Horizonte
SETEMBRO
Do pôr do sol neste horizonte rubente
Eu perco-me, é tarde cálida no cerrado
O pensamento ao vento e tão passado
Numa contemplação remota e ausente
A sensação se encole, e o vazio espora
Ergue ao longe uma solidão perturbada
E da saudade se ouve uma voz chorada
Sussurrando ao ouvido agrura que cora
Num segundo o céu tornou-se agreste
E as minhas sofreguidões tão sozinhas
Se espalhando por todo canto celeste
Setembro. Sua rima nas prosas minhas
É! ... falam de amor, como se me deste
De novo a flor, que pro amor avinhas...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, setembro, 11, 18’27” – Araguari, MG
AMANHECE A VIDA NO CERRADO
O sol reluz no horizonte do cerrado infindo
Trazendo o amanhecer com a sua grandeza
Luz, encanto e o céu de matizes colorindo
Tudo convertido em fascínio e em beleza
Enchendo de vida, e de suspiro a alvorada
O canto dos pássaros em seus burburinhos
Seduzem os ouvidos em uma doce batucada
Refulge o cerrado tonificando os cantinhos
Sob o céu, agigantado, aquele azul turquesa
Que com graça cobre o sertão de pura riqueza
Aclamando o alvor com solenidade e euforia
E, com a brisa matutina aquele afável frescor
Que soam nos galhos tortos com duro vigor...
Amanhece a vida no cerrado numa viva poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/06/2022, 05’05” – Araguari, MG
SURGIR O DIA (soneto)
Tinge-me o horizonte do cerrado... Agora
Rubro, no céu azul, num fascínio profundo
De fogo, tinge as nuvens em um segundo
Nesta encenação, exibe, o raiar da aurora
A madrugada, crespa, num ato facundo
Poetando o sertão, e, pelo sertão afora
Solta o véu do dia, numa lindeza sonora
Revelando as curvas do cerrado ao fundo
Mas antes busca a magia com que pinta
Com o colorido diverso de tal grandeza
Usando a quimera como abrasadora tinta
Eclode, deixando a melancolia e a mágoa
Aos pés da noite, cobrindo de luz e beleza
E pondo pasmo os meus olhos rasos d’água
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Anjo em mim
Olhando pro horizonte
Vi o mal me habitar
Resisti à tentação
E consegui expulsar.
Nesta hora o bem chegou
E o meu eu aceitou
Ele comigo ficar.
Santo Antônio do Salto da Onça/RN
23/11/2023
Quem pela fé enxergar o brilho de seu horizonte, com certeza chegará ao fim de sua conquista ou estar em um alto monte.
Tire as mazelas, grosserias e deslizes da sua vida, mirando um horizonte promissor de planejamento, honras, trabalhos dignos e sucessos.
Cultive o que você ama, andando com segurança, olhando para o horizonte, criando desafios e alvos para correr riscos e buscar conhecimentos que lhe porão no topo da prosperidade profissional.
"O fruto incerto, que se antecipa no horizonte como promessa de prazer, mas que, por sua natureza efêmera, se esvai antes mesmo de alcançar sua plenitude, é qual a flor que se despede antes do tempo, deixando entre os dedos o gosto amargo da iminente perda. Como um fim que se aproxima silenciosamente, esse fruto, à medida que se aproxima de seu amadurecimento, revela-se fragílimo e vulnerável, sendo, por fim, consumido pela própria incerteza que o gerou. E assim, o desejo de colhê-lo se perde no vácuo da dúvida, onde a certeza de seu fim iminente é a única certeza que se possui."
Não arraste ou puxe alguém para subir junto a montanha, tem pessoas que não suportam novos horizontes.
Viver e amar, e quando o Sol raiar, caminhar na praia e sentar na areia, para olhar o horizonte do mar.
Quando o galo canta de madrugada, a passarada fazendo alvorada, o sol nascendo no horizonte atrás dos montes, ilumina serras e baixadas, é Deus clareando a terra, amando os filhos seus. Sorria você é uma pessoa amada.
Quando cientistas prenunciam catástrofes na linha do horizonte humano, só constatam o descuido desse com seu próprio destino.
Caminhamos rumo a um horizonte que parece recusar nossos passos. De fato, a história é, inexoravelmente, uma sucessão de ocorrências cíclicas.
As maçãs- como a de Newton - continuam caindo para nos revelar, mais do que a gravidade, a queda de tudo que superestime o destino das coisas terrenas.
A distancia entre o céu e o mar, termina no horizonte infinito dos sonhos é lá, onde se derrama permissões e possibilidades, suaves concessões da ancestralidades para vagar na cor da noite e absorver o cheiro suave e doce do serenar, onde somos iluminados por esta energia que nos cumplicia.