Ideia de Estado
Brasil, estado ébrio e um povo conivente
Eu aqui calado, tentando gritar isolado, com meus amores e dissabores, conflitos e angústias, uma aquarela viva de muitas cores, meu estado Brasil, febril, gentil, embriagado pelo litros da ambição, eu, o povo assinando embaixo dessa depravação, quando omito a minha voz, quando não percebo o valor da ética, da moral, e me rendo a voraz loucura do carnaval, o festival de bagunça da qual acampa a condição, condição violada e constrangida, meu estado cria feridas e titubeante fica, porque eu e meus semelhantes, humanos e errantes não sabemos apurar o mel, o cultivo da honra e imparcialidade, e o umbigo é trazido ao palco, fere se amizades e padrões, mastiga se as possibilidades, coage os sonhos, oh que tristeza saber, um submundo que mergulhamos, perdoe me almas e espíritos serenos, mas a multidão está atolada, o estado alma embriagada, eu, mudo continuo, perco e morro todo dia.
Giovane Silva Santos
A corrupção é um câncer que se perpetuou de governo para governo, pois, dilacera os órgãos e funções vitais do Estado de Direito e causa a mortificação da Honestidade, princípio norte da Ética na esfera pública.
A Igreja abraça e acolhe no momento que a sociedade abandona e o estado quebra o ser humano.
31/10/2022
Quando se precisou do Estado-Justiça, um encantado semideus e estrela do serviço público virou as costas para o justo. Irresponsavelmente, deixou tudo por conta do estagiário. E hoje, esse sanguessuga do sistema vive no vazio do tempo, no ostracismo, enquanto isso, a sociedade suporta salários astronômicos, e o transgressor da norma vive sob as bazófias enganosas nos bares da vida em busca de glória na vetusta atividade de conduzir pobres de espírito rumo às trincheiras sociais.
A REGRA DO ESTADO DE EXCEÇÃO
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A Boa Classe Média só percebe as ditaduras
Quando lhe invadem as casas
Quando violentam as suas intimidades
Quando lhe pedem documentos com aquela cara
De “tu és ladrão”
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A Boa Classe Média só percebe as ditaduras
Quando não lhe deixam sair mais com a sua cor predileta
Quando a fuzilam – primeiro com os olhos –
Por causa de suas opiniões
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Também percebe a ditadura, a Boa Classe Média,
Quando lhe dirigem preconceitos de cor
Apesar dos seus ternos cuidadosamente engomados
Agora, suas mulheres ouvem piadas
E o assédio dos chefes foi liberado.
Seus filhos são preteridos,
quando tentam entrar para certas universidades,
pois estas são destinadas aos de maior patente
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A Boa Classe Média só percebe as ditaduras
Quando arrombam a porta de suas casas
Quando mancham de fardas policiais o seu lar
Quando lhe despejam o arrogante arbítrio
Como um balde gelado de água
Quando lhe tiram o emprego sem aviso prévio
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Já os pobres, estes mal percebem as ditaduras,
Pois já fazem todas essas coisas com eles
Durante todo o tempo
[publicado na revista Nós, vol.2, nº3, 2021].
Sirva o seu país, sirva o seu Estado, sirva de verdade o seu povo. Somente para falar coisas sem nexo e dar palpites mirabolantes, medíocres, simplistas e horríveis já tem gente demais.
O Estado democrático de direto nunca será democrático, enquanto houver um governo onde ambos os lados da moeda tem a mesma face!
O estado de presença permite viver este momento de forma intensa, porque o passado é inflexível à mudança e a felicidade do amanhã é reflexo do que fazemos hoje.
Meritocracia nada mais é do que fazer por merecer, saber aproveitar as oportunidades, lutar por aquilo que deseja na vida e sobretudo não viver de esmolas do Estado.
Sobretudo sob a concepção do estado, idiotas nada mais são do que corajosos perigosos independentes bem informados.
O amor em seu estado mais puro é estranhamente precioso: traz-lhe a segurança que não o permite temer a distância nem o tempo.
Burlando as regras e convenções, e obrigando a população a aceitar um governo de excessão como perfeito e acabado, os Estados totalitaristas demonstraram que a qualquer momento, havendo as condições necessárias, uma nova forma de governo totalitário pode surgir no ventre da sociedade, ceifando assim a falsa sensação de prosperidade que acomete vários idealistas do Estado forte e interventor.
A força de um Estado socialista não se baseia unicamente no poderio bélico, contigente militar ou fatores de dissuasão estratégica internacional. A real força de um Estado socialista ultrapassa as fronteiras de sua ideologia, permuta-se e converte-se no seu oposto quantas vezes forem necessárias para controlar, por meio da alienação cultural e da fala mansa, cada aspecto da vida civil, nada mais sendo que um algoz espião da liberdade individual que age para beneficiar uma elite em comando do partido.
Estado de graça!
Mas logo passa.
A semente brotou em laços;
E encontra vida em seus braços.
Depois de um breve lamento,
o amor é o seu sustento
Transforma a esperança,
muito mais do que uma lembrança
A alegria será a sua companheira.
Bem de perto, para além de uma vida inteira.