Igreja
Capa de chuva num dia ensolarado
porque, no altar, forte é a tempestade.
De acordo com o combinado,
os membros todos vestidos de ambiguidade.
Na igreja eles rezam, rudimentam-se e roem
suas próprias vísceras. Comida não há
e a sanidade os destrói.
As portas de madeira, lacradas. Lá
no céu, os portões enferrujaram.
“O altar está em chamas!
Socorro! Não quero morrer
tido como louco!”
“A água benta evaporou!
Deus, me perdõe
mas para o inferno sei que vou!”
E berram até perderem a voz
aqueles que não desmaiaram de pavor.
Morrerão, sim, todos. Nós
assistiremos tal sacro-divertimento sem respingo de dor.
Se ignorarmos os cupins em nossa casa eles podem acabar com ela. Assim também acontece quando ignorarmos os falsos mestres em nossas igrejas.
Há um século, todos conheciam os sete pecados capitais de cor. Hoje é difícil encontrar alguém que se lembre deles. Nós nos afastamos de Deus e da Igreja. A psiquiatria moderna, Freud, toda essa bobagem convenceu as pessoas de que a fonte de todo o mal é a falta de amor materno na infância. Como resultado, nos tornamos uma sociedade confusa que chama toda atrocidade de loucura porque é incapaz de saber o que é.
Amor e curiosidade pela complexidade dessa criação, e por esse Criador, cuja tinta foi seu sangue que destrói e salva mutuamente! De forma a recompensar cada um de acordo com o sigilo da alma! Para uns sua irá, para outros seu espírito...
Justiça incompreendida pelo homem que julga merecer seu espírito, e inquestionável pelo sábio que compreende a profundidade de um plano celestial na ação e permissão de Deus na injustiça do homem sobre o único homem que foi justo
Sola scriptura:
Se aplica a analógia de um médico, que dando um bisturi para o açougueiro pede para que este faça a cirurgia em seu lugar. O açougueiro com mãos trêmulas sem experiência, sabedoria e entendimento fará, mais não com exatidão, perfeição e capricho de um médico...
Não está em nosso poder arrancar o joio, mas está em nossas mãos não irrigá-lo para que continue a crescer.
Ser mãe é ser essência...
Seu substantivo já é no feminino porque é
Delicadeza!
Ela é aquela que já traz consigo uma semente e uma luz dentro de si...
O suficiente para existirmos.
Ser mãe é ser o início e o centro de tudo e de todos.
A mais importante.. .
Mãe é fé, igreja,religião, espírito.
Ela , nos dá o seu e coração e coloca´um outro dentro dentro de nós só para garantir caso ela falte blindando-o com uma alma e muito amor.
Ela é essência...
Ela é perfume
Ela é aroma...
Não tenho dúvida alguma de que elas sejam flor.
rojanemary 3
Um gesto de coragem, o torna um ser forte.
Um gesto educado, te faz uma pessoa nobre.
Um gesto de amor, o coloca numa posição mais humana.
Um gesto de sabedoria, te faz mais semelhante à Deus.
Um gesto de empatia, mostra que você vive próximo desse grande Deus.
Um gesto de servidão, demonstra que você compreendeu a vontade Dele.
Um gesto de compaixão e perdão, traduz que você contém seu selo e caminha por suas vias.
Um gesto de edificação, sem imposição às pessoas, diz que você entendeu o que é pregar o verdadeiro evangelho.
Um gesto de respeito, reflete que você compreendeu o que é viver em paz.
E para o Reino, a sabedoria, empatia, paz, amor, perdão, educação, servidão, respeito, humildade, lhe darão a luz que Jesus quer que você se transforme.
A Palavra "religião", é generalizadora de crenças, mas quando cita-se "religião", logo vem à mente de muitos o cristianismo;
Fé
Rauzi de Carvalho Pereira
Chegou bem cedinho a uma imensa Catedral em uma zona nobre, com fome, meio sujo, barbado, descabelado, assustado, curioso e maltrapilho, ficou admirando os incontáveis carros luxuosos pouco a pouco se arrumando no amplo estacionamento, era um interminável vai-e-vem de veículos, algumas buzinadas, alguns sussurros, alguns cumprimentos pelas janelas, boquiaberto ante ao tsunami de lindos carros e de bem vestidas pessoas. Deu-se conta da imensidão de pessoas e rapidamente adentrou a Catedral e timidamente sentou-se na primeira fila, sendo imediatamente notado por todos os fiéis que, naquele momento, já tomavam seus lugares, quase que cativos de tão repetitivos, sentiu-se um intruso, pois indistintamente todos o olhavam com certa ojeriza e suspeita, mas se manteve altivo, embora tímido. O religioso mor, um bispo, adentra, cumprimenta a congregação e inicia a liturgia, sem deixar de notar a presença daquela figura, que além de desconhecida era meio esdrúxula em comparação aos conhecidos e nobres fiéis da sua igreja.
Ao término da liturgia e do sermão, naquele momento, habitual, de leveza no templo, timidamente levantou bem alto, a sua mão. O bispo percebendo, volta ao microfone, e paciente, pergunta:
- Pois não, meu filho.
- “Seu” bispo, bom dia, meu nome é Zé e eu queria fazer uma pergunta, posso?
- Pois pode perguntar meu filho.
- “Seu” Bispo: eu acho que DEUS vem sempre aqui nessa igreja né?
- Claro que sim, DEUS está sempre presente aqui entre nós.
- E DEUS ajuda muito a esse povo, né? Porque vejo que a igreja é muito bonita, lindas janelas, bancos confortáveis, ar condicionado, o povo é bonito, bem tratado, bem vestido, lindos carros, me parecem bem de vida, não é?
- Pois é DEUS ajuda a quem trabalha e nele confia.
- “Seu” Bispo, eu queria fazer uma oração, mas quero fazer em voz alta, posso? Quero ter certeza de que DEUS vai me escutar como escuta a todos vocês.
O Bispo, meio desconcertado e desconfiado, olhou surpreso para a congregação que parecia assustada e curiosa e como não tinha jeito, concordou: - Por favor, peço a todos os irmãos que fiquem de pé e que oremos junto com o nosso irmão José, hoje presente entre nós.
Ele fechou os olhos, abaixou a cabeça, titubeou um pouco, mas tomou coragem e começou:
“- Senhor DEUS, hoje é a primeira vez que venho aqui, e por isso não sei se o Senhor me conhece, meu nome é José, José como o pai de Jesus, e moro lá no interior do sertão, lugar bem longe daqui, onde também existe uma igrejinha, muito pequenininha e pobre, que não se compara, em nada, a essa aqui, que não tem gente tão letrada, tão bonita, tão bem vestida e rica como esse povo daqui, mas que tem gente que também trabalha muito, que acredita e confia muito no Senhor, gente humilde que vai prá lida, ainda de madrugada para conseguir o sustento dos seus filhos, que anda léguas para conseguir um pote d’água ou para tentar estudar, que morre à míngua por falta de condições de saneamento, postos de saúde e também de falta de higiene, gente muito humilde, onde os últimos dos seus recursos são manter a fé e orar a TI prá pedir sua ajuda, por isso hoje eu vim aqui, porque ao chegar aqui e ver tanta riqueza e tantos recursos, cheguei à conclusão que, estes recursos, estão abafando as nossas preces em virtude da fraqueza e a desnutrição deles, e acho que porisso o Senhor não está nos escutando, e como não nos escuta, não nos atende.
Senhor DEUS, “Seu” Bispo acabou de me dizer que o Senhor está sempre aqui e acho que hoje também está, e que, como lá o Senhor, parece, não vai nunca, eu vim aqui pedir para que me ouça: - Por favor, quando o Senhor tiver uma folga ou um tempinho, dê um pulinho lá, nos faça uma visita, não temos nada a lhe oferecer nada de luxos como aqui, nem mesmo dízimos, mas contamos com a sua visita, não deixe que aquele povo sucumba ante a sua própria fé, acho que pelo povo daqui o Senhor já fez tudo o que tinha que fazer, nos dê agora, um alento, alguma esperança, alguma chance, desculpe a minha franqueza e me perdoe pela insolência e talvez blasfêmia, obrigado. Amém”
Abriu os olhos, olhou para o púlpito sem sequer notar o Bispo, parecia em transe, algumas lágrimas rolavam por seu rosto, dirigiu-se ao corredor central da igreja e começou lentamente a caminhar por entre os fiéis sem se aperceber que todos o olhavam surpresos, incrédulos e com lágrimas nos olhos, saiu da igreja colocou na cabeça o tosco chapéu de couro surrado e partiu, de volta, rumo ao interior do “seu sertão”.
O Padre não é um sindicalista, militante de partidos políticos. O Padre é o homem do Altar e do Confessionário.
Poucas celebrações litúrgicas são tão ricas de conteúdo e de simbolismo como a Vigília Pascal. O coração do ano litúrgico, do qual se irradiam todas as outras celebrações, é esta Vigília, que culmina com a oferta do sacrifício pascal de Cristo. Nesta noite santa, a Igreja celebra, de modo sacramental mais pleno, a obra de redenção e da perfeita glorificação de Deis, como memória, presença e expectativa”.
Acrescentando junto a discurso do autor acima coloco também as palavras de são Hipólito de Roma, quando ele exortava dizendo:
“Dissipou-se a densa e sombria noite, e a odiosa morte foi regalada à obscuridade; brinda-se a todos a vida, tudo transborda a luz imutável(...) E aquele nascido antes da aurora, grande e imortal, Cristo, resplandece para todos mais do que o sol. Por isso, nele alvoreceu para os crentes um dia resplandecente, eterno, a Páscoa mística.
"Quando Santa Teresa de Calcutá, a pedido do Cardeal Avelar Brandão, abriu uma casa de sua Congregação em Salvador (Bahia), ela disse: 'Eu levo (minhas religiosas), Eminência. Mas eu só lhe peço uma coisa: 'Bote para cuidar da gente um padre que não venha falar de Teologia da Libertação, nem questão social... Bote um padre que venha rezar com a gente. Ou seja, bote um 'padre-padre'"
Em muitas “igrejas” o amor solidário deu lugar a uma “assistência social” que será usada como propaganda e marketing para agendas de programas de poder político.
A despreocupação de muitos com relação a vinda do Senhor Jesus Cristo é inacreditável. Poucos são os que realmente estão prontos e anseiam por este momento. Você está preparado?