Humanidade
A guerra e o fanatismo religioso são as provas cabais que a humanidade vive uma evolução rumo a sua própria extinção.
A humanidade comprovará o apogeu da evolução quando nenhum animal for preso, maltratado, engaiolado, criado em laboratórios para vendas para agradar falsos adoradores de animais, quando nenhum animal for criado apenas para fins de abate ou lazer em festas populares, por hora, somos apenas meras criaturas primitivas com algumas qualidades mais elaboradas que na época das cavernas e nada mais!
A tendência fatal da humanidade de deixar de pensar sobre algo que não é mais duvidoso é a causa de metade de seus erros.
Esperar que dessa pandemia surja uma humanidade melhor é o mesmo que esperar que de uma unha encravada saia um dedão mais bonito.
Por todo tipo de má conduta durante essa pandemia, sou levado a crer que a humanidade piorou bastante. Pelo menos no Brasil.
Amor, o paradoxo da humanidade. Palavra religiosa de salvação. Projetado em algo ou alguém de forma particular passível da falsa sensação de reciprocidade. Busca incessante de realização e felicidade. Expectativa que sentencia, julga e condena o amado. Tribunal dos "vencedores", dos donos da "razão", do controle em desequilíbrio, ilusões no palco da vida. O desejo de ser amado como a quem manobra um fantoche. Moldar, controlar, manipular...
Amor, estado pleno e incondicional de amar sem esperar nada em troca. Servir e servir por sentir amar tudo. Tudo é amor. Desconstruir os muros e barreiras emocionais, fazer o lado dentro ser o lado de fora e assim vice-versa. Saber usar a razão de que tudo é o que tem que ser. O amor é o ato revolucionário de amar e só amar. Nada além disso. Amar verdadeiramente tudo para que nada seja desamor.
Quando a humanidade acabar,
O esforço será em vão,
Pessoas inocentes
Tentando se salvar da escuridão.
Pagando pela crueldade dos outros,
Elas correm da morte,
Alcançando fragmentos de vida,
Acreditando-se na sorte.
Crianças caídas no chão,
Aglomerados rezando,
Pessoas gritando por ajuda
E pais desabando.
Seu amor ao seu lado
Com o olhar destruído
Exibindo o desespero vasto
De você ter morrido.
Até o momento chegar,
Onde não terá mais ninguém,
Nem felicidade, nem vida,
A Terra, do Sol, tornou-se refém.
Tecnologia, informação, a era instantânea. O instante radiante. O prelúdio da humanidade, já evoluída? Ou por evoluir? Escravos do sistema, viciados por poder, fama e dinheiro. A busca do belo, do perfeito. A sofreguidão estética. A apologia da beleza venerada por narcisos, a busca pelo amor surrealista dos dramalhões ecoado por cupidos. As verdades escondidas por máscaras de pó ou por falsos perfis, os “fakes”. A mentira roubou o lugar da verdade, e hoje a impostora altiva comanda. Assim a ignorância estampa o belo contemplado como virtude. Com os avanços da tecnologia, o tempo tornou-se efêmero e a vida virou o simulacro dela mesma. Em seu mundo, hoje aprisionada fugaz, em outro mundo amanhã, velado jaz.
Espero que a humanidade não insista em acreditar que a humildade se adquire com o tempo. Na verdade se nasce com ela.
Quando o corroer dos valores periga as relações sociais, a humanidade degenera-se, e só uma consciência sã poderá reestabelecer a tranquilidade entre os homens.