Hora
Lá vem ela toda fasceira
A espera do triunfar
Sob as lágrimas
Do anfitrião
Que não pode esperar
Tanto tempo
Tantas coisas
Tantos êxitos
Tantos outros dissabores
Glórias e horrores
Quisera eu triunfar.
Tudo agora custa
Os olhos da cara
O pão nosso do dia a dia
Esvai- se rumo
Ao mar (de lama)
Veja meu jovem!
Não tenho mais presente
Não terá mais futuro
Agora... jaz
É a hora da morte;
Amém!
MEIO DIA NO CERRADO
Meio dia. Um canto do cerrado ermo
O silêncio quebrado pelo som do sino
A solidão na saudade sem meio termo
Céu nublado e vigorosa chuva a pino
O vazio cai na calma como um castigo
Não há burburinhos e nem um destino
O planalto devastado, ausente e antigo
Está deserto de fantasmas e de almas
A minha angústia não encontra abrigo
O vento nos buritis, parece bater palmas...
Luciano Spagnol
12'00". Novembro, 2016
Cerrado goiano
A HORA
Morrer, Senhor, de súbito, eu quero!
Morrer, como quem vai em sua glória
Despedir-se do mundo em ato mero
De repente! Na bagagem só memória
Morrer sem saber, estou sendo sincero
Rogo, por assim ser, a minha tal hora
Morrer simples, sem qualquer exagero
Onde o olhar de Deus a minha vitória
Morrer, sem precisar ser feito severo
Das estórias que fique boa história
Fulminando sem lágrimas e lero lero
Assim espero, digno desta rogatória
Morrer fruto do merecimento vero
De ser ligeiro, cerrando a trajetória
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Augusto Frederico Schmidt
A HORA
Sou a poesia que se veste de assa
Sem forma, ou fim, sem tal medida
Escrevo com o coração em arruaça
Nos versos escorrem a minha vida
No tempo que passa, num segundo
Se ventura ou desgraça, vai e vem
São os devaneios de meu mundo
Que compasso, sem ter desdém
A correr, vou levando com graça
O meu destino se vai de partida
Deste modo vou sem a ameaça
E na emoção ter a boa acolhida
Passo adiante, tudo é fecundo
Não há demora por vir, porém
Na estória o pouco é profundo
No caso das horas, sigo além!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
ajuste
o relógio rege a hora
o estro rege o verso
a sorte afável senhora
então, sonho eu peço...
o segundo rege a vida
o silêncio cala o momento
tudo está de partida
já o amor, vital sentimento!
então, ajuste a batida!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
26/09/2019
Araguari, Triângulo Mineiro
cadência
no pêndulo
do relógio
fique e vai
vai e fique
na hora o tempo atrai
pra brincar de pique...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/11/2015, 19'58" - Cerrado goiano
Na Hora H, na véspera do Dia D, o mentiroso foge sem prestar socorro, e conquista a própria Liberdade.
É hora de unirmos as mãos para deixarmos as águas de nosso Senhor derramar sobre nós o bálsamo da vida e do amor. Mãos unidas, uma a uma em prece por todas as nações como irmãos. Unindo a bondade que se estende em corrente de amor e união nesta hora que se faz necessário entendermos a igualdade. Para levarmos aos que mais necessitam a força da fé que cura e traz as libertações das prisões do mundo envoltas em correntes de doenças, maledicências e escuridão. Que as luzes acendam em cada espírito a consolação para àqueles que buscam o auxílio e se faça em clareza a compreensão para os momentos em que as terras precisam ser varridas dos corações dos homens. É preciso deixar lavar com as águas sagradas os sentimentos que aprisionam cada espírito em chagas de mesquinharia, da falta de fé que atira a soberania nos menos favorecidos, que sobrepõe a divindade do céu aos poderes da terra que não se eleva. É preciso trazer a luz da verdade do Cristo nessas horas em que a Terra clama aos céus e assim unificar a chama divina de Deus Pai todo poderoso em todos os corações. Elevem-se, unifiquem, transformem os corações e tragam o amor divino no poder da criação para estes dias de amparo e clamor. Eis a caridade!
Cigana Arco Íris ♡
RÚSTICA HORA
A paixão sentida no revés sentimento
arremessa na alma desditosa e solitária
a infelicidade, sensação desnecessária
além, do amar, este, a mim sem alento
O pranto, a correr, e a sorte ao relento
vem do acaso, da solidão, do itinerário
que parece trazer consigo um rosário
sem rumo, que na ventura vai ao vento
Tenta, e tenta, lamenta. Olha em torno
sedento. E o silêncio suspirando lá fora
à meia penumbra, num choro morno...
Do reclamo, o luar alvacento da aurora
com seu reflexo pálido de um adorno
sofrente, murmura essa rústica hora!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 outubro de 2020 – Triângulo Mineiro
HORA MARCADA
Um amor que já nasceu predestinado
Pra ter emoção, paixão e romantismo
A quem sempre se teve sem egoísmo
Inspirando sempre e sempre ideando
Num sentimento abrasado, desejando
Tendo no coração agrado e idealismo
Sem nunca chorar ou haver um cismo
Na sorte da ventura, assim, venerando
Esse que fica, que na sensação é amor
Tanta luz a brilhar e tanto é a seu favor
Da poética mais linda dos versos meu
Tem hora marcada, e tem a saudade
Sede tão cheia duma doce felicidade
É, somos nós, apenas nós, você e eu...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 22/07/2021, 09’35”
HORA CREPUSCULAR
Passei a saudade pela hora crepuscular
De um inverno esfumaçado e tão parco
Pela esquina a melancolia vi murmurar
Onde transita infelizes do penar charco
Pedaços de mim, reparei, então, espalhar
Tentei recolher, rejuntar, mas era anorco
O sentimento. E no peito ardia sem sanar
Dos deslizes do coração cheios de marco
Lembranças sussurravam quanto passava
Questionando porque bramindo eu estava
Qual ausência me feriu, doeu tanto assim
E o pôr do sol que escorria pelo cerrado
Fazendo de meu sentir infeliz e calado
Se apartou, sem um ilusório para mim...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 dezembro, 2021, 20’51” – Araguari, MG
Não tem um milésimo de segundo que eu não sinta "SAUDADES", agora mesmo, escrevendo e sentindo "SAUDADES".
Sabe por que as pessoas não evoluem na vida? Porque gastam tempo de hora de vida nas coisas erradas, como televisão, redes sociais, etc.
Sinto cheiro de amor
Sinto o cheiro da flor
Sinto o perfume do vento
E me perco no tempo
Não vejo a hora de te encontrar
A hora é agora
Eu tenho que dizer
Eu vivo presa no tempo no cheiro da flor que me trouxe o cheiro do amor
Temos a exata possibilidade de um futuro novo e muito feliz a toda hora, só depende de nós querermos mudar nossa triste realidade.
Nunca consegui saber por que os relógios mais caros, quando fotografados aparecem sempre com o horário de dez e onze.
As diversas tatuagens são sinais de lembranças do nosso corpo mas os fantasmas acorrentados aos nossos medos e rancores são sinais das crianças abandonadas em nossa alma.A cada pensamento incompleto uma incerteza a cada dúvida alcançada uma saudade.Somos mais feitos do erros que deram certos do que dos acertos pois quem sabe nunca faz na hora silenciosamente espera acontecer.
Como seria bom se eu permanece se hoje como ainda eu era ontem.Já sinto uma forte saudade de como eu era e do pouco menos que sabia e entendia. Muitas das vezes passar a saber à verdade torna nossa convivência e nosso comprometimento mais difícil. Como entendo hoje o significado exato e doce do amor, dos sonhos e do silêncio dos inocentes. O relógio não caminha no sentido anti-horário logo já será amanhã.