Horizonte
MUSA DE MONET
Guardei o teu retrato
No horizonte da ilusão
Depois do arco-íris
Surgiu uma distração.
Um vulto de mulher
Andando devagar
Em minha direção
Musa de Monet
Pensei fosse você.
O amor é mesmo infante
Virou hoje um fantasma
Quem foi um dia amante.
Evan do Carmo
A Taça
Lá bem longe, onde o horizonte descansa e o vento faz a curva e a vista nunca alcança e imaginação descreve, tem uma cidade e no seio dela há um mercado que vende todas as intenções.
Há cheiros saborosos, paladares indescritíveis e ideias nunca despidas e negócios sem questão de pendências.
As portas se abriam ao último vento frio das madrugadas e se encerravam ao findar e ao tremular a última questão.
Junto ao burburinho ela adentrou a procurar algo mais que o destino guardara e o desejo não lhe proporcionara. Revirou não encontrou e na saída viu uma velha maltrapilha com uma taça cravejada de pedras preciosas, bordada com filigranas de ouro.
Teve piedade e se condoeu por ela, velha, sozinha e na sua bagagem somente a taça.
Foi depositar uma moeda em seu xale esparramado pelo chão e a velha sussurrou.
— Não preciso de esmola.
— Então me vende esta taça quanto custa? Quero ajudá-la.
— Quero uma morte digna, um teto cheio de palavras amorosas, ouvidos curiosos para que eu possa contar minha viagem e mentes sem julgamento para desdobrar minha bagagem.
— Mas o que esta taça guarda em segredo para que eu possa levá-la e a você em minha história?
— Se beber o que ela contém, terá a solução de todas as suas perguntas.
Respostas que nunca achará em livros e a inteligência de ninguém vai verbalizar para acalmar seu coração.
— Vou pensar, consultar as entrelinhas, volto logo.
— Estarei aqui, pode ir à diversidade desse mercado que não vai preencher seu coração.
Caminhou lentamente de coração vazio entre as sedas macias e esvoaçantes do mercado. Não se encantou com as suas cores alucinantes.
Colocou nos dedos anéis fabulosos de pedras facetadas e lapidadas mas que não contornavam nem de longe as curvas de sua insatisfação.
Observou os mágicos, mas sabia de todos os seus truques. Comeu quando o estômago desejou, mas não houve surpresa no seu paladar.
Sentiu o perfume absorvido de toda a ciência e alquimia, mas seus cheiros não descortinam nenhuma lembrança.
Ficou cansada, tinha que voltar, sua ausência estava expirando, voltou à velha:
— Eu compro esta questão.
E foram para casa e a viagem apenas começou.
Todas as manhãs, em sua cama profundamente macia em sua tenda com tudo o que era sua conquista, abarrotada de troféus dependurados e perfumados e os dedos cheios de anéis diplomados, bebia da taça e sua mente se abria, clareava e tinha a solução de todas as questões.
Mas o tempo soprou e as dunas mudavam de paisagem e o que era ontem, hoje tinha outra face e o que era absoluto ontem, hoje de nada valia e as questões iam e vinham, passavam mas não encontravam repouso, resolução não terminavam, caiam feito goteiras, cada dia em lugar diferente.
Ela se irritou; tudo tinha que acabar. Queria um mundo soprando fresco em sua face, absoluto, sem discussão de nada.
Foi à velha reclamar.
— Bebo da taça velha, todos os dias e quanto mais bebo mais goteiras perturbam minha calma, você iludiu meus pensamentos e minhas melhores intenções, onde mora a solução finita de todas as minhas angústias?
— Você tem que beber da outra taça.
— Onde está a outra taça?
— Eu bebi tudo o que nela continha e a manuseei tanto que ficou gasta, fina, transparente, trincou as bordas e a haste
esfarelou e virou areia que o vento do deserto sopra.
— Velha você me enganou e me vendeu ilusão. Qual a verdade que mora nesta taça ou vai me vender à prestações? Vá ao deserto agora e diga ao vento para juntar todos os fragmentos e monte outra taça porque eu quero beber dela.
— Isto é impossível! Não posso recolher palavras de uma vida, não posso relembrar de todos detalhes. Na verdade tudo que bebi habita comigo, me escute.
— Não tenho tempo.
— Então não tem sabedoria, "o saber” leva tempo saber: é uma consulta longa e o diagnóstico, a conclusão, é sem tempo exato.
— E o que faço com a senhora, a jogo nas esquinas?
— Eu sou taça, a sabedoria que você tanto procura não vai acalmar suas decisões e não vai ser taça se não me escutar. Vai ser areia triturada do deserto e nem vai saber onde ficar quando envelhecer: vai vagar, perambulando, rodopiando feito areia sem dar a ninguém o seu recado.
Tem que reescrever e solucionar todos os dias. Todas as horas. E o mundo vem, pisa em cima de suas intenções e você novamente reescreve. Deixa seu rastro. Sua Verdade. Sua Sabedoria. Sua persistência.
Por que quem vive muito, rejuvenesce nos ouvidos de quem escuta.
E o ou vinte amadurece.
Alcança cheiros, sabores, paladares indescritíveis, amadurece na procura e aprende que além dessa taça existe outra e esta não está à venda mas dela todos podem beber se você tiver fé na sua sabedoria.
Dentro dela há a esperança que encurta todos os caminhos.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Meu espirito fala puramente ao universo
Meu destino observa o horizonte de minha escolha
O movimento excêntrico da paixão
Encosto sutilmente na cereja silenciosa
Entrego-me
Sentindo perfume misterioso do amor...
CALMARIA
Feche os olhos
E imagine um horizonte
Onde se vê ao longe
A neblina da manhã
Feche os olhos
E ouça o cantar dos pássaros ao amanhecer
O som do ventos, que balançam as folhas
E deixe a neblina chegar
Feche os olhos e faça sua oração!
Deixe a felicidade te abraçar
Na chores, não, não chores
Deus estar cuidando de tudo
E logo tudo vai passar.
Alécio Nunes
Na delicadeza das minhas palavras e gestos sempre demonstrei ser uma pessoa distinta.
No horizonte dos meus pensamentos sempre trago um pouco da luz de quem me norteia.
Na força do meu olhar procuro propagar, que não há nada mais "distinto e iluminado" do que o sentimento de amor próprio e ao próximo.
"
Flávia Abib
Verde no horizonte
Das alturas vejo em meio
A destruição
Sujeira
Pecado
Pequenos traços verdes
Parece que consigo pega-los com as mãos
Parece tão perto...
Mas não posso ir lá
No meu paraíso
Lá não há dor
Pecado
Sofrimento
Humanidade
Lá é livre de todos os males
Se eu pudesse ir até lá
Descansaria
Deus como quero descansar!
Mas o verde é ilusório
Onde o homem estiver
O mau vai estar a espreita
Procurando brechas
Pará se manifestar
O homem cura
Mas tem medo de segurar
Uma navalha nas mãos
Como confiar?
É mesmo que esse verde
Puro, limpo, sagrado
Imaculado
Estivesse em meu alcance
O sofrimento me alcançaria
Pois onde eu estiver
A dor me alcançará
A humanidade há em mim.
Limpa minha mente Mestre!
Ela ferve como uma chaleira,
Coloca um pano frio e úmido
Sobre minha testa
O vapor é a prova de que fui
Curado
Eu quero me transformar no Verde
Me fundir a ele no horizonte!
Ser imaculado como ele
Impõe as mãos sobre mim!
Tira a humanidade de mim !
Tira o instinto !
Me faz superar a bestialidade!
Transforma minha mente
No jardim do éden
Antes do homem chegar.
Que o dia chegue escavando alegria e deposite em nós aquela felicidade que deixamos no horizonte. Que o tempo goste de simplicidade e despiste essa saudade teimosa que insiste permanecer no inverno e nos traga primaveras redefinindo o momento exato em que deixamos àquelas estrelas, aquela vida pulsante na superfície dourada de um céu que só fazia chover salvação. Que o seu sorriso continue na ressonância da minha mais ínfima lembrança, surgindo dessa forma inesperadas alegrias que caminham desencontradas, longe de você. Assim, nessa totalidade, talvez hoje a saudade seja carcomida por uma imensa perspectiva de primaveras que anseiam por nós.
"Do horizonte só descem soluções para quem abraçou os problemas"
- Existe uma extrema cumplicidade entre o problema e a solução, de tal maneira que, a inexistência de um torna irrelevante a existência do outro.
Abrace com intensidade cada problema pois a solução é a real razão para a existência do mesmo.
Pétala do Horizonte
Quem diria, nesta tarde tomei minha inspiração
Um punhado de folhas na mão, uma caneta para expressar o meu estimar
Onde naquela montanha, o por do sol alvejou minha visão
Ali pude ver e sentir com clarividência, um toque subliminar
eu e minha futura no altar, votos e bebidas de frente com o mar
Mulher doce e refinada, como posso ignorar?
A mais airosa memória que o ser humano pode recapitular..
Vastos cabelos balsâmicos ao transitar
Olha.. que delícia de lembrar, a visão..
Eu e ela, uma vida e um lar.. e é uma pena
por o nome dela não poder citar..
Porém a vida, o vento e o mar.. criação bela de se amar,
sentir e agraciar.. me trará a bela lembrança daquele olhar
Olhar no qual germina meu peito a palpitar.. ondular.. tremular..
me impulsa a querer se arriscar
Onde o pressentir do toque ao meu coração, naquele dia.. aquela pétala arrancar
No horizonte, de frente as águas.. rescender o aroma e pensar..
Onde está.. aquele meu favorito e doce pulsar?
"Não fique imaginando, divagando, sobre o horizonte.
O horizonte não é um padrão.
Os olhos de cada um fazem seu próprio horizonte.
Deita-te, sol por detrás do horizonte,
Enquanto meu pensamento é um mar,
Estonteante de amar...
Deixe-me, sol, e a esse crepúsculo entrega-te,
Enquanto meu coração é lamparina
Às noites tenebrosas.
O sol rompe o horizonte com seu esplendor, e insulo amanhece principiando o alvorecer, sem lua, estrelas, em um céu guiador, para toda imensidão vermelhecer.
Ousadamente, apartado, o sol ergue o amanhecer.
Lagrimas de Deus...
Corpo rumo ao horizonte sinto a brisa refrescante raios solares a natureza em festa transmitindo harmonia entre mente corpo alma numa fração de segundos sinto luz do astro rei ofuscar minha visão um arrepio no meu corpo alegra alma como unção recebo uma um gota beijando minha face, olho para o céu de brigadeiro, límpido e azul já preso em minhas loucuras num raro momento de reflexão olhando e contemplando a obra prima do criador tento desvender mais um mistério. Por ser um mero mortal e não ter os privilégios de João Batista (espirito santo) penso que não estou sozinho nesse planeta percebo que nas minhas maiores aflições e questionamentos sobre minha existência na terra me é enviado esses sinais para aquietar minha alma, num momento de lucidez o espirito santo afasta meu pensamento da energia negativa de lucifer lembro que sou filho do criador do universo.
23/12/2020 06:45
Gilson de faria.
Que todo dia, sejamos o bom dia no caminho de quem precisa.
Que vejamos no horizonte mil motivos singelos para sorrir.
Que entendamos que o amor nasce de sementinhas de bondade.
A raiva, o rancor e a mágoa apenas passem por nós e não permaneçam.
Nossos olhares vejam além do que pareça ser o nosso próximo!
E nos importemos com sua dor e lhe ofereçamos o ombro.
Brindemos aos momentos de tédio, sem excessos ilusórios de uma falsa positividade!
Choremos nossas dores, em paz. Sem que ninguém nos forçe a ter máscaras de sorrisos até nos momentos em que precisamos de um tempo para recompôr-nos .
Apenas oremos e o façamos saber de nosso amor, disponibilidade e cuidado.
Que nossos pais sejam nosso maior tesouro, nossos filhos dádivas e nossa família próxima porto-seguro e paz.
E quanto aos amigos, se for um apenas ou mais, que sejam pura leveza, compreensão, cumplicidade, sinceridade e verdade. Se assim não for, melhor não tê-los.
Sonhamos com um mundo ideal ( que aliás, nem existe), no entanto, nos esquecemos do básico...
GENTILEZA, RESPEITO, TOLERÂNCIA, CARÁTER, BONDADE, AUTOCUIDADO, AUTOCONHECIMENTO e o resumo de tudo isso, o AMOR!
Não tem receita pronta, mas também não há mistérios. Cada um respeitando o limite do outro.
No fundo, todos sabemos exatamente o que fazer, nem sempre o fazemos!
O mundo ideal não é perfeito, é simplesmente humano!
Paraíso...
Oh cachoeira...
Lá na gruta...
Onde o bater das águas...
Chiam em ecoa no horizonte verde das matas.......
Águas cristalinas desaguam em rumo longínquo...
Ali..
Lagoa e riachos...
Correntezas que não param nem para descansar....
E a natureza despida é calada...
Águas mansas que encantam e vão despraiando em todo lugar...
O sol...
Se faz presença....
E eu como Poeta...
Vagarosamente me aproximo do Mar...
Olho o oceano...
E imagino seus mistérios....
Águas claras e quentes que me convidam a ficar...
Um delicioso aconchego....
A batida nas pedras....
Demonstram em meu olhar...
Terra sedenta por água..
Eu impotente e dependente...
Dois mundos ligados num só cúpular...
Nesse momento...
Vejo as histórias que começaram....
O Poema mistura com o infinito....
Olhos marejam junto as estrelas...
Aguas que continuam a jorrar...
E bate e espraia criando um majestoso nevoeiro...
Algo inimaginável acontece...
Murmúrios das pedras...
E rugidos do mar...
Ecoam nas grutas daquele lindo paraíso.....
E as espumas brancas aplaudem...
Hoje....
Posso desenhar detalhes dessa natureza.. Momentos...
Belos momentos....
Mas tudo isso....
Me trás...
O doce misterio da terra, do sol e do mar...
Paraíso majestoso esse...
Quem sabe...
Volto novamente...
Com a presença...
Das gotas e espumas daquele glorioso lugar..
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O céu está um pouco nublado!
Sentei abaixo dele e deixei
Meu pensamento vagar.
O olhar no horizonte,
O vento ao pé do ouvido,
Os pássaros voando.
Pude ouvir um cachorro latindo,
A água do ar condicionado pingando,
Pessoas ao fundo conversando.
O céu está um pouco nublado
Mas ainda há esperança.
No início da luzes no horizonte ....
Silêncio absoluto...
Sendo virtude um sonho.
Bem breve quando a vida que passa...
O silêncio a tomou...
Seja feliz ou triste a chuva te faz sonhar...
A chuva projeta a vida...
No simbolismo eterno da vida.