Identidade
A grande diferença de quem abraça em verdade o trabalho nas esferas criativas, educacionais, artísticas e culturais é que independente do retorno financeiro, das regras do mercado e do engajamento em emprego, o trabalho não para. Não é possível estacionar nem por poucas horas a sensibilidade constante que movimenta em ação, hiper-atividade e sede de experimento o pensamento. De certa forma por isto que cada qual em sua direção, interesse e plataforma sem dizer diz que o trabalho passa a ser o principal regente do trabalhador.
O ser histórico do bem e do mal dificilmente morre pois com tempo parte de sua doutrina mesmo que adaptada ou distorcida reaparece por meio de seus seguidores, aproveitadores e admiradores.
Toda posterior criação muito feliz nas artes plasticas e visuais via de regra demanda de todo um trabalho de observação, sintonia e elaboração mental antes mesmo da escolha criteriosa da plataforma, suporte, materiais a serem acrescentados como aliados ou dificultosos da execução. As mais felizes obras de arte são imaginadas, executadas e solucionadas em primeiro plano na mente do artista. Existe sim espontaneidade mas diante do possível criativo.
Sem investimentos na educação, na arte e na cultura, mata se a verdadeira liberdade e a soberania das escolhas, ficando bem mais fácil a dominação por qualquer um para qualquer direção, sem incomodas resistências.
O preto é covarde quando não busca sua própria negritude assim como o branco também o é, quando se afasta da sua própria "branquitude", a cultura de cada seguimento étnico e histórico é o passaporte mais digno, para o ser diferente fortalecer sua própria identidade e encontrar sua humanidade comum dentro da imensa universal diversidade.
Todo poder politico democrático é emanado por um povo livre, assim como todo apostolado de civismo, soberania, identidade e patriotismo, também o é, desde que toda a sociedade civil unida por verdade, torne se participe.
Construímos nossa satisfação de vida, quando temos a oportunidade e a felicidade de bem administrarmos, nossos naturais talentos.
A arte popular e seus festejos são a base de nossa cultura brasileira, cabe a qualquer governo cultural, criar programas para registro, incentivo e a promoção nacional para novas gerações.
Em cultura, não existe fim, meio e nem começo, tudo que engloba os saberes novos e ancestrais são partes importantes da identidade cultural de uma nação, passado, presente e sonhos futuros, a realidade cultural nunca é estática, está sempre em movimento mesmo que para frente e para trás.
Acredito bem mais em um Conselho Brasileiro Indígena, com representantes de todas etnias indígenas sobreviventes, do que a falsa e corrompida politização partidária populista de alguns indígenas, que em geral perdem o foco, suas lutas, identidades e passam ocupar um lugar marginal, entre o original e o politico. Pois não são mais nem indígenas e nem homem branco.
Quem é de Marte é de Marte mas quem é de Arte vive generosamente fazendo arte sem parar em todo o lugar.
A educação e a cultura em fusão são o forte cimento que alicerça a argamassa estrutural de nossas diferentes e diversas colunas de identidade para a sustentação da verdadeira liberdade, da soberania, da democracia e da unidade, diante da vasta nação brasileira continental.
A arte, a cultura e o patrimônio no Brasil ainda é um vasto oceano bravio por causa de teóricos vaidosos chancelados navegantes distantes da realidade.
Não existe prova maior de ignorância e idiotice quando um punhado de analfabetos arrogantes equivocadamente abandonam e apagam uma secular tradição por uma frágil situação.
Infelizmente devido ao negligenciamento e sucateamento das politicas publicas brasileiras dos últimos governos pode se afirmar que hoje o estado cultural agoniza, o patrimônio artístico desfalece pois sem educação não há arte e cultura, no máximo uma perversa maquiagem pela industria mercadológica menor do entretenimento que favorece escolhidos.
Limites Essenciais: A Jornada do Auto-respeito
A vida me ensinou que havia limites para tudo e que eu não podia ultrapassá-los.
Assim segui, extremamente cautelosa e obediente.
Mas nunca me disseram que meus próprios limites também precisavam ser respeitados.
Que dizer “não” ao outro seria, na verdade, honrar o limite mais importante de todos: o meu.
Que meu limite de tolerância precisava existir.
E que ser permissiva demais seria permitir que me invadissem constantemente.
Desrespeitar meus limites me custou um acúmulo de exaustão emocional, ressentimento e ansiedade,
além de uma perda gradual da minha identidade.
Ao ignorar minhas próprias necessidades, acabei me diluindo e perdendo o equilíbrio que tanto precisava para cuidar de mim.
Aprendi tarde, mas aprendi: meu limite não é um convite para ser testado.
Apaixonada pela vida, desistir não faz parte, uma emoção a cada página vivida, vê a beleza de todas as suas fases, seja durante ou depois, entre encontros e despedidas, ela se apaixona na medida certa da sua própria essencialidade e se não se apaixonasse, já não seria ela mesma, perderia infelizmente a sua valiosa identidade.
Dualidade Unida
Nasci na Alemanha, num pedaço de terra que acolhe e cuida. Filho de pais portugueses, trago comigo as raízes profundas de uma pátria distante. Sim, amo dois países. Um foi mãe, outro é pai. E assim, cresci entre dois mundos, onde o patriotismo não se anula, mas se completa, como as estações que se sucedem, cada uma com a sua beleza.
O melhor de ambas as culturas marcou a minha educação, tal como o sol e a lua marcam o dia e a noite. Da Alemanha, aprendi a ordem e a disciplina, o respeito pelo tempo e pelo espaço. De Portugal, recebi a alma poética, a saudade que me abraça e a simplicidade das coisas.
Guardo ambos no meu coração, sem conflito, sem divisão. São como duas árvores que crescem lado a lado, as suas raízes entrelaçadas, as suas folhas tocando-se ao vento. E assim, sou inteiro, sou completo, porque levo comigo a essência de dois lugares que me formaram e me fazem ser quem sou.
O que conta de verdade é o que permanece quando os rótulos se desfazem — e eu permaneço, igual a mim mesmo. A única certeza que tenho é a essência do que sou.