Homenagem para meu irmão
Prejulgamento é tirano e cruel. Não julgue o sabor do prato se você não está sentado à mesa.
Não saber o tamanho da pedra que está no sapato do irmão, não te dar o direito de colocar intensidade na dor que não é sua.
Não julgue para não ser julgado. Hoje em dia, erudito é quem escuta e sábio quem se mantém calado.
É se entender no olhar
É ligação de laços
Fazer reverberar
No poder de um abraço.
É fazer o bem
Estender a mão,
É provar que existe amigos
Mais chegamos do que um irmão.
Quisera tão somente
falar de bons sentimentos
mas, "fica difícil"...
A humanidade vive cercada de sofrimentos,
a tristeza se faz presente,
entre tempestades e desamor.
Vivemos numa sociedade de aparências
e eu pergunto:
Onde está Deus?
Parece-me que muitos
Dele lembram
nos momentos difíceis somente.
Irmão se volta contra irmão,
carinho da boca pra fora...
será que o mundo
virou terra de ninguém?
ou virou "mundo cão"?
Acredito que ao mundo viemos
por algumas nobres razões:
Para semear Amor,
espalhar Sorrisos,
difundir a Paz
e a mais sagrada delas -
levar força que multiplica
a coragem de nossos irmãos.
Parabéns, maninho! Hoje você completa mais um ano de vida e é muito bom poder acompanhar sua trajetória e te ver realizar seus sonhos. Que a vida te brinde com muitas outras vitórias e alegrias! Amo você!
Parabéns, mano! Como é bom poder comemorar mais um aniversário do seu lado. Já passamos por tanta coisa juntos! Você é o meu maior cúmplice e melhor amigo. Conta comigo pra tudo, estaremos sempre juntos! Felicidades e muita paz!
É preciso nessa vida
mostrar sua gratidão
pelo teto onde mora,
pelo vinho e pelo pão.
E, se alguém vier pedir,
custa nada dividir,
afinal somos irmãos.
Alerta:
Sobre aqueles que estão travestidos de amigos e não são.
Atenção:
Aqueles que você os trata como amigos, quando na verdade merecem ser chamados de irmãos.
Pessoas tem defeitos, imperfeições e diferenças Reconhecer e aceitar é a pura demonstração de amar o próximo como a ti mesmo
INJUSTIFICADO LIMPADOR DE PARA-BRISA*
Chovia mansinho. Ainda demoraríamos uns 20 minutos para chegar ao nosso destino. O limpador de para-brisa, em seu vai e vem vagaroso, embalava nossas conversas sobre a vida, amores, família, filhos, trabalho e feminices. Avistei a placa daquele quebra-molas e desacelerei o carro para ultrapassar suavemente o obstáculo arredondado.
Naquele momento, desacelerou também a nossa conversa frouxa. Dei conta daquele instante raro de silêncio entre nós, irmãs tagarelas, e vi ali a oportunidade de fazer uma pergunta polêmica, complexa e profunda, que andava borbulhando na minha cabeça nos últimos dias.
– Mana, preciso te perguntar algo – era o sinal para que ela já se preparasse para o “chumbo grosso”. – Sabe aquele tipo de pergunta que todo mundo tem até vontade, mas não tem coragem suficiente para fazer? Que todo mundo diz que é pecado, e se perguntarmos isso alguma vez na vida… Vamos direto para o Inferno?
– Pergunte – disse franzindo a testa.
– Desde pequenas nossos pais nos educaram dentro de Igrejas. Fomos motivadas a ler a Bíblia por completo várias vezes; foram infinitos os domingos em que nos dedicávamos a conhecer as Escrituras, os milagres de Jesus, do Gênese ao Apocalipse. Sabemos tudo de “cor e salteado” e fomos orientadas a viver uma vida baseada nos Dez Mandamentos, a não nos distanciarmos de Deus e evitar o Pecado a todo custo, a orar agradecendo pelo alimento, pelo dia e pela saúde… Conhecemos também o Mal, o Diabo e o Inferno… E todo o Lado Negro da Força. Sabemos sobre o Livre Arbítrio e que todas as coisas são permitidas, mas nem todas nos convêm. No fim de tudo isso, se formos bem boazinhas aqui na Terra, receberemos o nosso “Galardão” nos Céus…
– Tá, mas cadê a pergunta? – Bufou, já ansiosa.
– Calma, deixa eu terminar o raciocínio – retruquei. – Então, se obedecermos às Sagradas Escrituras e aceitarmos Jesus como nosso Salvador teremos um lugar nos Céus, com anjinhos batendo suas asas ao nosso lado, e, dependendo de nossas Boas Obras, poderemos morar em um grande palácio ou passar as noites em bancos de madeiras rústicas nas praças do Céu…
– Isso, você fez um bom resumo, – ela completou. – Nós aprendemos essas coisas em nossa infância e adolescência. Depois disso, cada uma de nós, da sua forma, foi pesquisar e aprofundar o que mais havia além disso. Nós duas somos muito curiosas e acabamos por entender outras vertentes, outras interpretações, outras crenças e religiões. Mas ainda não sei qual é a pergunta. Desembucha!
– Então… A sua fé faz com que você acredite que, quando você “bater as botas”, já que foi uma boa pessoa, vai ser recrutada para ir para o Céu, etc., etc. Tá, mas… E se você morrer e “perceber” que não tem nada disso? Que tudo isso foi construído pura e simplesmente para trazer uma Ordem Natural às sociedades, para vivermos uma Matrix equilibrada, sem fazermos muita m* o tempo todo? Que tudo isso não passa de uma grande ilusão? Tipo… Morreu e vira só um saquinho de lixo preto com ossos, só matéria, sem Espírito, Alma nem nada que não se possa provar.
– Hum… Eu tenho uma resposta, mas é bem pessoal. – Disse piscando rapidamente os seus olhos verdes.
– Antes de responder, não me julgue por isso. Nos últimos anos o meu apego à Ciência aumentou assustadoramente, e essa coisa de estudar demais apura o nosso senso crítico, e começamos a questionar sobre coisas que antes nós entendíamos como verdades absolutas, inargumentáveis… – Disse, já meio arrependida.
– Eu sei como é, maninha, não me importo e você está certa em sempre questionar, sendo a pessoa racional que você é, já me acostumei. Mas olha, minha resposta é simples. Se eu morrer e virar só um saquinho preto de ossos, e “descobrir” depois que nada disso é verdade, paciência. Mas pensa: Se eu morrer e tudo isso for verdade e eu for totalmente pega de surpresa? Se tudo o que aprendemos a vida toda for real e eu estiver despreparada? Quero morar em banco de praça não… Muito menos quero ficar voltando um monte de vezes aqui na Terra até meu Espírito evoluir a ponto de eu merecer morar mais próximo de Deus… Pensa que chatice? Que perda absurda de tempo? Prefiro ser mais estratégica. E pensar que existe um “além túmulo” me deixa mais feliz. Pronto.
Pensativa, concluí, já aliviando a tensão da conversa: – Então vamos combinar assim. Quem morrer primeiro vai dar um jeito de avisar para a outra; vai fazer um esforço absurdo para aparecer e contar tudo o que está acontecendo. O que acha? E olha, se eu aparecer bem linda, maquiada, perfumada, magra, purpurinada e de roupa branca em seu sonho tentando falar com você, faça-me o favor de levar a sério, não surtar e prestar bastante atenção, ok?
– Lá vem você com essas suas conversas idiotas. Você vai morrer com 125 anos como combinamos. E se morrer antes, arruma um jeito de não voltar, a direção é para cima, e não para baixo! Vai caçar o que fazer por lá, vai! Bruxa! Fantasma! – Esbravejou, com uma expressão que misturava raiva e a sua graça peculiar.
Explodimos as duas em gargalhadas, até verter água dos nossos olhos. Nesse momento, desliguei o agora injustificado limpador de para-brisa para admirarmos melhor o brilhante sol poente e aquele festival de cores sublimes que ele produzia, junto às nuvens, lá no horizonte… Até o nosso destino.
* Se você não entendeu o título, eu explico: Somente a chuva, que as vezes impede a nossa visão, justifica o uso do limpador de para-brisa para seguirmos bem e com segurança. Se a chuva cessa, nada deveria nos impedir de olhar o que tem de bonito no horizonte. Assim também são as nossas verdades absolutas. Elas são os nossos limpadores de para-brisas em dias de sol: servem simplesmente para atrapalhar ou impedir que enxerguemos melhor o mundo, o Universo e as riquíssimas concepções diferentes das nossas.
A indelével amizade
É sabido que amigos são como árvores frondosas
De fato amigos são,
Sombra nos dias ensolarados
Apoio no desequilíbrio
Abrigo na tempestade
Um ponto alto para enxergar o horizonte mesmo no caos
Alimento na necessidade
Suas folhas travesseiro
Porém o amigo transcende qualquer árvore frondosa
Suas roupas são como lenços, Capaz de absorver a mais pesada lágrima
Seu corpo como lareira, com calor maior que a mais quente brasa
Seus ombros como cama, com maciez além das penas de gansos
Seu coração como orquestra, cujo a batida é mais grave que o contrabaixo
Seus olhos como luz, que nos guia no mais inóspito caminho
Sua respiração como o agradável som dos ventos suaves
Suas palavras como pão, e nos alimenta com alegria e sabedoria
Amigos são como nossa casa e nele nos sentimos confortáveis
Obrigado César por sua amizade!
Uma junção de nomes opostos
André e Andressa
Que terminam diferente, mas que tem o mesmo significado
Fazendo até parecer uma coincidência clichê, se não fossem todas as outras
Numa amizade que surgiu por intermédio “doutras” amizades
Que em breve instantes começou a abrir um mar imenso de afinidades
E nós humanos que sempre achamos que viemos sozinhos para o mundo
E que assim terminaremos, pois nos fazemos crer que ninguém depende de ninguém
E realmente, ninguém depende de ninguém, mas a felicidade pode ser melhor
Num sorriso em conjunto com quem te faz sentir bem
E não, nós nunca brigamos nem nos desentendemos
O que é um pouco estranho, pois as pessoas sempre tem disso
Mas nós simplesmente temos a mesma percepção das coisas
Não, não somos totalmente iguais. E quem é?
Nem somos um complemento
Somos apenas um abraço que pode ficar meses sem existir
Mas que através da distância e tempo faz-se sentir, sempre que necessário
Tudo começou em um ano do ensino médio. No começo ninguém se manifestou ter interesse na amizade. Mas, aos poucos fomos deixando a timidez e começamos a nos entender. De chatice a chatice, fomos criando um laço, deixando os tempos de conhecidos para trás, e iniciando a construção de uma amizade. Houve tempos que não se tinham muito a se dizer, houve tempo que se queria dizer tudo.
Alguns dias se passaram, sem ninguém perceber, um laço de amizade já tinha se formado.
Com o passar do tempo, a amizade foi ganhando forma. Surgiam novas conversas, novos motivos para estarem sempre conversando. Entretanto, se houve tempo de desentendimento, de choro e abandono.
Se passavam dias sem se falar, sem ninguém notar que estavam ficando mais distantes.
Nunca repararam nisso, pois sempre haviam momentos de se encontrar. Toda vezes que se encontravam, momentos de felicidade, fortalecia a amizade.
Os dias foram passando, erros e acertos, foram colocados sobre a mesa.
Conversas duradouras, sem ter fim surgiam a cada dia a mais.
E como dizem por aí: "a vida é uma caixinha de surpresas".
Atualmente, uma amizade que iniciou-se sem nenhum motivo, se tem hoje, um grande significado.
Amizade atualmente, para algumas pessoas, é festa, balada, cerveja e pinga.
Para outros, é uma família nova que se formou.
Cada momento que passam juntos, é único, inesquecível e que não se pode desperdiçar.
Cada momento virá lembranças, mas lembranças boas, que viraram histórias para contar.
Independente do momento ou do dia, juntos sempre estaram, e sempre irão se lembrar que nada poderá mudar.
Desde que Caim matou Abel, na simbologia bíblica, e até os tempos atuais, icônicos exemplos mostram irmãos se degladiando exaustivamente em guerras sem fim. Entretanto, se usássemos essa mesma energia e intensidade das batalhas entre irmãos, de forma nobremente direcionada ao mister de honrar pai e mãe, encontraríamos nisso mais satisfação e plenitude.
Quando afirmarem que sou uma pessoa orgulhosa, sempre direi que sim, sou a pessoa mais orgulhosa que existe, o orgulho encarnado em uma pessoa, assim como não conheço os limites para o quão orgulhoso possa ser.
E quando perguntarem do que tenho tanto orgulho, provavelmente não responderei, pois você não esta ali comigo e apenas se você estiver comigo vou dizer que sou o ser mais orgulhoso que existe.
A verdade e que estar sempre a seu lado é te amar como nenhum outra pessoa jamais vai te amar é a coisa da qual mais me orgulho, este é meu maior orgulho no qual nenhuma outra pessoa será capaz de superar nem sequer depois da minha morte.
Queria que amigo fosse de carregar nos bolsos pra onde a gente for. Te colocaria no bolso da camisa pra você ficar bem pertinho do meu coração.
Mais religado com Deus do que qualquer religioso, e independentemente de sê-lo ou não, é o que trata a todos como irmão, indistintamente.