Horizonte da Vida
É aqui nesse mundo caótico que contemplamos a beleza, estimamos o admirável em um horizonte fugaz.
É nesse turbilhão de emoções que temperamos a vida com o frescor da sinceridade e o sabor do afeto em cada rosto de encontro.
É aqui onde tudo se devora que sentimos serena brisa, diante de nuvens inquietas e sombrias, em um oceano vasto de possibilidades.
É nesse mexido de gente, credos e raças, que a vida é latente, onde o amor supera os óbices, nos convidando a olhar e a viver.
No horizonte da vida, uma lua reluzente,
Inspiração divina, para todas as pessoas presentes.
Assim como ela, reflitam o brilho de Deus,
Deixem o Espírito Santo guiar seus passos nos céus.
As marcas no rosto e no coração são lembranças,
Das batalhas travadas, das superações alcançadas.
Cicatrizes que contam histórias de força e resiliência,
Ensinamentos que impulsionam a jornada com consistência.
Não importa a falta de brilho próprio em si,
Pois a luz de Deus em vocês sempre há de existir.
As fases e marcas no rosto são testemunhos reais,
Experiências que fortalecem, não são sinais de fracassos banais.
Sejam como a lua, que não busca a glória para si,
Mas que, através de seu reflexo, ilumina o mundo aqui.
Deixem suas almas brilharem, com amor e compaixão,
Espalhando a luz divina, sem pedir gratidão.
As marcas no rosto são símbolos de resistência,
Recordações de lutas enfrentadas com persistência.
E as marcas no coração são provas do amor vivido,
Laços que se fortalecem, mesmo após os momentos sofridos.
Cada fase vivida é uma oportunidade de crescer,
E as marcas no rosto são provas de como vocês puderam vencer.
Sejam exemplos de superação, força e determinação,
Inspirando todos ao redor com suas lições de coração.
Abram-se à luz eterna que Deus quer compartilhar,
Permitam que o Espírito Santo possa lhes guiar.
Que a transformação seja constante em suas vidas,
E que a busca pela evolução seja a essência querida.
Que suas jornadas sejam um reflexo do amor divino,
Motivando outros a brilharem, num mundo tão opaco e fino.
Inspirem-se na lua e em seu esplendor noturno,
Refletindo a luz de Deus, como verdadeiros seres de luz no turno.
Que a mensagem desta poesia seja um chamado à ação,
Para que todos encontrem a inspiração em seu coração.
Deixem o brilho de Deus transbordar em cada ação,
E sejam fontes de esperança, amor e transformação.
No horizonte distante, onde o sol se desfaz,
O mar sussurra segredos, ecoando a paz.
Ouço a melodia das águas,
Canção que acalma,
Trazendo consigo a serenidade,
Doce e calma.
Os pensamentos então se diluem no horizonte,
Liquefazendo as mazelas,
Refletindo a paz,
E um sorriso suave, que se desvela.
Olhar conectado na vastidão do oceano,
Onde a mente se faz poesia,
Consegue minha alma, no mar, encontrar,
Sua plena harmonia.
Ler no horizonte a palavra áfona. A voz que emana do vermelho-escuro-amarelo-claro. Desde que seja algo que se move por comover. Que instrua como ver o receptáculo, a inspiração que atua com sua própria força realística, cósmica, necessária porque se dá. Porque acontece. É tarde e um pássaro insone proclama a rebeldia que me ronda. Basta esse olhar.
Essas madeixas de noz. E sentir-te como eu.
Aquele que tem a Deus como o Sol Eterno a brilhar no horizonte do seu coração, sabe que o Senhor Concede as melhores coisas da vida no tempo devido, pois os ponteiros do Relógio Dele, marcam sempre a hora exata da nossa felicidade!
HORIZONTE DE AREIA
Com as alvoradas, tornamo-nos capazes de conciliar o horizonte e a areia. Compreendemos o valor das águas de outrora que, de grão em grão, formaram a praia do agora.
Realmente, “o rio já não é o mesmo”...
Os olhos estão no horizonte, mas, continuo sentindo a areia entre os dedos dos pés.
Alcançamos o horizonte com os olhos, e se olharmos para o lado, o vemos refletido em outros olhos. Diferentes perspectivas, mas, o mesmo horizonte. Assim, ele pode não ser só seu, como ser de todos ou, simplesmente, não ser de ninguém.
Não! Não é uma corrida, muito menos uma disputa. Na verdade, é um teste. Um teste de altruísmo e empatia. Um teste de quebra das barreiras do egocentrismo. Indiscutivelmente, existem mais horizontes do que olhos!
Mas, será que ele está longe? Não sei. Talvez. O que importa? O importante é que, mesmo que mude, continue sendo horizonte.
Os olhos estão no horizonte, mas, continuo sentindo a areia entre os dedos dos pés.
A areia está logo ali. Aqui. Apesar de os olhos serem suficientes, não são necessários à sua percepção. Diferentes sentidos a experimentam. Mesmo que tente fugir, ela te acompanhará. Ela te incomodará e despertará recordações…
Ah… e, como é bom recordar!
Enquanto o horizonte pode estar distante, a areia está ao alcance dos dedos. Cada grão traz um motivo, um significado. Um aprendizado! Às vezes, não enxergamos esse motivo, porém, a sua ausência conduziria a uma praia totalmente diferente…
Será que o horizonte de lá seria tão belo quanto o de cá?
Embora essa areia possa queimar em dias quentes, as cicatrizes deixadas são prenúncios de êxito para se chegar ao mar. Entender o porquê de estar onde está, é reconhecer a importância de cada grão, independente do que esse desperta.
Os olhos estão no horizonte, mas, continuo sentindo a areia entre os dedos dos pés.
Me volto ao horizonte. Eu quero chegar lá. Eu vou chegar lá! E, quando eu chegar lá?
Ah! Lá, o horizonte se tornará areia! Mas, se aquiete, viva cada grão, guarde o seu tempo.... Aí então, fique na ponta dos pés e olhe mais adiante.... Um novo horizonte estará a surgir!
Os olhos estão no horizonte, mas, continuo sentindo a areia entre os dedos dos pés.
A vida parecia uma estrada linda, aberta. A gente só via coisas boas no horizonte. Mas, de repente, tudo isso explodiu.
O homem à frente de seu tempo tem a visão que enxerga o horizonte além dos problemas criados pela mente.
O sol renasce no horizonte… A escuridão? Esta se esvai a cada lumiar da fonte motriz. E a esperança? É enriquecida pelo vislumbre, mesmo que sutil, mas perene. A vida, ressurge, sintetizando a benevolência energética da grande fonte de todas as coisas: Deus!
Sinto com isto, o pulsar desta fonte, simplesmente ao observar as maravilhas da natureza, que de forma quântica faz tudo orquestrar na mais perfeita sinfonia. Com este sentimento, sinto que estamos todos interligados, somos todos irmãos, cada um no seu momento, mas que, pertencemos a uma grande fraternidade, algo inexplicável aos padrões terrenos, pois, a imensidão do universo transcende a compreensão humana. Cabe a nós, então, olharmos para o alto, para as estrelas, para as constelações, para as galáxias, e assim sendo, perceberemos que somos ínfimos perante a grandiosidade da criação. Por conseguinte, o ego, importante para a evolução terrena, este, se desfaz em nossa pequenez perante o todo!
Buscai o alto, o inexplicável, o impossível, a fé, e o demais? Este lhe será acrescentado.
A linha do horizonte está lá, alí e aqui na altura dos nossos olhos. Uma linha imaginaria, caminho percorrido por um ponto, dado em diferenças por conta dos pontos de vistas, uma possibilidade de vermos juntos o que individualmente imaginamos . E o acontecer da vida se dá lá, alí e aqui!
AMANHECE A VIDA NO CERRADO
O sol reluz no horizonte do cerrado infindo
Trazendo o amanhecer com a sua grandeza
Luz, encanto e o céu de matizes colorindo
Tudo convertido em fascínio e em beleza
Enchendo de vida, e de suspiro a alvorada
O canto dos pássaros em seus burburinhos
Seduzem os ouvidos em uma doce batucada
Refulge o cerrado tonificando os cantinhos
Sob o céu, agigantado, aquele azul turquesa
Que com graça cobre o sertão de pura riqueza
Aclamando o alvor com solenidade e euforia
E, com a brisa matutina aquele afável frescor
Que soam nos galhos tortos com duro vigor...
Amanhece a vida no cerrado numa viva poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/06/2022, 05’05” – Araguari, MG
A BELEZA DO EFÊMERO
A vida é um instante passageiro, um suspiro breve no horizonte da eternidade. Sem avisos, ela flui, às vezes suavemente, outras vezes de forma abrupta, levando consigo partes de nós mesmos, experiências e pessoas queridas. E não é responsabilidade da vida nos preparar para essas perdas. Ela nos dá o essencial: o agora.
É no presente que temos a chance de fazer a diferença, de sermos verdadeiros e de espalharmos o amor em cada gesto. A vida nos presenteia com o tempo necessário, ainda que, por vezes, queiramos prolongá-lo. É nesse intervalo que cabe tudo o que somos e o que deixaremos.
E acredite, há uma beleza única na efemeridade da vida. Pois é no fato de que nada dura para sempre, que encontramos a preciosidade de cada momento. O instante breve, o toque passageiro, o sorriso inesperado, todos esses detalhes, por serem transitórios, tornam-se extraordinários.
Viver plenamente, aceitar a impermanência e, ainda assim, abraçar o presente com tudo o que ele oferece — essa é a verdadeira beleza da existência.
Assim, não se deixe cegar pelas promessas do futuro ou pelo peso do passado. O que realmente temos é o hoje. Ame, reconcilie-se, perdoe, aprenda e semeie gentilezas. Pois, ao final, serão as lembranças que criaremos nos corações dos outros que perpetuarão nossa passagem por mais alguns breves momentos.
Aproveite essa dádiva do tempo, enquanto ela ainda é sua.
Teu lindo sorriso
Abraça a vida, de leste a oeste,
Inundando a terra, até chegar ao horizonte,
Quando então se perde, na imensidão do céu,
Onde vai encontrar o brilho das estrelas,
Que refletem, cintilantes, a radiante e luminosa
Energia mágica que extravasa do teu olhar,
Cristalino como a água da fonte
E puro como o sorriso angelical de uma criança,
Que na alegria de sua inocência,
Desabrocha para o futuro, certa de que encontrará
A felicidade que repousa no carinho, na bondade e no respeito,
Da mesma forma que para mim repousa...
... A felicidade em teus braços.
Versão modificada do poema para a Língua Inglesa:
The light of your smile
Embraces life, from East to West,
Flooding Earth, till it reaches the horizon,
Where it encounters the stars,
Over the sky, that reflect brightly
The brilliant and magic energy
That flows from your eyes,
Even behind dark glasses.
Do Livro POEMAS ESCOLHIDOS (2012).
CHEIRO DE CERRADO
Quando a alvorada chegou, eu fui a janela
Sentei-me. O horizonte abriu, a vida arfava
Eu, ao vento, atraído, a essa hora admirava
E estaquei, vendo-a esplendorosa e bela
Era o cerrado, era a diversidade em fava
Céu róseo um mimo! A arder como vela
De pureza singela tal qual uma donzela
Que hipnotizava a alma, eu, observava
Então me perdi no perfume que exalava
O olhar velava com pasmo e com tutela
Aí, hauri toda a essência que fulgurava
E agora, fugaz, lembrando ainda dela
Sinto o cheiro, que na memória trava
Da alvorada do cerrado vista da janela
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Em meu horizonte só enxergo você
Tu és o meu amor,és o meu bem querer
A minha vida dedico a ti
Em cada respiração agradeço com um sorriso
Por ter você sempre comigo
Nunca me senti só,pois sempre está comigo
És o meu abrigo,meu motivo pra viver
Em você eu tenho a paz
Que eu sempre quis ter
Eu prefiro a morte do que ti abandonar
É em você que eu me inspiro
Pois assim estou aprendendo a amar
E apenas a ti eu dedico meu amor
Assim e sempre,ti amo meu Senhor!
A vida mostra caminhos diferentes ao longo de sua estrada.Ao olhar o horizonte sinta a preciosidade de cada pensamento, de cada olhar, de cada gesto e lembre-se que virtudes são construções sedimentadas no amor.
Pelas constantes caminhadas da vida, olhei diante do horizonte e vi que em um mar de ar condicional, existe ainda uma maçã podre por entre todo o cúmulo de destreza que habita por entre respeito e ódio.
Prefiro ser da forma que sou, ao fantasiar algo que nunca fui, afinal algumas pessoas mudam apenas pelo simples fato de mudarem, mais a mudança contorce nossos pensamentos, e afugenta-nos dentro de nos mesmos, instigando todo o medo que temos para que possamos encontrar o mais próximo precipício dos corredores da morte!
Existe quem te ama, existe quem te odeia, existe quem se importa com você, e apenas existe quem se refugia em você, e desses refugiados, pessoas desgovernam corações, e descartam-se de tudo o que retorna pro fim de ti, que existe pelo sombrio sonho de ser feliz, porém, em vão, pois são os sonhos perfeitos do real esquecimento de feliz ser, seja em sonhos, ou em vida que lhe muda de uma forma imperceptível.
Meio sem sentido podemos chamar nossas “vidas”, por qual motivo viemos ao mundo?
E para onde iremos quando morrermos?
Para onde podemos nos render para que não possamos mais sofrer como sofremos em vida?
Perguntas que apenas não existem ao certo respostas.
E os meus pensamentos, quais foram os pequeninos momentos pelos quais me dediquei cada segundo a mim?
Difícil lembrar de tudo aquilo que quero lembrar, e simples conseguir esquecer do que não quero que exista mais em mim.
As vezes queria ser salvo por mim mesmo, e colorir minhas frases e minha vida, com cores que se mechem, queria ao menos ouvir tudo que quero dizer mais não posso.
O mais próximo que cheguei de ser feliz, não importa pois a tristeza rodeia minha vida segundo a segundo, e o mais próximo que fiquei triste se resume no sempre, e sem me deixar levar pelo tempo, aprendi que a felicidade não existe, pois você fica feliz por vagos segundos, e depois retorna para a rotina da tristeza.
A paciência que eu sempre tenho em ficar cara a cara com tudo o que se julga melhor, me demonstra apenas não ser diferente, mais mostra para mim mesmo, que não sou apenas mais um alguém que batalha pelos continentes a fora, procurando mais um motivo para viver, ou alguém buscando um motivo a mais pra encontrar mais cedo que se espera o vazio da morte.
Talvez eu não possa amar nunca mais, ou possa quem sabe ser amado para sempre, e porque seria possível jamais se contentar com o destino mais impróprio para nós?
E a cada voz...
Porque existe um arrepio tenebroso na longitude do coração ao caminhar dos nossos vazios passos.
Porque eu seria capaz de odiar a mim mesmo?
Talvez porque além de eu ser o que sou, ainda tenho que ser o que um dia serei.
Porque você me castiga quando me ignora, ou porque você não me odeia quando te amo?
Porque perguntas não compactam com respostas?
Porque você não vive para sempre pra dizer que me ama?
Porque somos assim, perfeitos um para o outro, e porque somos tão diferentes?
Apenas teus olhos podem responder perguntas que minhas frases calam com um simples olhar!