Houve um Tempo

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Já houve um tempo em que me preocupava com o que as pessoas pensavam a meu respeito. Hoje não mais me importo, com o passar do tempo a gente vai adquirindo experiências que nos mostram como isso é pequeno, insignificante para merecer a nossa atenção. Quer saber? Achismos de ninguém me incomodam mais, que falem, que pensem e que achem o que bem quiserem. Se estou com minha consciência tranquila, a opinião dos outros não me interessa. A realidade é que por mais que a gente faça nunca vai agradar a todos, não existe a mais remota possibilidade disso acontecer; sempre existirão dedos apontados em nossa direção. Então fico em paz e me preocupo sim, mas sobre o que Deus pensa a meu respeito. Isso é o que importa, o resto é resto, deixo que se perca na estrada da vida, na poeira do tempo, porque não merece a minha preocupação!

Houve um TEMPO em que o Rei exigiu sua coroa de ouro cravejada por diamantes, rubi, esmeraldas.

Em outro TEMPO o Rei dos Reis, mesmo sem pedir recebeu uma coroa de espinhos.

Houve um tempo em que eu achei
Um momento que não duvidei,
Que era um sentimento real.
Foi lindo enquanto pensei
Mágico enquanto imaginei,
Que havia chances pra mim.
Me entreguei
Achando que era recíproco,
Mas quando descobri que não...
Já era tarde demais, eu estava apaixonado.

Houve um tempo em que partir era necessário. Outro, ficar era a solução. Hoje, refletir sobre as decisões a serem tomadas é o bastante.

Houve um tempo em que as mulheres determinadas eram chamadas de bruxas e queimadas sem piedade

Houve um tempo em que um conflito econômico era resolvido com bombas e guerras

Houve um tempo em que nada fazia sentido

Houve um tempo em que invenções eram um feito extraordinário

Houve um tempo em que se vivia em cavernas, onde fazedores de fogo eram mágicos poderosos

Houve um tempo em que voar como um pássaro era impossível

Houve um tempo onde estilo musical era coisas de gente insana e sem escrúpulos

Houve um tempo que mulher não tinha opinião própria, eram submissas ao macho alfa que dava as ordens.

Houve um tempo em que o povo não podia eleger seus representantes.

Houve um tempo em que impérios dominavam tudo

Houve um tempo que alguém se atreveu a fazer o impossível, e você está esperando o que? Ouse ir além.

Houve um tempo em que tudo era negrume, o brilho do sol era regido por lágrimas, as gotas da chuva eram feitas de sangue, o azul do céu confundia-se com o preto das lamas, o cheiro da terra já não podia chamar-se de cheiro, repugna.
Da repugna fizeram o perfume, das lamas tiraram seus alimentos, do sangue fizeram os escudos e o brilho continuou sendo as lágrimas. Portanto, não chore, não use escudo, não alimente-se nem use perfume. Seja a essência.

Houve um tempo que não podia nem te ver
Ainda fujo de você, quando posso
Queria falar abertamente do meu amor
Mas não estou segura se e recíproco
Isso me dá um certo medo.

Houve um tempo em que os homens eram gentis
Quando suas vozes eram suaves
E suas palavras convidativas
Houve um tempo em que o amor era cego
E o mundo era uma música
E a música era excitante
Houve um tempo... e de repente tudo ficou errado

Eu sonhei um sonho em um tempo passado
Quando as esperanças eram grandes e a vida valia ser vivida
Eu sonhei que o amor nunca acabaria
Eu sonhei que Deus seria misericordioso.

Eu era jovem e não tinha medo
Quando os sonhos eram realizados e usados e jogados fora
Não havia resgate a ser pago
Nenhuma música sem ser cantada, nem vinho não degustado.

Mas os tigres vêm a noite,
Com suas vozes suaves como trovão,
Enquanto eles despedaçam sua esperança
Enquanto eles tornam seus sonhos em vergonha

Ele dormiu um verão ao meu lado.
Ele preencheu meus dias com maravilhas sem fim,
Ele levou minha infância em seu passo
Mas ele se foi quando o outono veio.

E ainda assim eu sonhei que ele voltaria para mim
E que viveríamos os anos juntos,
Mas existem sonhos que não podem ser sonhados
E existem tempestades que não podem passar.

Eu tive um sonho que minha vida seria
Tão diferente deste inferno que eu vivo
Tão diferente agora do que parecia ser
Agora a vida matou o sonho
Que eu sonhei.

Houve um tempo em que existia passado, presente e futuro. O passado continua no seu devido lugar, já o futuro e o presente fundiram-se em um só. Vivemos e construímos o hoje sem dúvidas, sabendo exatamente como será o amanhã.

Houve um tempo em que o marxismo era a única droga dos intelectuais. Agora eles resolveram misturar aquela substância moralmente tóxica com as drogas propriamente ditas.

ROMÂNTICOS

Houve um tempo em que os poetas,
Ardiam de amor.
Catavam silenciosos, rimas,
Deliravam em febre e iam solitários,
Tudo em nome de qualquer amor.
Alguns escreviam deitados, e tomavam chá
De hora em hora, enquanto a amada chora,
Por desespero, por não amar,
Por não deixar-se amar.
A repulsiva sorte do pobre, a morte,
Ironicamente os inspiravam a falar de sorte.
Houve um tempo, tempo de delírios,
Dos moços, das tabernas infiltradas,
Das chuvas em mormaços,
De uma dor devastadora, que doía,
Uma dor que não suplantava
As mágoas do poeta em não ser amado.
Será que estar por vir esse mandamento,
Em que a poesia pede esse andamento,
Em vez de externar sua beleza, pureza,
Fica nas tranqueiras, no mal pensamento,
Viver só com a morte ao lado,
Morrer com a amada distante
Com a cama repleta de papéis cruzados,
De obras rimadas, de um corpo finado.
naenorocha

Houve um tempo em que os pais tinham que cuidar para os filhos serem responsáveis, e não o contrário!

Houve um tempo em que o carro era tratado como obra de arte, não somente um monte de metal sobre rodas.

Houve um tempo em que eu enxergava apenas águas turbulentas ao redor da minha ilha. Mas Deus fez-me andar sobre as águas.

E houve um tempo em que eu quis muito você, que o simples fato de você existir me fazia sentir bem. Ter você perto era importante, mesmo não sendo meu. Hoje eu percebo que aquela sensação não era de completo e sim de vazio. Ter você perto me fazia um mal inexplicável. Enquanto eu achava que aquilo era bom, ia me perdendo lentamente no som da sua voz e no vazio que se estendia entre nós. E que linda voz. E que vazio enorme. Ele foi maior. Acordei para realidade e finalmente entendi que você era o meu mal. Hoje ter você por perto já não é mais importante. Enquanto vejo você ao longe bebo goles de amor próprio e sinto, finalmente, uma felicidade inconstante me invadir. Se isso é esquecer, te esqueci.

SOBRE ESTA ANSIEDADE

Houve um tempo que eu era triste só e infeliz,
Houve um tempo
Que eu era solitário demais pra ser infeliz
Houve um tempo
Que eu era triste demais pra ser solitário.
Houve um tempo
Que eu não tinha mais tempo pra ser só
Hoje não tenho mais tempo pra ser eu...



"Houve um tempo em que os jovens ouviam ótimas músicas, havia bons programas na televisão, filmes agradáveis no cinema, amigos leais, diversão sadia nas discotecas ou nos bailinhos!... O que foi que aconteceu?!"

⁠ O internauta louco

Houve um tempo em que eu pensava que alguém se importava…

Com o que eu fazia, dizia, pensava, vestia, ou até mesmo com o que eu comia… Então eu fazia selfies e postava!

Ah… aqueles likes, aqueles "comentários", que me enchiam de orgulho… o tempo me mostrou que tudo isso é fútil, doces mentiras e que ninguém se importa, a não ser os algoritmos das redes…

Cansei das mentiras bondosas, dos sorrisos sem graça, das histórias sem enredos…

Ah… redes sociais. Quem te criou soube usar os limites da ilusão humana…

Descobri que pessoas que aprenderam a buscar prazer em coisas fúteis, nunca o acharão nas coisas necessárias…

Então descobri que a única rede que realmente importa, é a rede da vida real…

Houve um tempo não muito distante, onde eu acreditava nas pessoas cegamente. Por diversas vezes deixava de lado o meu querer pra satisfazer o querer alheio. Isso, e outros exemplos. Mas sempre com o mesmo final. Pensar no outro e esquecer de mim. E sempre saindo machucada. Daí você me pergunta: O que você aprendeu com isso? Bem, muito simples! A partir do momento que eu me coloquei em primeiro lugar, descobri quem estava comigo de verdade. Enxerguei quem ficava do meu lado e quem apenas andava comigo.

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos diaslímpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.
Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.

Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.