Humanidade
A gente não precisa de muita coisa para explicar nossos desvarios, nossos choros sem motivo, nossas crises de ciúmes, nossos arrependimentos e certas melancolias de coisas que nem existiram, somos humanos e isso explica tudo.
Paradoxo
Viajarei até Marte
pois já explorei a lua.
Só falta, da minha parte,
Não jogar lixo na rua.
DESTINO
Sou uma simples estrada
Como tantas por aí.
Quantas pessoas passam
Diariamente por mim
Vindo daqui e dali
Seguindo a sua jornada.
E HOJE, NO PERÍODO MATUTINO,
PASSOU POR MIM, APRESSADO,
UM CATIVANTE MENINO.
Alguns andam por aqui bem sossegados
Outros fazem seu percurso, preocupados.
Uns preferem ir sozinhos, caminhando
Outros passam por aqui sempre em bando.
Alguns vêm de bicicleta,
De carro ou motocicleta
Outros passam apinhados
Em ônibus superlotados
Todos cumprem, enfim, sua empreitada
Cruzando por esta velha estrada.
E HOJE, NO PERÍODO VESPERTINO,
PASSOU POR MIM, APRESSADO,
UM CATIVANTE MENINO.
No trajeto há aqueles que namoram,
Tem aqueles que mendigam,
Também aqueles que oram.
Alguns seguem desconfiados
E outros bem-humorados.
Alguns cruzam desatentos
Usando fones de ouvido.
Outros seguem tão festivos,
Fazendo vasto ruído.
É tanta gente diferente!
Alguns vão, mas também voltam...
Outros apenas seguem em frente.
E eu, uma simples estrada,
Inerte e introvertida,
Fico só a observar...
É esta a minha vida.
E AO CHEGAR A ESCURIDÃO
PALPITA O MEU CORAÇÃO:
QUAL HÁ DE SER O DESTINO
DO CATIVANTE MENINO?
Difícil X Fácil
Aceitar os fatos é algo que não nos foi ensinado. Por estas e outras razões, sofremos. Um sofrimento louco. Um sofrimento árduo. Um sofrimento doído. Um sofrimento bruto. Daquele que estraçalha a alma e bagunça o nosso espiritual. Por estas e outras razões, acabamos vivendo uma vida que não é a nossa. Uma vida sem graça. Uma vida sem perspectiva. Sem enxergar o caminho que devemos seguir e que está bem na nossa frente. Por que é tão difícil aceitar aquilo que nos foi determinado? Porque a cada dia, uma nova luta, um novo acontecimento, uma nova era.
Sabemos que viemos para cumprir nossa missão. Sabemos que precisamos aceitar. Sabemos que antes de vir, seria desta forma. Sabemos que precisamos fechar ciclos. Sabemos de tudo. Sabemos, mas não aceitamos. Por que é tão difícil aceitar, se sabemos? Porque estamos acostumados com o que é mais fácil. Tudo o que é difícil, não queremos. O difícil dói. O difícil bagunça. O difícil nos deixa atordoados. Preferimos o fácil pelas razões contrárias do difícil. E assim, caminha a humanidade, preferindo aquilo que não mexe com o que nos faz crescer.
Escravos que desconhecem sua posição são mais eficazes. A população humana foi moldada para que só seletos tenham o prazer do universo e a grande maioria mantenha a casa em ordem.
♻ ENERCICLAR
Processo que visa transformar a qualidade térmica na relação de um corpo físico num espaço.
Se nossa espécie não tomasse como central o desafio de melhorar suas condições de vida, talvez ainda vivêssemos em cavernas. A motivação econômica é o que move a humanidade.
Outro importantíssimo componente do economista, talvez o mais importante, é a vontade de servir à humanidade, de interferir positivamente nas conspirações que você identificar, usando a força das suas ideias, seus achados e sua capacidade de persuadir outros a fazerem as coisas certas.
Devemos ser como os animais. Gratos pela vida. Os animais, eles só vivem. Um animal não atenta contra sua própria vida. Portanto, ele não atenta contra sua natureza, nem contra o Senhor, seu Deus. Os animais também vivem pelo aqui e o agora. Apesar de se planejarem para as estações, fazem apenas o que está em seu alcance, entregando todo o resto nas mãos de Deus.
Não importa como nos vemos, de onde viemos ou como falamos. Não importa o que fazemos, o que temos ou que cor somos. No final somos o mesmo por dentro.
Todos sorrimos, todos choramos, sentimos alegria e sentimos dor.
O que realmente importa é quem somos nesses momentos.
Para aqueles que acordam do seu eterno sonambulismo, parabéns. Mas para os outros, tomem cuidado, pois ou acordará um humano ou mais um monstro.
"LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE."
Não existe liberdade em uma sociedade sem igualdade; não existe igualdade que perdure sem fraternidade e não existe razão de uma coletividade existir desprovida de Fraternidade!
No obscuro do pensamento
Povoa minha imagem escura
Voando ao sabor do vento
Semelhante a imagem figura
Tratando do maior evento
Cataclismo lógico planetário
Filha do meu maior tormento
Involução do ser humano Macário
Então escreves na tua loucura
Afogando das mágoas a saudade
De quem reside na noite escura
Qual vil criatura sem piedade
E terminas por insanidade
Mais louco que a fantasia
Agregado ao valor da humanidade
Separa a criatura da alegria
...tenho agora vivido dias sem café, sem cigarro, sem cerveja agora se juntaram aos meus outros dias em que estava sem ver a família de perto, sem abraços amigos, sem uma caminhadas pelas ruas da cidade, uma feirinha com cheiro de pastel frito...
Tem sido assim os últimos 337 dias pandêmicos de isolamento social que iniciei em 16 de março de 2020.
Mas eu tenho lembranças guardadas pela casa e tenho passeado com elas pela imaginação.
Os meus objetos remanescentes estão me ajudando a superar os dias. Cada um deles remetem-me à consciência como foram abordados em suas origens.
Fico mais tranquilo ainda por ter em cada lembrança a consciência tranquila em ter feito o meu melhor pelos outros e recebo esse carinho de volta com mensagens diárias.
Acordo diariamente, preparo o meu lanche e refeições, cuido da casa e faço contatos, escrevo, leio, escrevo, reflito, revejo fotografias, faço postagens em redes sociais, interajo com amigos por meio de ligações com imagem e som, participo de festas virtuais, sarais de poesia e música, enfim, descobri uma forma de movimentar a mente, igualmente...
E sigo sereno, apreensivo com a situação do vírus lá fora, sempre alerta com os meus amigos e familiares que precisam de algum reforço em seus orçamentos familiares, olhando para os lados para ver se alguém precisa de um remédio ou alimento.
Tenho me surpreendido como os bons ficaram mais sensíveis ao seu semelhante e como os maus estão cada vez mais ásperos e insensíveis. Não consigo ver se é uma força do tempo, que evidencia em maiores proporções o campo de visão ou se isso realmente é um excesso.
Às vezes, me assusta também as sorridentes fotografias de pessoas comuns em espaços públicos diante do caos público que assola o planeta. Que tipo de mensagem essas pessoas pensam que estão emanando? E os banquetes mostrados em redes sociais enquanto pessoas passam extrema necessidade....?
Essas mesmas pessoas, algumas vezes, criticam a falta de compaixão do Governo, quando elas poderiam ser mais empáticas, evitando a ostentação. E não é porque eu ajudo "silenciosamente" que eu tenho uma autorização moral para atos fúteis diante do caos mundial que se instalou, principalmente no meio dos mais carentes e necessitados.
Além da situação econômico financeira das pessoas, há pessoas em profunda depressão e outras agonizam em suas casas e hospitais por conta deste terrível vírus que invadiu o ar do nosso planeta.
Hoje cedo li: "Como alguns podem ficar alegres se outros estão tristes?" referindo-se ao termo africano "ubuntu". Isso é um termo cultural com significado fantástico para a humanidade. É possível até arriscar que para chegar ao "ubuntu" devemos utilizar a empatia como ingrediente, não esquecendo de acrescentar a fraternidade, a caridade, o amor, a resiliência, o perdão e tantos outros atributos que possam nos permitir criar pontes entre os seres humanos.
Estes meus dias de sequelas por infecção de covid que me deixaram sem paladar para degustar um cafezinho matinal se tornam tão fúteis diante de tantas outras prioridades necessárias ao meu redor, sendo que a maior delas é o pulsar da vida e do contato humano.
Ubuntu para você e ubuntu para toda a humanidade....
"Vemos o defeito do próximo e nos achamos melhores, vemos nossos próprios defeitos e podemos nos tornar melhores."
A inexistente da exatidão humana traz as "humanas" para mais próximo das "exatas". Não tem como construir teoria sem palpar com números, nem gerar novos números sem observar teorias anteriores.