Ignorância e Felicidade
A ignorância é um poço de certezas, e a dúvida é a faísca da chama que incendeia a busca pelo conhecimento
Sempre achei que oferecer sacrifício aos deuses fosse fruto da ignorância de povos antigos, ou até de povos contemporâneos, mas igualmente ignorantes.
Hoje, parando pra pensar sobre isso, vi que não.
Quantas vezes eu deixei de fazer algo que queria, ou me penitenciei por ter feito, simplesmente porque era pecado. Não teria eu oferecido em sacrifício, a Deus, a minha vontade, em troca de um sentimento de bondade ou da esperança de um lugar no reino dos céus?
Isso sem contar as vezes em que ofereci em sacrifício, não a Deus, mas a outras pessoas, o meu próprio eu, em troca de uma relação mais duradoura e menos tempestuosa.
A oferenda de sacrifícios pode ser fruto da ignorância em alguns momentos, fruto de escolhas conscientes em outros e até uma prática antiga, mas definitivamente não é restrita a alguns povos. Todos, em algum momento, fazemos uso dela.
Se é inevitável que a pratiquemos, então, que a felicidade seja sempre o prêmio, nunca a oferenda dada em sacrifício.
[...]
Felicidade.
Para almas pueris, estado invisível e, portanto, inexistente.
Para almas rasas, estado abismal e, portanto, inacessível.
Mas existem almas (in)felizes,
porém (in)felizes,
por serem masoquistas. [...]
O "achismo" faz pessoas que nadavam no mar da felicidade, se afogarem na lama.
Achismo não é matéria pedagógica, nunca ouvi falar que quem acha tem certeza.
O achismo nada mais é que a desconfiança, a duvida do será?
Eu acho que estou sendo traído, Meu sócio esta me roubando, meu chefe vai me mandar embora, ela finge que gosta de mim
E é assim achando que gente fiel se torna traidora!!!
Por que existem imbecis felizes e gênios infelizes? – Refutando a falsa felicidade.
O fato é que a sociedade passou a atribuir seu grau de felicidade invariavelmente ao ter, ao invés do ser, tornando uma busca desenfreada e inútil. Ora, quando se busca o que não temos, o resultado será sempre insatisfatório, justamente porque só se busca aquilo que não nos pertence,
sendo essa busca, na grande maioria, quase nunca aquilo que precisamos, e sim o que apenas desejamos.
Quando obtemos o que desejamos, permanecemos temporariamente confortáveis, até que a próxima busca se inicie. Quando não obtemos, nada além do desapontamento nos cerca, ou seja, o que você julga felicidade,
não é nada além de apenas o desfruto de algumas alegrias ilusórias que estão sujeitas a constantes insatisfações. O mesmo se aplica em pessoas tolas que a busca em emoções superficiais, adquiridas através do álcool ou drogas, ouna mais lamentável, por via da ignorância.
Isso porque a verdadeira felicidade está dentro da verdade associado ao máximo de lucidez. Essa sabedoria está muito mais do lado da vontade que da esperança, mais próxima da ação que da fidúcia. Enquanto se espera por ela, não se é feliz. Já quando se é feliz, não há mais nada a esperar. Ser feliz é alegrar-se com o que é, e não esperar o que não é. O ideal é conhecer mais que crer. Amar e agir, mais que esperar e temer, porque a verdadeira felicidade não está lá fora. Está em você.
Os ignorantes falam barbaridades sem pensar na felicidade dos outros, porque não conhecem a verdade que apaga a sua ignorância.
Na vida haverão pessoas que vão nos amar, nos respeitar, admirar quem somos, como também haverão pessoas que não gostarão de nós, algumas vão nutrir ódio e outras vão simplesmente ignorar a nossa existência.
E tudo bem, isso tudo faz parte das relações humanas!
Eu tenho tentado, dia após dia, viver amando, respeitando, admirando ou simplesmente ignorando.
Não sei se essa é a receita para felicidade, nem sei se existe uma...
Mas sei que se não me trará felicidade ao menos tem me garantido um pouco de paz!
Dá uma medalha a um vencedor de uma competição e ele sorrirá e ficará feliz.
Dá-lhe uma garrafa de água em vez disso e ele agradecerá mas o que vê ele? Algo que ele pode comprar arranjar quando quiser com o dinheiro que tem e não dá valor a algo tão desprezável por o ver diariamente.
Mas afinal... Quanta ignorância?
Dá uma garrafa de água a um sem abrigo ou a um esfomeado abandonado e ele não sorrirá nem demonstrará expressão mas garanto que ficará feliz.
Dá-lhe uma medalha em vez disso e ele nada dirá nem compreenderá a tua atitude. Mas o que vê ele? Um objeto que nenhum significado tem para ele porque não o salva.
Este pensamento é básico e poderão dizer que nada tem demais... mas o facto é que a maioria da humanidade não se esforça para o mudar. Nós valorizamos sempre quem aumenta o seu ego e ignoramos quem o abandona. Será certo ou errado? As certezas e os erros são, e serão, sempre subjetivos, mas, no mundo em que vivemos, poderá haver tal ignorância e egocentrismo no mundo? Este é o futuro que queremos para nós? Será o futuro que, quem nos trouxe, quer para nós? Se sim... Eu não pertenço aqui.
A cultura é um ruido de fundo que não me deixa ver a vida tal como é. A cultura não faz ninguém feliz. Quero ser alguém ignorante, ou um camponês sábio que adivinha quando choverá e se deita e levante com o sol.
Talvez
a maior sabedoria,
prova de sensatez,
seja procurar não saber.
Talvez o maior ganho
seja aprender
a abrir mão de;
dar de ombro;
deixar pra lá;
escolher o que não ter.
O inimigo mais notável da razão, é o amor. Pois nele, encontra-se a única desculpa plausível para viver-se na mais completa ignorância, e ainda sim, sentir-se dono do mundo.
Em tempos de ódio, o ego pela ganância em busca de ter razão, afasta de nós a humildade de ser feliz.
Entre ter a razão ou não, pela ignorância alheia, acolho-me por ser feliz.
Muita gente hoje em dia apertou a tecla "foda-se" e deu as costas para as coisas certas da vida, dando liberdade para a ignorância a burrice e a falta de respeito.