Humanidade
Veja-me sempre no transcender da tua própria singularidade, ou ver-me-á com as lentes de tuas idealizações, sentimentos e vivências; não se abstendo de si, verás meu semblante como um espelho distorcido e, quando a tua ilusão se extinguir - dado o caráter efêmero da utopia - derramarás tua culpa sobre mim ainda que saibas, medianamente, que toda a responsabilidade pertence-te. Então tu te emergirás na inautenticidade, apanhando todo e qualquer entretenimento que torne mais inconsciente o teu autossacrilégio a ponto de, no acúmen da cegueira voluntária, sofreres da morte - a mais angustiosa morte - aquela que se efetiva contígua à vida.
A poesia nos vincula ao imo, etéreo e imaterial, de nós mesmos. Deste modo possibilita-nos a autotranscendência. Contudo, de nada serve este elo se não há consciência alguma de sua constituição. Assim como a razão e a emoção, quando dissociadas, são inúteis.
Semideuses
Me apresentem aos desafortunados
Alguém que tem metade dos dentes
Uma mulher que foi traída há pouco
Eu quero conhecer os descontentes
Nada contra a gente bem-resolvida
Mas vida monótona chega a minha
Faz tempo que tudo está em ordem
Preciso colher alguma erva daninha
Todo mundo é um enorme sucesso
Só convivo com homens confiantes
Todas as meninas parecem misses
Onde foram parar os seres errantes?
Amanhã o esgoto terá um bom odor
Não haverá mais sangue a derramar
Só restaurante com comida saudável
Mundo muito correto para se habitar
Não passo por nenhum ser humano
Partilho a calçada com semideuses
E somos incrivelmente semelhantes
Ainda germinam gêmeos siameses
Me olho no espelho e nada enxergo
Minha voz parece ecoar para dentro
Talvez eu esteja em outra dimensão
Porque tentei demais ficar no centro.
Não se deixar amar é um dos maiores crimes cometidos pelo o homem. Amar é acima de tudo, permitir que mesmo as incertezas da vida te guiem a um lugar melhor.
A harmonia há muito não existe. Mergulhados em um mundo de escuridão, um oceano de pessoas. Almas insaciáveis em meio a um inconfundível caos, de pensamentos egoístas, de meros mortais, apenas mais um indivíduo buscando seu lugar ao sol, geramos o progresso como justificativa de um vazio intrínseco que nos permeia por toda vida. Cada universo sendo desperdiçado em uma constante vazão de audácia, fúria e valentia, aos poucos esvaindo-se de todo seu potencial para ser tomado por idéias previamente impostas a força.
SOBREVIVA em meio ao caos, chore na dor, lute pelo que te torna você e jamais esqueça de ser HUMANO.
Dá-nos compaixão, Pai,
neste momento de dor.
Que os homens de bem
reconstruam suas vidas
e que a solidariedade
seja um elo de amor
aproximando a humanidade...
𝐇𝐮𝐦𝐚𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
Não há tempo, não há espaço.
Só cores de Almodóvar ou Frida Cahlo.
Desejo apenas a cantilena nordestina
Que me explique estrelas e violas enluaradas.
Schubert me acompanha bem de perto,
Qual Virgílio noutras pastagens
A lembrar de outro amigo perdido.
Qual Nina quando me diz alguma coisa
Coisa que não posso entender.
E Veríssimo que faz rir da miserável
Humanidade do meu ser.
Entender-me é como navegar por Fernando
E seus outros que nada querem além de ser-se.
Pensar em Deus não seria tolice?
Dos meus pés ao horizonte, tudo é meu.
Agora um homem rico e vil.
Qual Cezar embriagado
Pelo tempo de si mesmo entre outros vilões.
Cadê a cantiga, a lua e as estrelas?
...e se não houvesse mais desigualdade, o homem ja teria alcançado o mais requintado grau de frieza diante da maldade...
"É a identidade que garante a individualidade de ter direitos à felicidade, e é a felicidade que nos dá direitos de humanidade"
Sobre a co-responsabilidade do Mundo em que vivemos.
Vou lhes relatar um dos processos de renascimento que vivi na minha caminhada em busca da iluminação e da expansão da consciência.;; Foi uma experiência riquíssima para mim que ocorreu em agosto de 2017 na sede do Padma em Curitiba-Pr.
Apesar de acreditar que essa busca pessoal "da iluminação" não se finda para um ser em aprendizado nesse Planeta..
Recebi um mantra em forma de frequência mental durante um exercício meditativo que para mim e para a humanidade veio a trazer uma mensagem importante. Traduzo aqui de forma respeitosa e integral para os irmãos desse planeta a experiência mais intensa que já vivi ;
"Eu pertenço à humanidade e a humanidade me pertence" - Quem me passou essa mensagem foi Buda - O Iluminado.
A partir desse momento, e como tenho feito com todos os ensinamentos e tudo que eu leio, passei a refletir: de que forma poderia aplicar esse valioso ensinamento de Buda em minha vida, de que maneira fazer isso ficar ainda mais aprimorado?
Não obstante, concluí: Todos pertencemos uns aos outros. Todos somos responsáveis uns pelos outros nesse Planeta. Todos devemos ter a oportunidade de construir relações positivas em busca do auto-conhecimento, da harmonia interior, da paz, da igualdade, da vida plena, da preservação da natureza e da raça humana e da iluminação.
Dessa forma estaremos todos no mesmo caminho. No caminho da Luz. Dessa forma faríamos valer todos os direitos humanos pregados nos códigos e não colocados em prática. Dessa forma teríamos que começar a ter uma postura diferenciada diante da vida;.
Essa é uma das supremas verdade para a humanidade transcender. Esse é um dos mistério revelados pela Criação através de um Mestre ascensionado a mim apresentado como BUDA. De que somos responsáveis uns pelos outros. Somos pertencentes uns aos outros. Somos unidade com a Fonte.
Essa experiência veio a reforçar um conceito que eu já havia integrado em meu ser sobre o humanismo religioso: "O Humanismo nos ensina que é imoral esperar que Deus aja por nós. Devemos agir para acabar com as guerras, os crimes e a brutalidade desta e das futuras eras. Temos poderes notáveis. Termos um alto grau de liberdade para escolher o que havemos de fazer.O humanismo nos diz que não importa qual seja a nossa filosofia a respeito do universo, a responsabilidade pelo tipo de mundo em que vivemos, em última análise, cabe a nós mesmos".
Dessa forma me coloquei no mundo como um contribuinte para a construção de novas realidades. Enquanto eu viver nesse plano e nesse corpo e espírito, essa será minha missão.
Sobre os Mestres.
Todos os pensamentos dos Mestres quando acesso me identifico muito. Não há nada que li de algum Mestre até o momento que já não tivesse sido integrado no meu Ser. Um dos Mestres que respeito muito é o Mestre Osho e J.Krishnamurti. São Mestres conectados diretamente com a Fonte. Honro muito as expressões deles. Existem centenas de Mestres que merecem meu respeito e consideração que estão ou já passaram por esse Planeta. Talvez milhões de Mestres. Muitos jamais terei a oportunidade de conhecer. Aliás, todos os seres e expressões nesse plano eu respeito, sendo ou não a expressão da "Maestria" com a qual me identifico e a se seguir. Para os seres de Luz os Mestres são expressões de Luz. Para os seres da Não-Luz acontece da mesma forma. Porque eu considero tudo e todos Mestres? Pois posso a todo instante aprender com tudo e com todos. Estou em busca de me tornar um Mestre de mim. Construção contínua e eterna para o ser que tenta se integrar com a unidade da Criação dentro de si. Sou grato. Extremamente grato.
Sobre o Não-julgamento.
Uma das tarefas mais difíceis a se realizar pela programação social da mente humana. Meditemos.
Liberdade é um estado ausente de elementos opressores. Mas não se esqueça de libertar de si mesmo. A mente, mente.
Lembrem sua verdadeira divindade e origem. A densidade está sendo trazida à superfície. Portal de Leão.
Após uma longa “guerra fria”, no intervalo de cada guerra santa, cessar-fogo, guerrilha ou “bombardeio cirúrgico” - todo santo dia;
No universo paralelo dos regimes de mão-de-ferro, de terror e mártires - silenciados pela burca, a mendicância e a pólio;
Lá, resistem os últimos legados da humanidade: O amor materno e a esperança - sempre a última que morre...
"Se eu fizer com voce esta tudo bem, mas voce nao pode fazer o mesmo comigo". Diz a justa humanidade.
Hoje em dia na Venezuela, os dias amanhecem sem cor, em contraste com sua bandeira. A batalha se torna obrigatória ao acordar, quando não se tem mais nada para colher. Os lixos viraram mercado e a competição na podridão é contra ratos. As crises nas ruas, é gargalhada para o tirano, que faz dancinha enquanto o povo apanha. Aqueles que negaram ser canhotos, sofrem nas mãos daqueles que deveriam ser seus protetores, os olhos murchos não creem em nada, pois, não há nada que traga consolo. Querem resistir e quanto mais resistem, mais lhe afundam a chaga, porém são essas marcas, que motivam seus companheiros de nação. Vemos uma resistência pacífica contra uma ditadura que penaliza, querendo impor uma falsa constituinte. A multidão, por sua vez, segue nas ruas buscando desesperadamente pelo que deveria ser seu por direito, a liberdade.