Horizonte
A imensidão dos céus
Me guia até a linha do horizonte
Fecho os meus olhos
Caminhando sobre a ponte
O dia me dando adeus
Com tons alaranjados
Tudo que essa vida me prometeu
Eu fico extremamente grato
Tamanha escuridão noturna
Que me perco pelas ruas
Fico por horas estarrecido
Admirando as constelações e a lua
No horizonte do crepúsculo
as cores esmaecem em rosa e azul,
abro as asas e o abraço
na paz do dia que se despede...
Neusa Marilda- 26 de maio de 2.010
CREPÚSCULO NO CERRADO
Na tarde do cerrado, rubra o horizonte
Pulsa, nos arbustos de galhos tortuosos
O fim do dia. Em cheiros tão saborosos
No crepúsculo tropical, de poética fonte
Tudo, entre rútilos, vermelhes fragosos
Raspando a luz no seu total desmonte
Gerando sombras e enigmática ponte
No breu, vozeando coros lamentosos
A lua, se apresenta com seu alvo manto
Cercada no céu por um véu de casimira
Desenhando o anoitecer com ternura...
Dentre todas as criaturas, meu espanto
Por tão dadivoso encanto, que se expira
No fugaz beijo, inicia a noite, tão escura.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Enquanto o Sol não raia no horizonte, mato a saudade do meu canto, com a cuia e a bomba, misturando a água, o mate e o pranto.
Entardecer
O sol vai caindo pela linha do horizonte
Sente-se uma calma irregular
Que faz uma espécie de ponte
Com o sentimento daquele olhar.
Além, um grupo de amigos sentados,
Todos na mesma brincadeira,
Fazem-lhe lembrar momentos passados,
Antes de ter cometido tal asneira.
E atira uma concha ao mar
Com uma fúria descontrolada
Como se ele pudesse pagar
O facto dela ter sido mal amada.
Por fim, contenta-se com a resignação,
Ninguém pode aliviar o seu sofrimento
Nem mesmo o cheiro a maresia,
Tem despedaçado o coração
E agora apenas o vento
Lhe vai embalando a fantasia.
hoje lembrei os medronhos, enquanto o sol se punha no horizonte, acesos ficaram sonhos, no doido intento de me levar à minha fonte...
O mar, grande e imenso junto com a linha do horizonte, criando uma bela paisagem faz qualquer pessoa ter paz e tranquilidade, da mesma forma que acontece quando vejo seu sorriso.
Olhei para dentro através do horizonte.
O mar, o medo
A areia, o porto seguro
As ondas, as adversidades
O horizonte, os caminhos
Eu, o marinheiro
Em tudo isso a certeza em que devo atravessar pra saber o que me espera do outro lado.
Que a beleza da vida possa te inspirar para superar quais sejam os problemas;
Que o seu horizonte seja iluminado e tenha a viabilidade plena que Deus nos presenteia;
A glória está além do horizonte. Desafie aquilo que é inacessível. Fale de conquista e a demonstre.
(Rider)
Olhar em redor e não ver outra alma entre você e o horizonte pode ser uma imagem estranha e perturbadora.
Construir uma democracia não foi tarefa fácil. Mas a recompensa que acenava no horizonte era tão preciosa quanto perene: uma vez estabelecidos os parâmetros fundamentais da democracia, o sistema político continuaria estável para sempre.
Existem dias, que a minha saudade
ultrapassa todos os limites...
Rompe paredes e alcança horizontes,
e uma nobre e doce ansiedade
de te ver e contemplar a tua imagem
e numa visão imaginativa: te vejo em meio a paisagem...
pálpebras
(de manhã)
pro cerrado abro a janela
vejo o horizonte, audaz
as nuvens içam sua vela
à noite as fecho, usual
a lua fica lá fora
o céu ruborizado, colossal
estrelado, avança a hora...
durmo neste ritual!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
Nunca me leves a lugar nenhum,sem saberes o rumo do teu navio.Existe mar aberto no meu horizonte,consigo ver além das ondas que se desfazem bailando em espuma,embriagadas de quimeras dos mestres da antiguidade que navegaram por elas,deixando segredos vindos das profundezas dos Oceanos.O meus cais espera me,eu sei de onde venho e para onde vou,não tentes confundir me,isso não seria possível. Procura no âmago de ti a tua verdade e navega dentro do teu coração que ele te dite as regras ,que ele te encaminhe as profundezas do teu ser e que sejas apenas tu a ver a luz, sem te confundires.Sabes, é preciso mergulhar para se chegar ás alturas.Em amor ágape,o mais puro da fonte bendigo te irmão.
Um Domingo iluminado!
Carla S.Duarte
VITRAL, CERRADO (soneto)
O cerrado é tal um vitral multicor
Se olharmos do horizonte é sombrio
Se aproximarmos é denso e luzidio
Seivoso nas partes e cheio de fulgor
E, é assim no seu sagrado feitio
Ornado de diversidade, senhor
Desigual, mas nos causa ardor
Verão pluvioso inverno seco e frio
Cerrado, igual vitral, encanto maior
Vento ao vento orquestrando assobio
Súbito, misterioso, da flora mediador
Regulai os olhos, ao olhá-lo vadio
De repente é tudo aos olhos, sedutor
E ao encanto, presságio e arrepio
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
►Horizonte
Estou chorando, pensando em você
O telefone está tocando, mas não irei atender
Não consigo me reerguer, me sinto fraco
Não sei o que fazer, me sinto a mercê da dor
As memórias não cessam o fogo
As minhas lembranças me deixam afoito.
No esquecimento eu reservei um assento
Um lugarzinho, para que você possa descansar
Um vazio, que jamais poderei silenciar
Não tema, digo aqui, em um tolo poema incompleto
Que sempre a amarei, pergunte ao horizonte
Ele sabe bem o quanto sinto sua falta, daquele campo florido
O quanto sinto saudade de nós dois sorrindo
Do seu beijo me causando arrepios
Do meu abraço segurando forte o meu mundinho
Mas, como uma brisa suave, esse tempo se foi
Se foi, para sempre e não voltará, não mais
Hoje vivo a solidão, que sempre te traz de volta
Como uma miragem em revolta, me atacando.
Estou chorando, não sei quando terminarei
Mas sei que contigo sempre sonharei
Prometo que guardarei você nestas minhas rimas
Frases líricas, sofridas, para ti, linda
Guardarei o desejo que eu tento arduamente calar
O desejo de te carregar, te beijar sem parar
Me afogar em seu mar, como um dia eu fiz
Como no dia em que eu fui realmente feliz.
"A liberdade é extensa ao horizonte
Cortando um rio de lágrimas e fazendo o
vento soprar a vela da esperança
de dias melhores para o amanhã"
CERRADO ALVORECENDO
Um raiar grande e luzidio, um alvoroço profundo
O amanhecer no horizonte em histeria tremenda
As maritacas nos buritis já se fartando da merenda
E o cheiro do chão duro, do bafejo manso é oriundo
Preme pela janela o raio de sol rachado na fenda
O vento seco trovando suspiros vindos do fundo
Da melancolia, que traz a saudade num segundo
E que desperta no sertão com a mais bela legenda:
De vitalidade, pois é a diversidade já alvejando
Vê! Tudo é magia, leve, com toda a sua ousadia
Brilha o capim dourado no campo, em bando...
E tudo vai demudando, tal uma doce poesia
Escritas com as mãos do Criador, ali rimando,
A vida com a lida do alvorecer de mais um dia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
*no olho do furacão do COVID-19