Ideia
Sabe quando você você começa a sentir que ele ta roubando seu coração, seus pensamentos e suas ideias? Então.
Tão abstrata é a idéia do teu ser...
Dobre - Peguei no meu coração...
Quem te disse ao ouvido esse segredo...
Abdicação: Toma-me, ó noite eterna...
Dorme enquanto eu velo... deixa-me sonhar...
Põe as mãos nos ombros... beija-me na fronte...
Ao longe, ao luar, no rio uma vela...
Sonho. Não sei quem sou neste momento...
Contemplo o lago mudo que uma brisa estremece...
Gato que brincas na rua como se fose na cama...
Não: não digas nada!
Vaga, no azul amplo solta, vai uma nuvem errando...
O Andaime: O tempo que eu hei sonhado...
Sorriso audível das folhas...
Autopsicografia: O poeta é um fingidor...
O que me dói não é o que há no coração...
Entre o sono e o sonho...
Tudo o que faço ou medito fica sempre na metade.
Tenho tanto sentimento que...
Viajar! Perder países!
Grandes mistérios habitam o limiar do meu ser...
Fresta: Em meus momentos escuros...
Eros e Psique: Conta a lenda que dormia uma princesa...
Teus olhos entristecem. Nem ouves o que digo...
Liberdade: Ai que prazer não cumprir um dever...
Hora Absurda - O teu silêncio é uma nau...
A Tirania do Sofrimento
O homem, quando sofre, faz uma ideia muito ideia muito especial do bem e do mal, ou seja, do bem que os outros lhe deveriam fazer e que ele pretende como se do seu sofrimento derivasse um qualquer direito a ser compensado, e do mal que pode fazer aos outros como se igualmente o seu sofrimento o autorizasse a praticá-lo.
- (...) Espero que possa ficar para o jogo.
Jacob sorriu.
- A idéia é essa... Nossa TV quebrou na semana passada. Billy fez uma careta para o filho.
- E é claro que Jacob estava ansioso para ver Bella novamente - acrescentou ele. Jacob deu-lhe um olhar zangado e abaixou a cabeça enquanto eu lutava com um surto de remorso. Talvez eu tivesse sido convincente demais na praia.
Mas estou disposto a correr o risco. É preciso agora concretizar a ideia. Tirá-la dos limites do pensamento, arrancá-la apenas do papel e torná-la um pedaço de mim.
Vou adiante de modo intuitivo e sem procurar uma ideia: sou orgânica. E não me indago sobre os meus motivos. Mergulho na quase dor de uma intensa alegria – e para me enfeitar nascem entre os meus cabelos folhas e ramagens.
Vendo-te, sabendo que, queria desvendar-te.
Olhar-te, nestes olhos inocentes e vulgares.
Brilhantes como o sol pela manhã de primavera.
Ah! Olhos moldados, protegidos pela delicadeza da beleza de sua pele.
Contornada pele, com seus traços em que me embaraço;
esqueço toda coisa com que vinha me preocupar.
Confortado e distraído;
provocado pelo sorriso ao se abrir, vagarosamente.
Expressa-se, tão simplesmente bela ao conteúdo em que tu tens;
e que fala e sua fala que parece canto.
Que curaria todo pranto, que me envolve com o encanto.
Faz meu pensamento, no delírio dançar.
E como vulcão à entrar em erupção, tomando conta de tudo ao seu redor.
O tamanho da singela música de seu sorriso, toma conta até do lugar em que não está.
Formosa roda de samba em que samba;
chama as atenções;
atenta ao seu coração que saltou-se de alegria em muitos tantos outros dias e que, vive sereno e harmonioso, diferente, tão maduro.
Tu pequena de altura e pensamento alto de mulher com sua doçura.
Sabendo que, eu poderia meu bem ser o teu bem-me-quer.
Tu serias a dança tua, querubim ou jasmin, à brotar-se, recolhida pelas minhas mãos à te carinhar e que te segura até desabrochar.
Para eu, feliz ficar vendo-te, sabendo que, queria desvendar-te."
Eu não consigo imaginar nada mais satânico do que essa própria ideia: uma força do universo dizendo que, se você se tornar feliz e saudável, a coisa que você mais ama fazer no mundo não será mais prazerosa.
Não sei quem teve a ideia cruel de colocar centenas de adolescentes em escolas carentes gerenciadas por pessoas desencantadas com a vida, mas eu admiro o sadismo.
A ideia do futuro, carregada de uma quantidade imensa de possibilidades, é mais fecunda do que o próprio futuro. Por isso há mais encanto na esperança do que na posse, no sonho do que na realidade.
Mas, o trabalho e a paixão fazem com que surja a intuição, especialmente quando ambas atuam ao mesmo tempo. Apesar disso, a intuição não se manifesta quando nós queremos mas quando ela quer. Certo é que as melhores ideias nos ocorrem (...) quando nos encontramos sentados em uma poltrona e fumando um charuto ou (...) quando passamos por uma estrada que apresente ligeiro adive ou quando ocorram circunstâncias semelhantes. Seja como for, as ideias nos acordam quando não as esperamos e não estamos sentados à nossa mesa de trabalho, fatigando o cérebro a procurá-las. É verdade, entretanto, que elas não nos ocorram se, anteriormente, não houvéssemos refletido longamente em nossa mesa de estudos e não houvéssemos, com devoção apaixonado, buscado uma resposta.