Identidade
Você sabe o que é um arlequim? A função do arlequim é servir. Ele não é nada sem um amo. E ninguém liga a mínima para quem nós somos além disso.
Estamos no comando. Nós decidimos quem vive e quem morre. E as tais pessoas normais aceitam que há um preço por isso. Mas há certas coisas que não fazemos. Para permanecermos quem somos.
A verdadeira questão é: você pode amar o verdadeiro eu? Não a pessoa perfeita que quer que eu seja, não a imagem que tinha de mim, mas quem eu realmente sou.
O verdadeiro ser de um homem está escondido atrás da parede de carne e sangue dos olhos de todos os outros, incluindo dos dele próprio.
Penny acreditava de todo coração que havia momentos – instâncias cruciais – que definiam quem alguém seria. Havia pistas ou sinais, e você não queria perdê-los.
Você pode se distanciar de algumas dores, mas uma dor de cabeça se dá exatamente na essência do que somos.
Pra ser outro, há que se olhar em volta e duvidar de si e ensaiar mudar. Há também de se gastar o que se é e oferecer o que se tem.
Privacidade não é sobre ter algo a esconder. É sobre ter algo para proteger. E esse algo é quem você é. É algo em que você acredita. É quem você quer se tornar. Privacidade é o direito de si mesmo. É o que lhe permite compartilhar com o mundo quem você é nos seus próprios termos.
O humano tende a associar seu Eu com qualidades, posses ou mesmo títulos. Por isso, quando se põe em dúvida um feito, pensamento ou ideal de alguém, mesmo que distante do ideal real, é como atingir uma parcela da identidade que se percebe. Quando se tem o nome associado a algo, mesmo que sem influência no resultado final, a vaidade faz nascer a disposição para defender esse algo com unhas e dentes. Está aí a dificuldade do diálogo racional, sobrepor a percepção de identidade própria com a dissociação do indivíduo de suas partes, que só são uma parcela distinta da formação do ser.
Ela se finge de durona pois sabe que é fraca. Ela faz o possível pra ficar só, porque sabe que ninguém quer ela por perto. Ela tenta esconder suas lágrimas porque já chorou por anos. Ela tem um jeito único de mostrar as pessoas que você é importante. Ela tem o dom de trazer a felicidade por onde passa e tirar sorrisos inesquecíveis. Mas ela também tem seus espinhos, que se você interpreta-la mal pode acabar com sua vida. Ela sente medo, pois sabe que pode perder tudo o q tem a qualquer momento. E faz de tudo para que a vida das pessoas ao seu redor se torne mas suportável. Mas afinal, Quem é ela?
Sabendo quem sou, me torno estrangeiro no mundo, e os homens não mais me reconhecem.
A eles eu não pertenço, e é por isso que agora sou outro.
Em qualquer país onde a cultura fica relegada a segundo plano, está em segundo plano e desvalorizada a identidade de um povo, o referencial de uma nação
" Se faz produto sob encomenda, mas não arte. Arte é uma coisa diferente. Arte é aquela coisa que toma os seus olhos tanto no dia comum quanto nas horas dedicadas a ela, é uma coisa que vem sabe Deus de onde e que expõe tanto seu criador que na maioria das vezes, gera vergonha da exposição. Quando afirmada, gera o maior dos orgulhos – antecedido pelo frio na barriga mais único do mundo. É o paradoxo da segurança e do risco. É mais que algo a se fazer, é uma identidade inata. Ninguém escolhe, mas é. Pode fingir ser, mas só quem nasceu sendo, é. Pode achar que não é, mas é. Pode não exercer como a Beyoncé ou fazer sucesso como Clarice – mas ainda assim, é. Mesmo que os pés estejam longe da pista, as mãos longe do papel, a voz aquietada e deixada em stand-by. Ainda é. E vai ser, para sempre. "