Ideia
Jornada
Tive a incrível idéia de subir o monte mais alto do mundo... Demorou certo tempo... Encontrei muitas pedras no caminho, deslizei, quase caí algumas vezes. Depois de um longo tempo subindo e subindo, já estava cansada, sentei no chão, pensei em descer. Porque era tão longe, que me deixava triste, chorei várias vezes. Sempre imaginando que eu estava sozinha.
Vivia pensando: - Se eu descer, eu vou querer voltar, então é melhor continuar, mesmo que tudo me leve pra baixo. Se eu ficar parada, vou morrer de tristeza, tenho um desejo e preciso concretizá-lo. A menos que eu caia, morra alguém me leve embora. Pise num local escorregadio. Coisas do tipo e tudo acabe de vez.
Mas logo eu me animava, ficava alegre.. O céu azul que queimava minhas costas. Só de ver aquelas folhas, aquelas plantas jamais vistas por meus olhos, me fazia encantada e crente de que quando finalmente no topo eu chegasse, eu iria ver tudo que precisava. Depois de várias horas andando e parando, percebi um grupo de pessoas subindo pelo outro lado, disse olá a todos... Alguns não me ouviram. Estavam preocupados em chegar logo. Fui observando e avistei um menino sozinho, quieto e sentado um tanto quanto triste e pensativo. Assim como eu me encontrei a algumas horas atrás. Fui cumprimentá-lo. Ele reclamou que seus pés doíam, estavam cheios de calos. Que havia chegado a explorar outras montanhas por duas vezes, mas desistiu no meio do caminho. Dessa vez era mais longe ainda. Tentei convencê-lo que dessa vez ele iria conseguir, pois eu iria ajudá-lo. E que não havia mais razão para tristeza. Eu lhe daria a mão. O grupo o qual ele acompanhava nem perguntou se ele estava bem, simplesmente seguiu e um rapaz irônico disse: - Desça, você é um fracote mesmo. Fica aí seu bobo!
Me vi como ele. Mas eu subi sozinha, era eu versos eu. Não havia ninguém para me fazer desistir... Só eu mesma.
Então o menino sorriu e pegou na minha mão. Fomos juntos, conversando. Ele era um menino muito inteligente, sensível e adorável, mesmo com todo aquele medo. Me contou as coisas que ele gostava, o que fazia... Ainda faltava um bocado. De repente começou a chuva, mas logo avistamos um local para esperar que passasse. Havia uma caverna... Era divino! Estava tudo tão calmo, tão bom!
Tínhamos tudo que precisávamos... Água, comida, ar puro. Tudo. E agora tínhamos ânimo. Eu estava feliz. Tudo foi se encaixando. E assim, passou-se o tempo, ficamos amigos. Depois de uma longa caminhada, avistamos o ponto mais alto que queríamos.
Era lindo! Aquele vento, aquelas pessoas satisfeitas. Algumas emocionadas com tamanha beleza da natureza. O céu parecia que dava para tocar. Parecia algodão doce. À noite então. As estrelas. Era inexplicável tudo aquilo. Acho que nunca havia me sentido tão bem e feliz de verdade.
Quando olhei o menino distante e o quanto ele estava quieto, fechado, com uma cara de que não tava muito satisfeito. Afastado de todo o pessoal.
Fui lá ver o que havia com ele dessa vez. Antes ele parecia tão bem, e curioso pela chegada. E de repente o semblante mudou de novo.
Ele me disse: - Achei que havia algo de diferente aqui. Isso tudo eu poderia ver lá embaixo. Fiquei calada.
Ele estava certo. Não havia nada de novidade. A paisagem era mesmo a mesma. O que eu poderia dizer?
Ele estava frustrado. Isso me deixou um tanto triste também. Mas continuamos lá. Alguns dias e ele pareceu melhorar, estava sorrindo. Conversando com as outras pessoas. Peguei ele observando o horizonte e gritou bem alto: - Nossa! Isso tudo é maravilhoso! E soltou uma longa gargalhada.
Achei estranho. A pouco tempo ele dizia estar insatisfeito.
Então, enquanto eu bebia a água da fonte, ele se aproximou e disse:
-Me desculpa!
Você esteve sempre certa. Tudo aqui é perfeito. Não há nada de ruim. Tenho tudo de que preciso. E a melhor coisa que me aconteceu, foi ter lhe achado no caminho.
Uma lágrima caiu de seu rosto e eu o abracei.
Ele entendeu.
Tudo parece nada, mas é o motivo que temos para viver.
O tempo passa e mudamos d ideia, sentimentos e a até d cara, mais o que esta por vim nunca é tão surpreendente assim que você não possa se acostumar!!!!
Quando olhei pra mim e parei de olhar para os outros, esqueci-me desta idéia ridícula de achar como devo ser.
A questão da energia
Continuo defendendo a ideia de que a população altoense deve continuar lutando pela melhoria do sistema elétrico do município. Desde que propusemos aqui a suspensão do pagamento da conta de energia através de ação judicial contabilizamos 1.006 faltas de energia em horários variados – principalmente durante os festejos de São José, que este ano ocorreram entre 5 e 15 de março.
De acordo com os cálculos que realizamos são nada menos que 30 suspensões de energia diariamente, o que demonstra bem o descaso da companhia energética em relação ao município de Altos e sua população. Observe-se, por necessário, que a Cepisa fatura mensalmente a importância de meio milhão de reais. Isso mesmo: meio milhão de reais!
Deveria haver mais respeito da parte da companha. Não há. Resta ao povo altoense se mobilizar e fazer acontecer. Lembramos aqui os exemplos de Inhuma e Itaueira, onde a população conseguiu, por meio de determinação judicial, suspender o pagamento da conta de energia.
Em Inhuma, os moradores estão há dois anos sem pagar energia. Nas duas cidades, a companhia está deixando de arrecadar por mês a importância estimada de 400 mil reais.
Está na hora de uma ação semelhante por parte dos altoenses. Estivemos em oportunidade recente em contato com o advogado Marcondes Gomes de Araújo. Ele nos disse que toparia assumir a defesa da comunidade.
A população precisa, no entanto, sair da letargia que infelizmente a atinge neste momento e tomar ela mesma as suas providências.
A idéia fundamental é que a caridade é uma coisa muita estranha, porque é preciso que haja infelicidade alheia para que possamos nos condoer dela.
No fim, como toda filosofia cristã que se preze, salvam-se todos (sobreviventes, mortos e feridos), mas fica a percepção, genial, de que a compaixão sempre carrega consigo uma certa satisfação por estarmos em condição de senti-la.
“Peculato: o modo de se dizer ao povo que roubaram seu dinheiro sem que ele tenha a mínima idéia do que lhe foi dito.”
Entristece saber que somente outrem recebe recebe elogios de uma ideia que também é minha, de um trabalho que também é meu, de um nome, de um projeto, de uma vida profissional.
Não suporto a ideia daquelas pessoas-personagens que se passam por bonecos com sorrisos abertos, roupas bem passadas, olhos atraentes e palavras pré-programadas. Aos poucos perde-se o interesse. Desapontam-nos por demonstrarem uma qualidade inferior na qual estava estampada nas suas embalagens coloridas e nos seus plástico brilhantes. Desprende um braço, amputa uma perna, decepa a cabeça e ficamos aborrecidos em descobrir que exista apenas uma coisa nos seus interiores. Vazio.
Às vezes é melhor ter apenas a ideia de que se tivesse arriscado seria bom do que arriscar e se arrepender amargamente, não precisamos ter experiência em tudo na vida, até porque uma vida só não bastaria pra isso...
Já capitulei à ideia de "ser sal" nesta terra, mas o fato de analisar o resultado do tempero, ainda não havia observado. O fiz hoje e minhas análises reflexivas embasadas no factível, permitiram-me concluir que, o sal tempera, mas os elogios são para a comida. Entretanto, quando falta ou quando excede, as manifestações de repúdio são todas para o sal!
Não tenho a menor idéia de como nos encontraremos,
mas sinto que há um fio,
uma linha que hoje está cruzada,
que me levará até você em linha reta,
e quando nossos olhos se encontrarem,
quando as nossas buscas se reunirem,
talvez na praça perto de casa,
ou naquela viagem distante onde fugi de mim mesmo,
mostrarão o tamanho das nossas necessidades.
Nos entregaremos então,
na volúpia do desejo da alma,
que muito além do prazer da carne ansiosa,
da boca sedenta e sequiosa,
se entrega em doces devaneios,
sonhos de apaixonados em uma tarde qualquer,
de um ano qualquer,
em um ponto do mapa,
onde só os corações que se entregam ao amor sabem onde é.
Eu já sou parte de você,
ainda que você não saiba.
Almas prometidas,
guardadas um para o outro.
Amor além do tempo,
amor de reencontro.
No exato espaço de tempo que chamamos de futuro,
que pode ser extamente agora,
quando nos permitimos viver o amor mais de uma vez.
Algumas vezes na vida, nós cansamos de sofrer, e é aí que surge aquela bela ideia de partir pra outra. A vida continua, ou você achava mesmo que o mundo pararia de girar, apenas por sua causa?