Ideias
Para um debate ter resultado, não se deve cristalizar um pensamento, o mesmo deve ser mutável, maleável ao conhecimento!
"Alquimia do Sol e da Lua"
No silêncio da noite, onde as estrelas desvelam segredos,
desço pela espiral do meu próprio compasso interno —
um rio de sombras que canta, em seu fluxo,
a melodia das constelações que dançam em meu peito.
Aqui, na floresta da minha essência,
cada passo é um verso, cada respiro um chamado ancestral.
Conhece-te, murmura a lua entre os véus do tempo:
a luz que te veste é irmã das trevas que te moldam.
Não há aurora sem o colo silencioso da noite,
nem estrela que não guarde, em seu silêncio,
um abraço de ausência, pronto para florescer.
Minhas mãos, agora pássaros de cicatrizes e esperanças,
mergulharam no oceano do meu próprio mistério —
encontraram pérolas que brilham com a mesma água
que banha os sonhos das montanhas e dos ventos.
Somos feitos de fogo que dança na ponta dos dedos,
de asas que só se abrem quando aceitam o vento que as dobra.
Oh, peregrino do espelho, não temas o reflexo que tece sombras:
é no solo do desconhecido que a semente da verdade germina,
é no vazio do silêncio que a sinfonia do ser se compõe.
Cada lágrima escondida no subsolo da alma
é um verso no poema que a vida inscreve
para lembrar-te: és o trovão e a brisa, o peso e o voo.
Vejo agora — como se meus pensamentos fossem estrelas cadentes
riscando perguntas em um céu sem respostas —
que a luz que me guia é a mesma que me desnuda,
E a sombra que me envolve é o abraço suave que me acolhe.
Não há fronteira entre o céu e o chão,
apenas um jardim noturno onde ambos se entrelaçam,
raízes e galhos da mesma árvore cósmica.
Então deixa que tua alma converse com o invisível,
que teus olhos brilhem no escuro como vagalumes.
O autoconhecimento é a chama que não queima,
mas derrete as algemas de gelo que paralisam o rio.
Somos o encontro da semente com a tempestade,
o instante em que o medo vira farol,
e o silêncio, prece.
Ao final da jornada, quando o sol dançar
dentro das raízes que um dia se creram secas,
beberemos o néctar doce-áspero de sermos completos:
nem luz, nem treva —
apenas vida,
costurando horizontes
com os fios prateados e noturnos
da nossa própria, terna escuridão abraçada.
Poema escrito por: Brendon Siatkovski
Acredito que o ignorante tem mais possibilidade de usufruir de maiores oportunidades de estar feliz, pois a sua falta da luz do conhecimento, não o deixa ver para além da sombras que a vida lhe projeta, como os loucos, se comparado aos primeiros, suas oportunidades são ainda maiores, pois além de não olharem para essas sombras, eles não regidos por qualquer tipo de padrão social, pois vivem conforme suas ideias.
Vivemos uma era da escuridão entre luzes,
onde os caminhos iluminados,
não conduzem ao clarão das ideias,
mas às trevas da ignorância.
Em necessidade, a grandeza é formada por muitos mínimos, a simplificação de sua quantidade é o mínimo de outra grandeza, eis a qualidade.
Posso ser leve como uma pluma,
Ou pesada feito bigorna,
Depende de como você interpreta meu senso de intensidade.
O amor,
Não é feito sob imposição,
Do coração ele é ladrão,
Simplesmente acontece e é leve,
Se um dia se tornar pesado,
Fardo,
Torne-se em copo,
Bebendo o gosto amargo da distância, Vento que trás o tempo cura,
Dá lugar ao reinicio,
Retorno do Eu,
Recomeço.
*O muro*
O muro, se eu pudesse falar, diria:
Sou uma tela em branco.
Sou o lugar do artista e suas ideias
Não separado, interajo.
Não julgo, suporto.
Sou parado no tempo, mas através de voce, posso registrar esse tempo.
Pode pintar, descrever, se expressar.
Estou ali para ser a arte e não para ser o desgaste.
Não pertenço, sou de todos!
Do branco, do índio, do negro, do rico e do pobre, dos homens, das mulheres, enfim, de todos os seres.
Quando branco, sou sua mente, vendo a imagem sendo criada. Quando as tintas do grafite me permeiam, sou a ARTE, única. Sou a vida, que poeticamente se desnuda.
O muro disse o que sentia. E agora ele pertence a todos nós!
Quando estamos misturados, torna-se bem difícil percebermos quem são as coisas e quem são as pessoas. Quando estamos numa área segura, torna-se mais fácil percebermos diferenças em quem se aproxima. Daí, vêm falsas ideias de que sabemos do outro.
Neste mundo, algumas pessoas nasceram para destruir, outras para proteger, mas algumas, e estas são especiais, nasceram para criar.
Outrora o passado não nos incomode tanto, e a ânsia do futuro não nos acomode. Planeja-se, estranha-se, e adentra-se pelas entranhas da mente, moldando-se conforme novas ideias, tão antigas que se dão ao esmero de serem reinventadas.
Como as ideiais só podem existir em pensamentos nececita-se de um organismo para torna-lo vivo.
Quando o organismo se torna maior do que o ideal ele sente a nececidade natural humana de evoluir o ideal, porém uma "mini-megalomania" corrompe a evolução dos ideais e a procrastinação atrofia-nos à uma nova era, uma nova revolução intelectual.
..."O meu altruísmo pelos grandes filósofos e pensadores é velado e notório, mas eu ainda continuo sendo fã dos que tem boas ideias." ... Ricardo Fischer