Ideia de Estado
Eu já não acreditava na ideia de almas gêmeas, ou amor à primeira vista. Mas eu estava começando a acreditar que umas poucas vezes em sua vida, se você tiver sorte, você pode encontrar alguém que é exatamente o certo para você. Não porque é perfeito, ou porque você é, mas porque suas falhas combinadas permitem que dois seres separados formassem um só.
Eu não faço a menor idéia do que vejo em você, mas também não faço idéia do que não vejo. Eu posso dar para um cara mais gostoso, como de fato já fiz milhares de vezes. Mas por alguma razão prefiro suas piadas velhas e seu jeito homem de ser. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um deslumbrado, um chato. Mas você é homem. E talvez seja só por isso que eu ainda te aguente: você pode ter todos os defeitos do mundo, mais ainda é melhor do que o resto do mundo.
Você está tão ocupada sendo você mesma que não faz ideia de quão absolutamente sem igual você é.
Uma ideia é como um vírus altamente contagiante, que pode crescer, crescer para te formar ou para te destruir.
O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. (...) O Direito não é uma simples ideia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança.
Expectativa gera frustração sim!
É engraçado como as pessoas mudam de ideia rápido!
Em menos de algumas semanas, o que foi falado já não tem mais sentido!
No que podemos acreditar então? Nas palavras ditas na hora? Ou nas palavras ditas olho a olho?
São tantas perguntas sem respostas que, por mais doloridas que sejam, sempre é bom saber a verdade!
Elas podem causar dores durante 1, 2, 3 meses, anos, mas um dia cicatrizam, e esse é o dia que vc acorda pra vida, e constata que o sofrimento passado foi apenas mais uma história de amor sem sucesso!
Nos privamos de tantas coisas, conhecer pessoas novas, se divertir, sair com os amigos e cair na pegação, por um simples sentimento, mas nos privamos justamente porque esse sentimento é verdadeiro!
Se abrirmos mais os olhos para o mundo, ele mostrará que nem tudo que vivemos, ou pelo menos, achamos viver, são mil maravilhas!
Ele nos mostrará que vivemos num mundo de caça, como o gato caça o rato, nos mostrará também que a pessoa certa já passou tantas vezes diante de nossos olhos e nós não tivemos a capacidade de nota-lá por ter outra pessoa em mente!
Quando estamos com uma pessoa em mente, temos certeza de que encontramos nossa alma gêmea, mas e ela? Será que também encontrou?
Por isso nunca se deixe prender por um amor cercado de indecisões, ele pode fazer com que você não perceba que a felicidade está bem longe dele!
Mesmo os cães famintos sabem que não é boa ideia morder a mão que os alimenta.
Toda a ideia de controle é um mito. O universo é um animal selvagem, você não pode domá-lo. Tudo que você pode fazer é tentar viver dentro dele
Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor.
Nota: Trecho de poema de "Autobiografia sem Factos", de Fernando Pessoa.
O sucesso prático de uma ideia, independente do seu próprio mérito, depende da atitude dos contemporâneos (dos interesses da elite). Se (ela) é oportuna, é rapidamente adotada, mas se não é, ela é arrancada como um broto para fora da terra no chão quente, apenas para (que) seja retardado o seu crescimento na geada (o tempo) do sucesso.
De vez em quando a mente do homem é esticada por uma ideia nova ou sensação e nunca mais se reduz às suas antigas dimensões.
Algumas regras para a vida:
- Questione a autoridade.
- Nenhuma ideia é verdadeira só porque alguém diz que é, incluindo eu.
- Pense por si próprio, questione a si próprio.
- Não acredite em algo só porque quer acreditar, acreditar em algo não o torna verdadeiro.
- Teste ideias pelas evidencias adquiridas, pela observação e experimentação.
- Se uma ideia prevalecente falhar num teste bem desenvolvido, esta errada. Supere.
- Siga as evidências onde quer que elas levem, se não houver evidências, evite julgamento.
E talvez a regra mais importante de todas:
- Lembre-se, você pode estar errado.
Dentro de nós estão as respostas
para todas as perguntas que podemos fazer.
Você não tem idéia de quanto é sábio!
Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma ideia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. Há um perigo: se reflito demais, deixo de agir. E muitas vezes prova-se depois que eu deveria ter agido. Estou num impasse. Quero melhorar e não sei como. Sob o impacto de um impulso, já fiz bem a algumas pessoas. E, às vezes, ter sido impulsiva me machuca muito. E mais: nem sempre meus impulsos são de boa origem. Vêm, por exemplo, da cólera. Essa cólera às vezes deveria ser desprezada; outras, como me disse uma amiga a meu respeito, são cólera sagrada. Às vezes minha bondade é fraqueza, às vezes ela é benéfica a alguém ou a mim mesma. Às vezes restringir o impulso me anula e me deprime; às vezes restringi-lo dá-me uma sensação de força interna.
Que farei então? Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.
Para com essa ideia fixa de que as aparências enganam. Às vezes, a pessoa é realmente aquilo que ela aparenta ser.