Ignorada
- Aumenta o volume, por favor, ainda consigo ouvir o meu coração. Foi o que eu pensei em dizer ao Dj quando cheguei na festa, sozinha. Minhas amigas estavam lá, em algum lugar, mas por um motivo chamado você, isso não fazia a menor diferença.Pedi uma bebida quente. O garçom me deu mole e eu senti nojo. Da bebida e da cantada. Aquela era a primeira gota de álcool do ano. Desde que comecei a sair com você, não precisei mais de bebidas pra parecer louca. Um gole, dois goles e lá estava eu, dançando a minha música predileta com um desconhecido e com os pensamentos a quilômetros de distância. Ou melhor. Em mim, em nós dois.Ao som de Katy Perry eu soltava uns bons “Firework’s”, tudo pra comemorar – ou lamentar – minha liberdade. Eu pensava “Será que ele viu minha frase no facebook? Deixei bem claro que essa noite eu não seria eu”. Se viu, vai aparecer. Apareceu. Minha maquiagem já tinha ido para o espaço quando te vi passar. Eu me odiei por isso. Queria estar linda, intacta e cheirosa. Nos meus planos, você ia me ver e se aproximar, com o seu sorriso de lado e dar sem dizer nada, um daqueles seus abraços apertados que me faz esquecer de todo o resto. Você nem me viu. Disfarcei.Na verdade, eu queria ser forte o suficiente pra poder te empurrar na parede com um soco daqueles, bem na boca do estômago. Pra que por pelo menos alguns minutos, você sinta o que eu sinto toda noite antes de dormir.Minhas amigas estavam preocupadas comigo, e eu, com você. Quem era aquela do seu lado. Por que você sorri tanto quando está tão longe? Todo mundo parecia tão feliz, a festa toda piscava e girava, e o meu coração continuava latejando. Mais bebida, quem sabe passa. Eu queria te provocar. Queria que me olhasse.As horas foram passando, e você, com duas ou três garotas por perto. Amigas ou amantes, sei lá. Não importa. Elas não seu, e eu estou aqui. Deus do céu, o que aconteceu com a gente? Pra onde foram todas as promessas que fizemos? Nossa última briga te machucou demais? Por que você mão me fez parar a tempo? Era o que costumava fazer.Fim de noite. Alguns vexames e nada de você.Acordei hoje cedo rezando para que tudo isso tenha sido um grande pesadelo, e ainda, olhando para o telefone esperando você ligar. Minha cabeça dói, mas menos que o meu coração. Eu tô bem, mas continuo repetindo toda hora: Vem, me salva da vida sem você.
Ah, como tudo é complicado! Te amar me faz esquecer do tempo, mas eu me sinto ignorada por todas as vezes que te olhei e você me olhou com o mesmo olhar apaixonado, tornaram-se confusas, tenho dúvidas apesar de minhas certezas porquê não me vejo sem você, meu peito dói quando acordo e penso que talvez eu não veja você naquele dia, ou se eu ver vai ser por um curto período. Penso em você até quando eu não quero pensar, queria muito saber como tu pensas sobre mim, mas ainda não sei.
Você é um poço sem saída!
Garanto!
Meu coração está aberto para você que vem para ficar, quem estiver apenas com a intenção de passar, não pare! Mude o seu olhar, garanto que você será ignorada.
Prefiro ser uma flauta solitária ignorada por muitos a ser mais um entre inúmeros instrumentos numa orquestra regida por interesses sórdidos e inconfessáveis.
Ser a última escolhida para os jogos de escola, dói. Ser ignorada por todos, dói. Bater o dedinho do pé na quina do móvel, dói. Se olhar no espelho e não gostar do que vê, dói, e como dói. Perder a si mesma e não saber como se reencontrar, ou o que fazer da sua vida e sentir-se um estranho invisível nesse mundo, dói. Pensar que não é suficiente pra nada nem ninguém, dói. Sentir como se você estivesse caminhando por uma linha tênue e frágil á ponto de desabar á qualquer momento, dói. Se sentir ameaçada por todos á sua volta, dói. Cair e ralar o joelho, doi. Mas o amor, quando não é recíproco, faz coisa bem pior.
Me olhe com
carinho
e quem sabe um dia
você não possa ler essa
poesia
que mesmo sendo ignorada
é pra você
minha amada
E a ignorada de hoje vai pra você que prefere ser uma pessoa banal por ser mais fácil do que ser dar ao trabalho de ser uma pessoa com conteúdo...
Eu achei que família era tudo . Até o dia em que fui ignorada por todos , por ter opiniões e opções diferentes.
Moral : CHEGUEI A CONCLUSÃO, QUE FAMÍLIA PODE SER TUDO SIM , SE CADA UM COMPREENDESSE AS ESCOLHAS DOS OUTROS , E MESMO SEM ACEITAR , PUDESSEM RESPEITAR . Pois acredito , que quem ama NUNCA julga ?! Pelo contrário , família da colo, conselhos , e ao invés de julgar .. A família da forças ..
Theodora estava sentada no fundo, sendo ignorada por todos, menos pelo professor de português, que esperava dela respostas para a maioria de suas perguntas, mas hoje não era o dia. E uma das poucas pessoas que via isso em seus olhos era eu professor, ele sabia respeitar espaços.
Enquanto as coisas aconteciam, ela viajava. Ia para um lugar só dela, onde ela conseguia reproduzir o que quisesse. Ia para o seu íntimo, e imaginava ele lá. Sentado no sofá vendo televisão, ou deitado na cama em frente ao notebook. Aquele cara era a razão dos seus suspiros apaixonados nos últimos tempos. Por falar em tempo, quanto tempo fazia que ela não via aquele rosto. Era o mais lindo dos rostos que ela havia visto em toda vida.
Vagava um pouco mais fundo e imaginava a luz do sol entrando pelas janelas da sala de estar ou do quarto. Janelas que ela só conhecia por fotografias, mas que conhecia, e ajudavam a manter vivo em sua mente aquela pele morena recebendo luz do sol e irradiando brilho. Havia esquecido a voz dele, e detestava isso. Chorava de raiva por ter esquecido, e por ter uma mente tão falha.
Algo tão torturante e perturbador quanto ser ignorada por alguém, é ignorar; já fiz isso, agora vou deixar que façam isso comigo. Porque afinal, o mundo não tem fim, ele apenas gira.