Iemanjá, protetora dos navegantes. A divindade que acalma as águas turbulentas e guia os corações. O oceano de amor e compaixão que transborda em bênçãos! Seu dia é comemorado em 2 de fevereiro. Apresentamos frases e mensagens para aumentar sua conexão com a rainha do mar.
Ela mora no mar! Axé, Iemanjá! Suas ondas sagradas carregam a esperança e a proteção aos filhos do mar.
Nas águas serenas do oceano azul, Iemanjá baila ao som das marés, seu manto de amor e proteção envolve os corações, trazendo paz e renovação.
Saravá, Rainha do Mar! Minha linda Dandalunda! Que sua luz divina guie nossos caminhos e traga a paz aos corações aflitos.
Em cada maré que se ergue e se acalma, Iemanjá nos lembra da essência da vida, da harmonia que se encontra na dança das águas, e nos convida a navegar em sua proteção e amor eternos.
Nas águas serenas do oceano azul, Iemanjá baila ao som das marés, seu manto de amor e proteção envolve os corações, trazendo paz e renovação. Salve minha mãe Marabô!
Com a benção de Iemanjá, encontramos a força para superar as tempestades da vida e navegar em águas tranquilas.
Das águas salgadas de Iemanjá
Me purifico
Desnudo minha alma
Entrego-me
Encanto com as cores e sons...
Quando em mim ecoa seu choro, dos meus olhos suas águas transbordam.
E do seu canto, não resisto, danço
Minha mãe das águas
o porto seguro para meu coração.
De toda a imensidão do planeta, só quero estar nesse mar belo de Iemanjá, Iracema, Otelo. Mar de perfeitos sonhos, folclores, tesouros e viços. Mar dos nautas, vikings, corsários e navegadores fenícios. Mar de amores lendários, imaginários, antigos. Amores concretos, ambíguos e de interminável poesia que em toda alma habita.
Tributo aos guardiões do planeta!
O mar, palácio de Iemanjá, não é tão somente um receptor das águas de vários rios. Ele capta por esses rios, moradia de Oxum, os fluidos que vem carregados das energias das matas onde reina Oxossi, dos gêiseres que trazem vibrações das salamandras que vivem no fogo central do planeta, capta as energias das rochas que transforma em falésias, das águas que escorrem dos maciços. que são a base para os pés sagrados de Xangô! E enquanto em suas profundezas,com o trabalho das Ondinas sob o comando da Mãe D'água, as impurezas que para ele são levadas pelos caminhos fluviais são aniquiladas, Inhasã com seus raios de altíssimos megatons, queima os resíduos que evaporam! E quem olhar em noites de tempestades para a praia, verá entre as brumas o vulto de Ogum beira mar, fazendo com seu exército um cinturão de segurança, para que as forças infernais, tremam de pavor, mantendo-se longe da
reciclagem divina, que a nós voltará em forma de abençoadas chuvas!
Um dia o oceano inchou pela tempestade,
Iemanjá reuniu as águas de seus vários rios.
Orgulhosa de invadir tudo,
marchando para a conquista
neste vasto universo;
Uma voz levantou-se do meio das tempestades,
e Oxalá, com tantos testemunhos sofridos, agitou as ondas em grande tormenta. Assim, quando, atormentados pela raiva impotente,
os soldados da injustiça, ameaçados por um naufrágio,
comandavam o navio negreiro. Em nome do Reino da liberdade,
uma mulher, pairando sob o templo da suprema eternidade,
com a ajuda dos Orixás, regou com suas lágrimas as sementes da cura.
Curou as feridas abertas dos escravos, cobriu o lamento com seu canto triste, e o vento soprava o choro.
Georgina, a filha dos Orixás, uma heroína.
Os gemidos da África acordam seus filhos
com dificuldade.
As algemas cantam o lamento da solidão, seus campos de trabalhos forçados clamam o fim da escravidão.
O mar balança os grilhões,
e isso traz o ruído que irrita seus filhos.
Em uma casa branca...
De telhados cinzentos...
Grande portão de madeira...
Eu me vi ali dentro...
Uma bandeira alva...
Bem no alto tremulava...
Silêncio respeitoso...
De yawôs que ali estavam...
Sobre a esteira - eni...
Um ancião sentado ali...
Sagrados objetos de Opon-Ifá...
Pude bem observar...
O jogo estava pronto...
Era hora de Orumilá falar...
Tinha já hora marcada...
Muito queria saber...
Tantas perguntas...
Para o babalawô responder...
Abanou-se com o irum-kerê...
E os okins foram jogados...
E maravilhado...
Pude ver...
Ifá começou a falar...
Odu manifestou...
Traçado singelo escrito...
Cheios de significados...
Se revelou...
Agora já era sabido...
Qual destino era meu...
O que eu tinha a fazer...
Que atitudes a tomar...
Me banhei de ervas frescas..
Alecrim e mangericão...
Arruda, guiné...
Erva tostão...
Então comecei...
Com minha grande jornada...
Em grande encruzilhada aberta...
Com farofa e aguardente...
Exu invoquei...
Pedi licença e segui adiante...
Para trás não mais olhei...
Seguindo caminhada...
Pela longa estrada...
Ogum gritei...
Que me desse bons caminhos...
Em minha jornada...
Se eu tivesse inimigos...
Que a vitória me fosse dada...
Na beira da mata...
Odé estava lá...
Se eu quisesse a fartura...
Ele poderia me dar...
Me aconselhou a ter persistência...
"- Tudo tem que ter paciência...
- Um bom caçador - avisou...
- Tem que ter prudência..."
Moedas e fumo de rolo...
Com Aroni pude barganhar...
Somente assim...
Ossãe poderia me ajudar...
A fronte no chão bati...
Paó ecoou...
A terra tremeu...
Na rachadura...
Omulu apareceu...
Em meus braços e tornozelos...
Amarrou palha da costa...
Força me seria dada...
Eu venceria...
Não conheceria a dor da derrota...
Também eu teria...
Saúde e paz...
Me prometeu o senhor da terra...
Que não me abandonaria jamais...
Então ao meu encontro veio...
Um poderoso rei...
De cabelos trançados...
Todo garboso...
Do trovão o poder...
Tamanha foi a visão...
Diante de sua autoridade...
Me prostei...
Sua voz poderosa...
Grande e forte brado...
Empunhando dois oxês...
Dois machados...
Usando esplêndida coroa...
Tirou de sua cabeça...
Colocando em minha mão...
Justiça sendo feita...
Com toda precisão...
Era Xangô...
Que ordenou a Oiá...
A todos os maus eguns...
Afastar...
Forte vento soprou...
Levantando muita poeira...
O céu relampejou...
De imensa beleza...
Iansã os chifres de búfalo me deu...
Toda vez que eu precisasse...
Era só por ela chamar...
"- Filho...Agora você também é meu..."
Me levou na cachoeira...
Onde a mãe do ouro se banhava...
Tão linda me encantou...
Oxum também me presenteou...
Pequeno seixo branco...
Tirada de seu adê...
" -Leve contigo esse seixo...
- Em hora certa saberá o que fazer..."
Mãe me alimentou...
Com a caça de Logun Edé...
Matou minha sede...
Me deixando ali ficar...
"- Durante o tempo que você quiser..."
Porém, não era essa minha intenção...
Por mais assim quisesse eu...
Carinhosamente me indicou...
Segui o rio abaixo...
Que era seu...
Ondes as águas eram mais bravas...
Obá eu encontrei....
Valorosa guerreira...
Disposta a me guiar...
Me levou para a lagoa de Ewá...
Em lago plácido entrei...
Para a menina deusa encontrar...
Com Oxumarê a donzela brincava...
Junto às águas sagradas...
Da lagoa encantada...
Flores rosas eu ganhei...
E a grande dã ofereceu...
Comigo cruzar o firmamento...
Às águas de Iemanjá...
Poderia me guiar..
A grande mãe já me esperava...
Em seu palácio submerso...
Feito de corais...
Montanhas de ouro...
Navios naufragados...
Eram seu tesouro...
Me mostrou todo o okum...
Nosso berço ancestral...
Aonde ela aprisionava...
Todo e qualquer mal...
Em barco de espuma naveguei...
Ao encontro da nossa origem...
Junto a mim...
Levando os presentes que ganhei...
Seria bem recebido pela grande senhora...
Dona da fatídica hora...
Conheceria a grande Nanã Buruquê...
Anciã de grande respeito...
Morava em casa de barro e estuque...
Já estava assim tão perto...
De tudo esclarecer...
A mais idosa...
Senhora do mistério...
Carinhosamente me recebeu...
Me indicando o caminho...
Antes me aconselhou...
Às Iamins não ignorar...
Sem a precisão delas...
Ninguém poderia me auxiliar...
Oxumarê que ainda...
Junto a mim estava...
Me guiou pela terra...
Das grandes águas paradas...
Então chegando ao cume...
De uma grande montanha...
Estava ali quem eu tanto procurava...
Dando fim a minha campanha...
Ajalá...
O grande orixá...
Moldador de todo ori...
A quem eu deveria...
Que de Oxum ganhei...
Entregar o okutá...
Olodumare então sorriu...
Olorum ficou em festa...
Todo o mundo tremeu...
Tal qual palmeira ao vento...
Ergui minhas mãos aos céus...
Fazendo meu agradecimento...
Pela dádiva recebida...
Reforçando meu comprometimento...
Agradeci a Ifá...
Agradeci a Orumilá...
Pedi a benção a Oxoguiã...
Beijei a mão de Oxalufã...
Me deitei aos pés de meu senhor...
Ododuwá...
Meu odum estava completo...
Meu destino se cumpriu...
Meu coração em paz...
Minha alma floriu...
No mar, não tem só Iemanjá
Tem pensamentos a mil
Tem saudades eternas
O mar que molhava meu rosto
Meu rosto que agora molha o mar
Iemanjá me perdoe
Mas divida comigo
Esse imensidão azul...
não sou Iemanjá
aliás estou anos luz de distância
de ser como a rainha do mar
sou somente a rainha
das águas impuras
imundas, que banha o meu ser
os meus pensamentos
e sentimentos indignos
do meu amor
do meu prazer
da minha dor
de todo o meu caos
nasce uma flor
sento em meu trono
minha coroa é feita
do próprio espinheiro
que sempre dará um jeito
de me recompor
de refazer a minha vida
fechar as feridas
do que sobrou da falta de amor
e filtrar o coracao e os sentimentos
me lavar nas águas do Senhor
me limpar da negatividade
tentar fazer um milagre
e me devolver a felicidade
que há muito eu empurrava
para as ondas levarem
pra bem longe da minha pessoa
e que agora trouxeram
estou bem feliz
rindo a toa!!!
e não é que Iemanjá existe
livre, nas águas do mar
linda, em seu doce cantar
escultural, em seu corpo balançar
traz amor e um terno olhar
aos devotos que queiram acreditar
na sua música, oh sereia do mar
chega na maré que vem e vai
arrasta toda negatividade
pra bem longe da terra
e faz em nosso coracao pousar
as estrelas do céu, que vem para brilhar
iluminar nosso dia e nossa noite
e em seus braços repousar
nos banham com a luz do luar
e nos ensina a amar
de dentro pra fora
a nós mesmos
e ao Deus do universo!!!