisam ser feitas é uma demonstração de amor próprio mas também significa amar os outros. Quem ama, quer dar o melhor de si e isso passa por essa questão de como tocamos a nossa vida, do que fazemos com a nossa saúde, com nos nossos recursos, etc. Mostrar nossas melhores habilidades e o melhor de nós, antes de ser vaidade, é uma demonstração de amor e de generosidade.
me sinto como uma Terra desconhecida
como uma ilha que ainda não conseguiram encontrar
não escrevo pra tentar ser poeta ou algo do gênero, escrevo porquê dói
escrevo porque a vida me rasga o peito
eu preciso ser decifrada, alguém tem de saber caminhar e conseguir sair do labirinto que existe dentro de mim
não sou um conceito, sou o silêncio encontrado em um enorme grito
O ARQUIPÉLAGO
Viajei pelo Atlântico
No meu barco a navegar
Encontrei uma bela ilha
Que passei a explorar
O lugar é um paraíso
Por isso o meu juízo
Foi pra sempre ficar lá