Ideia
Não desgruda de mim china VÉIA,
Tira isso da tua IDÉIA,
Não dá bola pra FALCATRUA,
Pois tu és minha XIRUA,
És a dona do meu RANCHINHO,
Também a mãe dos meus FILHINHOS,
Pois muito de ti PRECISO,
Me mostraste o PARAÍSO,
Me tiraste da VADIAGEM,
Me fizeste guapo e de CORAGEM,
E te tornaste minha SENHORA,
E de jeito nenhum vai ser AGORA,
Que eu vou te deixar ir EMBORA,
Por uma simples BOBAGEM...
Essa ideia de um metrô por baixo da Avenida Anhanguera me faz sonhar com a Goiânia do futuro com os olhos voltados à sua vocação artística. Pois é, a nossa capital foi inaugurada em 5 de julho de 1942 sob a proteção de um Batismo Cultural.(Do livro de crônicas - Romanceiro de Goiânia).
Sem querer
Vou dizer bem a verdade: eu já tinha aposentado a ideia de me apaixonar novamente. Até mesmo porque sempre parecia ser cedo demais. Não importa quanto tempo já havia passado desde a última vez. A dor causada fazia parecer tão recente… Por isso, eu abri mão dessa história de paixões e amores. Pelo menos por um (bom) tempo, não queria nada disso pra mim.
Meu coração estava “de férias”. Sem querer nada com nada. Sem preocupações. Sem hora. Sem compromissos. Sem dono. Aproveitando aquele período de liberdade e libertinagem. Vadio, solto e inconsequente. E, enquanto perambulava por aí, esbarrou no seu, igualmente perdido.
Não se viram, realmente, de primeira. Não se reconheceram como semelhantes. Não notaram que tinham cicatrizes causadas por motivos parecidos. E eu, que achava que tinha tudo sob controle, não vi mal algum nesse encontro. “Tá tudo bem. Não vai acontecer nada. Ainda é cedo para isso”. Ingênua, eu.
Achei que meu coração tivesse aprendido a lição junto comigo, mas o danado deve ter memória curta e se pôs a correr na minha frente. Foi se afundando na sua novidade. Nas descobertas de você e suas histórias. Foi sendo envolvido e, contra a minha vontade, se entregou.
É, eu não queria. Eu poderia estar por aí, curtindo os bares, as noites, os galanteios regados à cerveja. Eu poderia continuar na minha, assistir a um filme na minha própria companhia no domingo. Mas você apareceu para mudar os meus planos. Inverter a minha rota. Você apareceu sem eu querer, sem eu esperar. Sem eu sequer saber que você vinha, caso contrário teria me preparado. Chegou de mansinho para me levar com você por um caminho que eu nem imaginava.
Acho que algumas coisas devem ser assim: contra a nossa razão e vividas no mais bonito dos impulsos. Eu poderia dar meia volta. Mas, agora, eu vejo que eu fico bem melhor ao seu lado e aprendi que assim, juntinho, fico mais forte. Talvez eu lhe deva algum crédito, afinal. Foi sem querer, mas foi certo. E meu coração, que eu considerava não ter noção de nada, até que sabe o que faz.
E o mundo acaba
Que coisa interessante é a ideia do fim do mundo. Parece tão ancestral, recorrente e improvável como a própria concepção de um deus. E como qualquer fé defende sua divindade, toda doutrina tem seu cataclismo, o final, apocalipse, armagedom.
Isto é certo, é consenso, é comum. Em qualquer raça, crença e tempo todos estão de acordo que há um “acabar” que se aproxima. Pouco importa o que um e outro dizem sobre antes e depois da vida. A condição humana é finita.
Curioso é perceber que ante a certeza do fim individual o ser humano parece alcançar conforto na possibilidade de uma morte coletiva. Parecemos acreditar que a dor de não existir é menor quando não resta a possibilidade de que alguém fique e sofra, de que alguém vá e se perca ou de que existam lugares piores e de pena.
Pensamento egoísta. Razão mesquinha. Que mau, esquivar-se da própria dor apostando no colapso da beleza da vida.
Não é o mundo, que julgam termo, pó de estrela? Este que fica menor na proporção que alargamos o poder das vistas.
De nada importa a crença que cortejas: padre, pastor, cientista. Não acaba o mundo, nem a vida. Termine antes esta nossa individualidade um dia, que só nos faz egoístas, presunçosos e chauvinistas.
Compreendo a maior reserva na aceitação de uma ideia nova; mas não compreendo a repulsão sistemática de toda ideia nova
É possível ser próximo de alguém e não ter a menor ideia de quem seja, ele pode sorrir e ter um mostro por dentro.
(Shelby Wyatt da Serie Quântico)
Quando criança eu tinha a ideia de que Deus era um Homem de idade avançada, cabelos e barbas branca, longos, bravo, com um cajado na mão e quando contrariado e irado o apontava para o pecador e o castigava sem piedade.
Eu tinha muito medo Dele, porque era assim que os religiosos o descrevia.
Fui crescendo e com o crescimento, fui tomando conhecimento da vida, e em algum momento dela, conheci os ensinamentos de Jesus que aos poucos foram desfazendo essa terrível imagem que tinha de Deus.
Ao contrario do que diziam os religiosos, Jesus pregava um Pai misericordioso, um Deus que nunca pune Seus filhos, porque simplesmente Ele jamais condenaria quem Ele criou com tanto amor, sob Sua imagem e semelhança. Aprendi que Deus apaga as chamas do fogo do inferno com os ventos brandos da renovação, da esperança e do amor.
Hoje me pergunto: Porque os religiosos ainda insistem em dizer para seus seguidores que Deus é punitivo?
Que Deus mataria uns para salvar outros?
Que Deus é esse que mataria Seus próprios filhos, mesmo que eles fossem desajustados?
Estas afirmações simplesmente não tem sentindo.
No Brasil é assim: Quanto menos você entende uma idéia, mais se sente inclinado a falar do autor dela num tom de infinito desprezo, para dar a si mesmo a impressão de que a incapacidade de compreender é um tipo de superioridade.
Após uma desavença e disputa pessoal entre uma mulher e um homem, uma parte sofre mais com a ideia de ter magoado a outra; enquanto esta sofre mais com a ideia de não ter magoado o outro o bastante, e por isso se empenha depois, com lágrimas, soluços e caras feias, em lhe amargurar o coração.
Eu amo amar a ideia do amor ideal que urdi em você. Se você não atrapalhar, acho que vou dar certo comigo mesmo.
Perdida a ideia duma verdade universal sobre o bem, cognoscível pela razão humana, mudou também inevitavelmente a concepção de consciência: esta deixa de ser considerada na sua realidade original, ou seja, como um acto da inteligência da pessoa, a quem cabe aplicar o conhecimento universal do bem a uma determinada situação e exprimir assim um juízo sobre a conduta justa a ter aqui e agora; tende-se a conceder à consciência do indivíduo o privilégio de estabelecer autonomamente os critérios do bem e do mal, e de agir em consequência. Esta visão identifica-se com uma ética individualista, na qual cada um se vê confrontado com a sua verdade,diferente da verdade dos outros.
A ideia de se ver como um ser humano imperfeito surge da idéia de acreditar que você não é perfeito. Quando na verdade, você é Deus em Ação.
Não exitem argumentos válidos , a minha ideia sobre o mundo partiu de um princípio errado que você talvez possa não entender.
A dimensão do amor de Deus por nós…
Se tivéssemos a mais pálida ideia da extensão do amor de Deus por nós, com toda certeza, nossa vida seria bem mais feliz e muita coisa desagradável seria evitada.
Infelizmente, como seres céticos que somos, pois a nossa fé ainda é muito vacilante, somos imediatistas e o que pedimos a Deus queremos que se realize de qualquer jeito. E ainda ficamos com raiva quando não somos atendidos. Não entendemos porque não nos ouviu os pedidos, em sua grande maioria totalmente absurdos e sem sentido, que solicitamos insistentemente.
Ainda bem que Ele não concede tudo aquilo que reivindicamos, que no nosso entender parece justo, mas que no fundo seria um mal, se atendido fosse.
Depois de receber tantas benesses pelas mãos misericordiosas do Pai, ainda é muito grande o números de pessoas agnósticas ou que dizem de maneira pró forma que n’Ele creem.
Bem-aventurados aqueles que não precisam de milagres fabulosos para acreditarem no amor de Deus por nós.
Tristes, muito desolador, aquelas pessoas que necessitam de fenômenos externos para Nele crerem. A sua misericórdia e o seu amor infinito manifestam-se diariamente, por que não dizer, a todo instante, através de pequenas mas grandiosas coisas e o nosso orgulho e vaidade exacerbados não nos permite reconhecer e enxergar o quão Deus é pura bondade e perfeição.
Muita gente acha que precisa de templos e cultos de adoração a Ele, de que adianta tanta ostentação se a teoria é grande, as demonstrações enormes mas a prática é zero? Se quase todos daqueles que se dizem seus adoradores, são possuidores de uma fé vacilante e se preocupam exclusivamente em manter apenas as aparências? Não sou santa, espírito puro, porém o que mais vejo por aí são pessoas filiadas a instituições religiosas, integrantes de seus quadros de participantes, que realizam belíssimos sermões quando encontram-se em uma tribuna, e ao sair dali nada exemplificam do que acabaram de pregar.
Não, Deus não quer isso. O que Ele quer é que tenhamos uma fé sólida, nunca duvidemos da sua assistência amorável junto a cada um de nós, independente de cultos suntuosos em sua homenagem.
O que muita gente esquece é que Ele tudo sabe, penetra no âmago dos corações de suas criaturas e de nada adianta querer ludibria-lo porque Ele sabe o que se passa no íntimo de cada um.
Deus demonstra o seu amor a nós de várias maneiras. Se formos atentos, perceberemos claramente nos pequenos detalhes que passam despercebidos no nosso cotidiano.
Ele ajuda as criaturas através das próprias criaturas. Muitas vezes colocando alguém na nossa vida e por meio dessa pessoa recebemos a ajuda que necessitamos, e cegos que somos frente às coisas espirituais, rendemos todas as homenagens possíveis e imagináveis aquele (a) que nos ajudou, esquecidos do infinito amor de Deus por nós, outras vezes somos intruídos a procurar alguém ou fazer algo que nos leva a receber o socorro que precisamos. E quando isso acontece dizemos: Que pessoa maravilhosa que me ajudou! Como recebo boas intuições! É necessário que saiamos do estado letárgico em que nos encontramos, despertemos a fé adormecida em nós e compreendamos que tudo que nos acontece de bom, o único autor é Deus, as pessoas são apenas instrumentos usados por Ele.
O orgulho e a vaidade fazem com que nos tornemos indiferentes, com a fé esmaecida, achando que tudo de melhor provém de nós mesmos. Óbvio que quando nos tornamos pessoas esclarecidas a respeito das coisas espirituais, contribuímos muito para que tudo conspire de uma forma mais favorável para nós, contudo sem esquecer da misericórdia divina sempre atuando a nosso favor.
Sejamos, pois, mais conscientes e confiantes da dimensão do infinito amor de Deus por nós.